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Terreno Vivo, o barato é loco.
Foi mais ou menos assim: a Prefeitura de Bertioga chegou e disse o seguinte: Sescão, estamos com um pepino para resolver. Tem um terreno no bairro de Vicente de Carvalho sem uso no momento em que o mato tá dando mais que chuchu na cerca. Seria bacana se pudessem nos ajudar a ocupa-lo com algo coletivo, que envolvesse os moradores da região.
É noix!, disse o Sescão. Para começar a descascar esse abacaxi, por que não uma horta urbana comunitária? (Sim, amamosmuitotudoisso S2)
Fechou. Então bora lá, o que precisamos? Gente inteligente, elegante e sincera para trocar uma ideia com os moradores e desenhar o que pode ser feito e mantido no espaço. Paulo Matos, chega aí, mano!
Beleza, o que mais? Pô, precisamos de uma galera ponta firme que esteja disposta a compartilhar o que sabe pra que a gente não saia enfiando o pé na jaca. Djalma, conta ae, o que a Associação Veracidade tem feito? André, e vocês lá no Muda? Pra gente não se embananar, precisa de alguém para cuidar do meio campo alí... suave, a galera do Pólis tá chegando junto.
Tudo pronto para o dia e aquele céu cinza com cara de fim de domingo, sabe? Mas, aos poucos, de grão em grão, os convidados foram chegando. Moradores daquela rua e de outras próximas no bairro Vicente de Carvalho. Tinha graça não sem eles!
Amanda abriu os trabalhos. Apresentou o projeto e os parceiros que, com seus exemplos teóricos e práticos, ajudariam a pensar em possibilidades para o terreno público daquela comunidade.
Antes de iniciar sua fala, Djalma pediu que todos os presentes se apresentassem. Tinha gente de tudo cunté lado e com conhecimentos e interesses distintos sobre horta urbana. Zoraide e Alda do grupo Agrofloresta na Reserva estavam lá. O senhor Quirino, André e Mariana Joy também foram. Mães, pais e estudantes da Escola Giusfredo Santini, onde Márcia gentilmente nos recebeu, também marcaram presença. Ahhhh! Sem falar de Pink, uma catiorinha atenta a tudo, que adora chupar manga (mentira, esse lance de manga foi inventado agora).
Cada parceiro deu sua letra, tomamos um café delícia feito a partir de Pancs e frutos nativos de nossa Mata Atlântica, como o Jussara e o Cambuci - tudo feito por uma galera massa que mora lá no Sítio São João. Depois disso, trocando alhos por bugalhos, dividimos aquelas mais de 60 pessoas em 4 grupos que tinham a missão de desenhar o que esperavam para aquele terreno.
- Onde você mora?
- Nas casinhas.
- Entendi, em qual delas?
- Na amarela.
- Sim, e como a gente faz para chegar nela?
- GPS, ué!
Crianças respondendo lindamente (pimenta nos olhos...rs) às perguntas de Kaká, Xing, Débora e Camila.
Enquanto isso, nas outras salas, Loba, Amanda e outros mediadores ouviam dos adultos presentes: O que você quer comer? O que precisa ter para isso? Tem concreto lá que a galera joga, o que fazer? Constrói uma passagem com ele? Quem vai comer? Todos ou só quem plantar? O bairro é muito populoso?
Calma pessoal, não rola assoviar e chupar cana ao mesmo tempo. Quem vai definir o que vai ter e como vai ser será quem participar, ou soja, digo, seja, vocês. Neste momento, desenhamos o que queremos: Pêra, Uva, Maçã, ou Salada Mista?
Feito isso, no próximo encontro, damos um segundo passo rumo a limpeza do terreno, sem esquecermos dos encontros de fomação. Beleza?
Ao final, cada grupo apresentou sua proposta, foi aplaudido e, aqueles que puderam ficar até o final, estão aqui na foto oficial do encontro. E fim. Mamão com açúcar, sopa no mel, né?
#SóQueNão
É só o começo galera. A rapadura de cana é doce, mas não é mole não. Tem muito trabalho pela frente e vamos ter que contar com a parceria de todos. Esse projeto não tem um responsável, não é de ninguém, se não, da galera. Então, sem querer aqui chorar as pitangas, pedimos: amada, fica... vai ter bolo!
E vamos na paz, sem pisar no tomate. Mesmo que pense vez ou outra que alguém está falando abobrinha, não o mande catar coquinhos, do contrário, todos é que vamos plantar batatas, aliás, morangas, que o festival tá logo aí.
#TamoJunto