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Nova geração de artistas é um dos destaques da programação do Sesc Jazz
O Sesc Jazz apresenta uma diversidade cultural e musical de artistas que vão percorrer unidades da capital e do interior do Estado de São Paulo. Veteranos se unem a jovens músicos em ascensão para proporcionar ao público uma inesquecível experiência. Isfar Sarabski, Lourenço Rebetez e Melissa Aldaña fazem parte dessa nova safra.
Jazz típico do Azerbaijão
Foto: Parvis Yazdani
Pianista, compositor e produtor de música eletrônica com apenas 29 anos, Isfar Sarabski, do Azerbaijão, é um dos expoentes do jazz-mugham, subgênero híbrido típico do país do Leste Europeu, que funde o jazz convencional com a tradicional música persa.
O músico azari tinha apenas 19 anos, em 2009, quando ganhou o prêmio de melhor pianista solo em um dos mais prestigiados festivais do mundo, o de Montreux, na Suíça. No palco, Isfar é acompanhado pelo músico Shahiyar Imanov, que apresenta ao público brasileiro o tar, instrumento nacional iraniano, além de um quarteto de cordas.
Jazz com toques afro-brasileiros
Foto: Divulgação
A oportunidade de conhecer novos artistas e sons não para por aí. Lourenco Rebetez traz a densidade do seu álbum de estreia, “O Corpo de Dentro”, para os palcos do Sesc.
Aos 30 anos, o guitarrista e compositor paulistano se destaca pela inventividade jazzística sobre matrizes rítmicas brasileiras, como os toques de candomblé e as levadas dos blocos afrobaianos.
O músico cita discos de Caetano Veloso (“Livro”), D’Angelo (“Voodoo”), Moacir Santos (“Coisas”), Wayne Shorter (“Alegría”) e Carlinhos Brown (“Alfagamabetizado”) como grandes influências em seu trabalho, conta que a experiência com Letieres Leite (criador e maestro da orquestra de percussão e sopros baiana) abriu seu olhar para os ritmos tropicais como samba-reggae, ijexá e elementos do candomblé, e que viu nisto matéria-prima para fazer um álbum “brasileiro, moderno, contemporâneo, mas não folclórico”.
Ele já dividiu o palco com Djavan, César Camargo Mariano, Orquestra Tom Jobim, Aláfia, Yaniel Matos, Pitanga em Pé de Amora, entre outros. Lidera o coletivo Radio Gana, ao lado da cantora baiana Xênia França, e toca em trio de violões ao lado dos músicos Swami Jr. e Luiz Brasil.
Música de berço
Foto: Divulgação
A chilena Melissa Aldaña de 29 anos carrega no sangue a paixão pela música. Por influência do pai, o saxofonista Marcos Aldaña, a sax-tenorista começou a se interessar pela música bastante cedo, aos seis anos de idade. Estudou a partir dos acordes de artistas como Charlie Parker, Cannonball Adderley e Michael Brecker.
“Essa é uma das melhores formas de ensinar uma criança; eu aprendi tudo o que eu sei ouvindo os mestres”, revela a musicista. Mais tarde, já adolescente, Melissa conheceu a obra de Sonny Rollins, que a instigou a trocar o sax alto pelo tenor, instrumento com o qual se formou na Berklee College of Music, de Boston. Após a graduação, mudou-se para Nova York, onde conheceu George Coleman, seu grande mentor musical.
Em 2013, foi a primeira saxofonista a vencer a Thelonious Monk International Jazz Saxophone Competition, um dos mais importantes concursos do mundo abertos a jovens músicos em busca de renome.
Os três jovens músicos misturam-se a outros nomes do jazz em um espetáculo único e imperdível. E você, está pronto para degustar o variado e recheado cardápio musical do Sesc Jazz? Confira aqui a programação completa.