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Quase uma década de identidade latina na telona

Cena do filme
Cena do filme "Elefante Branco" do diretor argentino Pablo Trapero, um dos homenageados do Festival

São Paulo é uma cidade em que muitos eventos, para além de sua importância individual, criam uma espécie de senso de pertencimento no público – geram ansiedade, expectativa, amor e envolvimento. O Festival de Cinema Latino Americano de São Paulo é um deles. Mesmo antes do início da nona edição, nesta semana, o sentimento é este: começa logo!

O CineSesc sempre apoiou o festival e, neste ano, abre sua sala para 32 filmes, entre longas e curtas-metragens. Produções audiovisuais contemporâneas variadas, homenagens e retrospectivas, autores renomados. Mas também novos diretores, com obras que se destacaram em escolas de cinema da América Latina e Caribe, ratificando o compromisso do festival de promover o cinema latino e estabelecer uma zona de conversa e troca.

Ao longo de 7 dias, serão exibidas produções audiovisuais de 16 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, Costa Rica, Cuba, Guatemala, México, Panamá e República Dominicana).

Dia 24 de julho, data de abertura, o CineSesc exibe quatro longas-metragens, entre eles As Irmãs Quiespe, longa inspirado em uma história real no Chile de 1974. Foi  vencedor do prêmio de melhor fotografia no Festival de Veneza.

Dia 30 de julho, a Mostra Contemporâneos traz o filme brasileiro O Lobo atrás da porta, de Fernando Coimbra, suspense que vem sido elogiado pela crítica especializada e tem Leandra Leal no elenco, atriz homenageada no festival deste ano (serão exibidos mais seis dos seus 19 longas!).

Silvio Tendler também será homenageado, com sua mais que reconhecida filmografia engajada. Entre as biografias levadas às telas, o público poderá (re)assistir aos clássicos JK, JangoMariguella Milton Santos em diversos pontos da cidade.
O CineSesc ainda terá o prazer de sediar a homenagem à atriz argentina Martina Gusman e a seu marido e sócio, o diretor Pablo Trapero – eles estarão na unidade na terça-feira, 11h. O festival exibirá seis longas de Trapero, entre eles Elefante Branco, no dia 28 de julho.

Uma outra atração deste ano são os documentários musicais dedicados a artistas da Argentina, Brasil, Chile, Cuba e Venezuela, que se tornaram responsáveis por boa parte do imaginário musical da região. Entre os inéditos, o festival exibirá o longa Mercedes Sosa, a voz da America Latina, de Rodrigo Vila, e Silvio Rodriguez, Ojalá, de Nico Garcia, em exibição casada com Tom Zé ou quem irá colocar um dinamite na cabeça, ambos no CineSesc.

Para além dos filmes, vale sublinhar dois itens da programação: o debate "Novas Propostas de Linguagem do Cinema Latino-Americano" e o Ciclo de Cinema Mudo realizado pelo Cineclube Latino Americano, com os expressivos filmes das décadas de 1920 e 1930. 

Dá pra sentir que muita coisa boa está chegando na cidade neste fim de julho, como ocorre há 9 anos. Venha você também fazer companhia para Dadinho, Lucía, Gonzalo, Manoel e sua esposa Rosa, Ganga Bruta, Benjamín Espósito e tantos outros personagens marcantes que preencheram as telas do Festival de Cinema Latino Americano na última década e que vêm ajudando a construir a identidade latina de todos nós.

Consulte a programação da mostra no CineSesc: http://bit.ly/9festivalatino

A programação completa, em todos os espaços da cidade, está no site do festival: http://www.festlatinosp.com.br/2014/

o que: Festival de Cinema Latino Americano de São Paulo
quando:

24 a 30/jul

onde:

Cinesesc