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Brincadeira de criança?


Foto: Patricia Rizzi

Idealizada em 2009 com o objetivo de difundir a importância da prática do brincar, a Semana Mundial do Brincar (SMB) é promovida pela Aliança pela Infância e realizada às vésperas do Dia Mundial do Brincar, celebrado em 28 de maio. O Sesc renovou seu apoio à SMB, ampliando sua participação a toda sua rede, com programação especial que vai de 24 a 31 de maio, em diversas unidades. Clique aqui e acesse a programação do Sesc na SMB.

A EOnline conversou, por e-mail, com Marise Cabral, coordenadora dos programas socioeducativos do Sesc Santos, para descobrir um pouco mais deste universo e da programação nas unidades do Sesc. Os principais trechos da entrevista você confere a seguir.

EOnline: Qual a importância das brincadeiras para a infância?
Marise Cabral:
As brincadeiras contribuem para o desenvolvimento integral das crianças, favorecendo a criação e o fortalecimento de vinculos afetivos e a compreensão de si e do mundo a sua volta. O ato de brincar é elemento fundamental da cultura da criança.

EOnline: Como surgiu a parceria com a Aliança pela Infância?
M. C.: A valorização da infância é a finalidade em comum destas instituições, que realizam já há alguns anos varias ações.

EOnline:Como foi pensada a programação do Sesc na Semana?
M. C.:
Inicialmente, procuramnos estabelecer parcerias públicas e privadas que comungassem da mesma visão de infância. A programação foi construida em parceria com a Secretaria de Educação do Município de Santos, setor deEducação Infantil e o Centro Social MARISTA Lar Feliz, escola de Educação Infantil conveniada à Prefeitura.

O objetivo é chamar a atenção do maior número possível de pessoas, sobre a importância do brincar para o desenvolvimento das crianças. As parcerias foram ampliadas e as propostas de ação, para além do Sesc Santos, estendidas por todas as regiões da cidade, ganhando espaços em ruas, praças e diversos pontos de brincar ao longo da semana. A ideia é mostrar, durante a semana, para o poder público, pais, professores e comunidade em geral, que é possível e necessário garantirmos, com qualidade e segurança, mais tempo e espaços para o brincar.

EOnline: As tecnologias digitais são, cada vez mais, uma realidade nas famílias brasileiras. A maioria dos pais aprenderam a brincar num "mundo analógico", como lidar com o conflito geracional do brincar? Na sua opinião, como mesclar brincadeiras analógicas e digitais? Quais os pontos positivos e negativos de uma infância bastante mediada pelas tecnologias digitais? Quais são os benefícios dessa mescla? Qual a diferença entre jogar taco na rua e jogar pelo computador conectado com amigos?
M.C.:
A palavra é equilíbrio. É importante ressaltar os aspectos fundamentais ao desenvolvimento infantil, que vão além das necessidades básicas como habitação, saúde, alimentação - são aspectos culturais, cognitivos, motores, emocionais e sociais. Na sociedade contemporânea, o tempo de convívio familiar se reduziu consideravelmente, ampliando assim o tempo em que as crianças ficam em instituições educacionais ou isoladas em suas residência, privadas das relações sociais mais enriquecedoras.
O ato de brincar e de se relacionar no plano real, envolve infinitas possibilidades de experiências de movimentos, situações e conflitos emocionais extremamente importantes ao desenvolvimento da criança. No no plano virtual o que se verifica é uma limitação de diversos aspectos, especialmente o motor. Com o advento das tecnologias digitais, há a facilitação da comunicação, fluxo de informações e o acesso a diversos jogos e entretenimento. Isso gerao um grande facínio e atração por parte da criança e restringe o contato com a natureza e com o convívio social, essenciais ao seu desenvolvimento.

A seguir, você pode navegar pela programação do Sesc na Semana Mundial do Brincar: