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Cinema, Pipoca e Imaginação

Com exibição ao ar livre, no primeiro filme a criançada se jogou nos pufes com um saquinho de pipoca
Com exibição ao ar livre, no primeiro filme a criançada se jogou nos pufes com um saquinho de pipoca

Com exibição ao ar livre, o projeto Baguncine traz filmes que têm como protagonistas crianças brincalhonas, cheias de imaginação, aventureiras, que gostam de brincar e de fazer amigos, chamadas por muitos de bagunceiras

Uma peixinha que virou humana por causa de uma grande amizade, um garoto que é amigo de uma árvore, o grupo de meninos em guerra contra os vizinhos, o pequenino que enfrenta a feiticeira má e o aprendiz de feiticeiro; todos são protagonistas com algo em comum. Crianças brincalhonas, cheias de imaginação, aventureiras, que gostam de brincar e fazer amigos, chamadas por muitos de bagunceiras.

Começou em outubro, não por acaso, o Baguncine, uma mostra de filmes no Sesc Campo Limpo que traz a energia de crianças por meio de histórias originadas em diversos países, como a França, o Japão e o Brasil. Com exibição ao ar livre, durante o primeiro filme a criançada se jogou nos pufes com seus saquinhos de pipoca para conhecer Ponyo, uma peixinha que tem uma bonita amizade com Sosuke, um garoto de cinco anos que mora em um penhasco. E vem por aí mais exibições com os filmes A Guerra dos Botões, Meu Pé de Laranja Lima, Kiriku e a Feiticeira e Castelo Rá-Tim-Bum. A exibição de todos é gratuita com classificação etária livre, e quem vier assistir ainda ganha a pipoca. Confira as sinopses dos filmes e separe um espaço na sua agenda para mergulhar nestas histórias.

A Guerra dos Botões

Quarta adaptação do livro de Louis Pergaud para os cinemas, a trama se passa em uma aldeia no sul da França, em 1960, e conta a história de um bando de meninos com idades entre 7 e 14 anos, que está em guerra com as crianças da aldeia vizinha, liderados pelo audacioso Lebrac (Vincent Bres). Trata-se de uma batalha tradicional, realizada há gerações pelos jovens das duas aldeias. Eles lutam pela honra e lealdade, mas utilizam-se dos meios necessários para vencer, e aceitam até a ajuda de uma garota, personagem que foi criada exclusivamente para o filme. Com a jovem Lanterna (Salomé Lemire), o diretor Yann Samuell quis destacar as atitudes sexistas da época e antecipar o futuro de emancipação das mulheres.
Na história, o exército de pequenos homens tenta de todas as formas não ser percebido por pais e mães, o que é complicado quando voltam para casa, após um dia de batalha, com as roupas rasgadas e botões a menos. Inicialmente, o filme se passaria durante a Segunda Guerra Mundial, mas os realizadores entenderam que nesta época as crianças queriam apenas sobreviver e não criar guerras imaginárias com vizinhos.
Direção: Yann Samuell. França, 201.1 109 minutos
21/10, terça, às 19h


Meu Pé de Laranja Lima

Foram 10 anos entre ter a ideia de adaptar para o cinema o livro de José Mauro de Vasconcellos e concluir o longa-metragem. O livro "Meu Pé de Laranja-Lima", publicado em 1968, foi traduzido para mais de 30 línguas e adaptado para cinema, teatro e televisão.
Na história, Zezé (João Guilherme de Ávila, filho do cantor Leonardo) é um garoto de oito anos que, apesar de levado, tem um bom coração. Ele leva uma vida bem modesta, já que seu pai está desempregado há bastante tempo, e tem o costume de ter longas conversas com um pé de laranja lima que fica no quintal de sua casa. Até que, um dia, conhece Portuga (José de Abreu), um senhor que passa a ajudá-lo e logo se torna seu melhor amigo. O filme, dirigido por Marcos Bernstein, famoso pelo roteiro de Central do Brasil (1998), foi gravado nas cidades do entorno de Cataguases, em Minas Gerais, devido às características de vilarejos atemporais.
Direção: Marcos Bernstein Brasil, 2012. 99 minutos
28/10, terça, às 19h


Kiriku e a Feiticeira

Dirigido por Michel Ocelot, que conheceu a lenda de Kiriru durante sua infância em Guiné, o filme conta a história de um menino minúsculo, cujo tamanho não alcança nem o joelho de um adulto. Nascido na África Ocidental, ele tem um destino: enfrentar a poderosa e malvada feiticeira Karabá, que secou a fonte d'água da aldeia de Kirikou, engoliu todos os homens que foram enfrentá-la e ainda pegou todo o ouro que tinham. Para isso, o pequeno menino enfrenta muitos perigos e se aventura por lugares onde somente pessoas de seu tamanho poderiam entrar. Para compôr as canções do filme, foram utilizados apenas instrumentos tradicionais da África como balafon, ritti, cora, xalam, tokho, sabaar e o belon e em sua versão original, em francês, as vozes dos personagens foram feitas por atores africanos.
Direção: Michel Ocelot. França/Bélgica/Luxemburgo, 1998. 71 minutos.
13/11, quinta, às 19h30


 

Castelo Rá-Tim-Bum – O Filme

Nino (Diego Kozievitch), um aprendiz de feiticeiro que tem 300 anos, vive com seus tios Morgana (Rosi Campos), uma poderosa feiticeira de 6 mil anos de idade, e Doutor Victor (Sérgio Mamberti), grande sábio feiticeiro de 3 mil anos. No meio de uma megalópole, eles vivem em um castelo encantado que guarda segredos, magias e o conhecimento de toda a humanidade. Os três se preparam para o alinhamento dos planetas, fenômeno que fortalece os poderes de todos os magos. No entanto, a malvada Losângela (Marieta Severo), uma prima de Morgana que foi expulsa da família há séculos, planeja uma vingança terrível. Ansiando em ter uma vida normal como todos os demais garotos, Nino acaba participando, involuntariamente, de uma trama orquestrada por sua tia.
Aliada ao ambicioso Doutor Abobrinha, ela rouba os poderes de Victor e Morgana e os põe sob seu controle. Agora Nino precisa lutar contra as maldades de Losângela.
Direção: Cao Hamburger. Brasil, 1999. 108 minutos.
27/11 quinta, às 19h30