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Festival de Cinema Judaico traz filmes que ressaltam a memória e a reflexão

Cena do longa 'Adeus Bagdá', filme de Nissin Dayan que encerra a mostra no CineSesc<br>Divulgação
Cena do longa 'Adeus Bagdá', filme de Nissin Dayan que encerra a mostra no CineSesc
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Ficções e documentários, destaques em diversos festivais internacionais, ganham a tela do CineSesc até o dia 10 de agosto

Talvez a sétima arte seja uma boa intermediária para discussões e indagações que não se resumem ao campo religioso. O espaço de reflexão proporcionado pelo cinema abre campos de diálogo em todas as áreas, e até confrontos recentes podem ser analisados a partir de um viés mais humanista por meio de histórias que rememoram o passado ou contextualizam o presente.

Com o vasto mundo da produção cinematográfica, literatura, temas sociais e tradições passadas de geração em geração estão representadas na tela do CineSesc durante o 18º Festival de Cinema Judaico. Filmes de diversos gêneros vindos da Polônia, França, Bélgica, Estados Unidos, Brasil, Israel, Macedônia, Alemanha, Canadá, entre outros países, fazem parte da programação.

Uma enxuta, mas contundente seleção de filmes, fica em cartaz até domingo, dia 10 de agosto. Entre os imperdíveis, estão Adeus Bagdá (foto), de Nissin Dayan, que traz um retrato em ficção dos judeus que viveram no Iraque até os anos 1950. Baseado no best-seller do escritor israelense Eli Amir, o filme é narrado por Kabi, um adolescente, e é falado em árabe iraquiano. A história mostra os últimos anos da comunidade judaica em Bagdá antes de sua expulsão e reassentamento em Israel na década de 1950.

Já o documentário Um Viajante apresenta as memórias do ganhador do Oscar Marcel Ophuls. Dezoito anos após seu último filme, ele emerge da aposentadoria como um dos últimos mestres judeus, corrosivo, engraçado e cheio de força. O diretor de The Sorrow and the Pity divide fatos de sua vida excepcionalmente rica através de seus filmes e através da história. Presentes nos filmes estão Jeanne Moreau, Bertolt Brecht, Woody Allen, Stanley Kubrick e, claro, François Truffaut.

No total, são mais de 30 títulos que se dividem entre sessões no CineSesc, em dois teatros na Associação Brasileira “A Hebraica” de São Paulo, Cinemark Pátio Higienópolis e Centro da Cultura Judaica (CCJ).