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Teatro para romper fronteiras
‘Coelho Branco, Coelho Vermelho’ pode ser definido como um experimento teatral. Ao subir no palco, o ator que interpreta o texto de Nassim Soleimanpour sabe tanto sobre a peça quanto o público que o aguarda na plateia. Apenas uma breve sinopse que não diz muito sobre o enredo é conhecida. Cada linha do texto e das orientações sobre o que deve acontecer em cena é lida em tempo real.
Nassim é um dramaturgo iraniano impedido de deixar seu país por mais de 10 anos. Aos 29 anos criou o projeto teatral e fez sua história viajar o mundo. Inovando na simbologia e no formato, propôs um espetáculo sem ensaio, sem diretor e com um cenário muito básico, quase vazio. No palco prevalece a criação do ator, que se dá em tempo real, ao lidar com o desconhecimento sobre as histórias e emoções contidas no texto.
Para manter a essência, cada vez que a peça é encenada um ator diferente a interpreta. Isso acontece desde a primeira montagem do espetáculo, em 2011 no Canadá. Desde a ocasião, dezenas de atores e atrizes já deram vida à história contada por Nassim.
No Brasil, o espetáculo estreou em 2012 no Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto e passou pelo Sesc Vila Mariana. No final de 2013 foi apresentado em uma temporada com 20 apresentações. Seguindo a regra, 20 atores diferentes fizeram sua primeira e única apresentação da peça.
A diversidade de atores convidados também chama a atenção. Em edições anteriores, atores como Maria Fernanda Cândido e Fábio Porchat foram os convidados.
Neste ano, no Sesc Taubaté a atriz convidada é Luciana Paes. A peça também será apresentada no Sesc Araraquara, com o ator e diretor Luis Carlos Vasconcelos e no Sesc Bauru, com Zé carlos Machado.
Já faz um ano que Nassim recuperou o direito de conhecer presencialmente o mundo. Independente disto, sua história continua cruzando continentes e desafiando atores e expectadores.
Assista ao trailer de 'Coelho Branco, Coelho Vermelho: