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As cores e a voz de Meschiya Lake

Foto: Antonio Trivelin
Foto: Antonio Trivelin

Uma das atrações da 3ª edição do Festival Sesc Jazz & Blues, que acontece de 12 a 24 de agosto em algumas unidades do SescSP, a americana Meschiya Lake esteve no Sesc Piracicaba no último dia 15 e conversou com a EOnline

Dona de uma técnica vocal arrebatadora, curtida nas jam sessions de New Orleans, a cantora Meschiya Lake pode dar-se ao luxo de abandonar o microfone a qualquer hora do show sem perder a potência vocal nem a sofisticação do seu growl (técnica vocal).
Marcantes como as inúmeras tatuagens, o desenho das notas que a cantora imprime nas claves e pautas, com um pouco mais de atenção, podem ser vistos flutuando e caindo regozijantes aos seus pés.

A banda conversa à altura e é composta por três russos e dois americanos: Kostantin Gevondyan (Trompete), Andrey Agafonov (Guitarra e Banjo), Stanislav Cheremushkin (Sousafone), Mike Voelker (Bateria) e Craig James (Saxofone).

Confira alguns trechos da entrevista cedida pela artista americana à EOnline::

EOnline: Onde sua inspiração para a música sente-se mais confortável: na felicidade ou na tristeza?
Meschiya Lake: Isso depende da música. A maioria delas vem de ambas as emoções, e muitas das letras são sobre amor e perda. Canções de jazz têm uma maneira de soar feliz, mas com letras tristes para expressar todas as emoções. Isso é parte da beleza!

EOnline: Três russos e três americanos. Com o álbum Foolers’ Gold vocês pretendem novamente conquistar a lua?
ML: Sim! Para a lua! Da próxima vez, teremos alguns brasileiros também! 

EOnline: Como você desenvolveu sua técnica vocal?
ML: Desenvolvi a minha técnica vocal por meio do estudo e da experiência. Gosto de me inspirar em todos os tipos de música e infundí-los com o jazz. Comecei minha carreira com 9 anos como cantora de música country, e mais tarde tive aulas com uma cantora clássica para aprender a usar o meu instrumento sem danificá-lo.

EOnline: As tatuagens são características marcantes de Meschiya Lake. O que elas significam?
ML: Algumas tatuagens têm significado, outras são apenas figuras! Eu disse à minha mãe quando eu tinha 12 anos que eu iria ser coberta da cabeça aos pés. Eu ainda tenho um longo caminho a percorrer, mas estou chegando lá!

EOnline: Você acha que, de alguma forma a passagem pelo Brasil vai influenciar ou contribuir para sua música?
ML: O Brasil está definitivamente nos influenciando, mesmo antes de virmos para cá, e agora mais ainda. As pessoas e a música são profundas e belas, e vamos levá-los sempre conosco. Especialmente a família de Ricardo*!

*Produtor que acompanha a cantora no país.

Meschiya Lake & The Litle Big Horns ainda se apresentam no Festival Sesc Jazz & Blues no Sesc Presidente Prudente (21/8), Bauru (22/8) e Ribeirão Preto (23/8)

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