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Dez coisas que aconteceram no penúltimo dia da Bienal do Livro


No sábado, 30/ago, o Anhembi ficou lotado de fãs de quadrinhos, fotografia e literatura
 

1 - A Banda Teko Porã, que em guarani significa "o bem-viver", apresentou seu repertório na Praça de Histórias. Mais que uma ideia abstrata, o nome da banda diz respeito a uma profunda experiência de vida compartilhada, que resulta em um trabalho colaborativo e autoral, com forte influência da canção brasileira e da música folk. 


2 - Muitas gerações de brasileiros aprenderam de fato a ler com os gibis de Maurício de Sousa, que compôs a mesa Releituras Estéticas nos Quadrinhos, no Salão de Ideias. Mas paravam de ler no início da adolescência, quando as histórias da Turma da Mônica deixavam de dialogar com o seu universo. Foi por isto que o criador desenvolveu a série Mônica Jovem, um dos maiores fenômenos recentes do mercado editorial nacional. “Tem alguma possibilidade de o Cebolinha voltar a ficar com a Mônica?”, perguntou um dos jovens que acompanhavam a mesa, arrancando risos do público.


3 - Um caleidoscópio de personagens femininas das obras de Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Marina Colasanti e Adélia Prado revelaram o fascinante universo feminino na literatura. Joana e Jean Garfunkel fizeram um contraponto às histórias com músicas de Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Joyce e Caetano Veloso.




4 - “Você entender como um discurso opera é uma libertação. Na condição de criadora, quando assumo um ponto de vista eu me mostro e você tem a chance de dizer se concorda comigo ou não. A televisão, no entanto, não faz isto”, criticou Tata Amaral na mesa “Cinema militante: crítica visual do mundo”, realizada no período da tarde no Salão de Ideias. Acompanharam a diretora os documentaristas Evaldo Mocarzel e Paulo Sacramento, sob a mediação do crítico e jornalista José Geraldo Couto.


5 - Mary e Elialdo França fizeram um bate-papo sobre sua vasta produção literária dedicada às crianças em processo de alfabetização. Dentre seus maiores sucessos está a coleção Gato e Rato, vencedora do Prêmio Ofélia Fontes em 1978.

6 - Na Praça de Histórias, os Griôs e Mestres, personagens reconhecidos em suas comunidades como herdeiros dos saberes e dazeres da tradição oral, transmitiram a memória viva e afetiva da identidade de seu povo. Neste sábado, Raquel Trindade, fundadora do Teatro Popular Solano Trindade - que carrega o nome de seu pai - compartilhou seus conhecimentos acerca das tradições afro-brasileiras.

7 - A arte do roteiro e da adaptação de obras literárias para as telas do cinema e da televisão foi tema da mesa que reuniu os escritores e roteiristas Marçal Aquino, Maria Adelaide Amaral e George Moura. Leia aqui uma matéria sobre o debate, publicada na EOnline.



8 - Nega Gizza se firmou num meio em que se destacavam apenas vozes masculinas - foi a primeira locutora de uma rádio de rap. Hoje, fez uma releitura do clássico "O Cortiço", de Aluísio Azevedo, na Praça das Palavras. Saiba mais sobre os Clássicos da Periferia na Bienal.

9 - Com uma mescla de sons e linguagens desde a performance teatral até a música eletrônica, Lirinha representou o arquétipo d'O Trovador, reunindo a palavra poética e falada que aprendeu ao ouvir as pelejas de cantadores e violeiros pernambucanos.



10 - O premiado fotógrafo Sebastião Salgado falou sobre cultura, literatura e sua trajetória pelo mundo. O bate-papo, no Salão de Ideias, foi mediado pelo escritor português José Luiz Peixoto.


[Fotos: Erica Georgino, Fabíola Larissa Tavares, Guilherme Luiz e Juci Fernandes]

 


 

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Histórias por trás das histórias conta um pouco da trajetória de alguns dos autores das Edições Sesc. Luiz Nadal, com suas pequenas epopeias, Cris Lisboa e Marília Pozzobom, com perfis jornalísticos, revelam os perfis dos escritores. Acompanhe!

Conheça também a série Protagonistas da Bienal, que apresenta o público, personagens essenciais para que esse grande evento aconteça.