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Semana da Liberdade Negra no Sesc Campo Limpo
De 5 a 13 de Maio de 2018, através de oficinas, exibição de cinema, teatro infantil e adulto e sarau, o Sesc Campo Limpo foca suas atividades na “Semana da Liberdade Negra”. Para além de uma data que oficializa a abolição da escravidão, a programação põe de lado o significado dos livros de história que remete a abolição pelas mãos da Princesa Isabel, para celebrar e enaltecer o real significado do que foi a luta pelo fim da escravatura e o fim do pensamento escravista, com a intenção de resgatar a ancestralidade negra e seus significados.
Toda a programação é gratuita. Confira abaixo:
TEATRO INFANTIL
Mjiba - A Boneca Guerreira ( Dias 5, 6 e 12 de maio. Sábados e Domingo, às 16h. 13 de maio. Domingo, às 15h.)
*Retirada de ingressos com uma hora de antecedência
O espetáculo conta a história de dois palhaços carteiros que ao se depararem com uma encomenda sem remetente, encontram algo totalmente inesperado na caixa. A partir dessa descoberta, apresentam e discutem de maneira lúdica os problemas enfrentados pelas mulheres negras na sociedade. O Espetáculo foi criado pela Cia. Trupe Liuds, com atuação desde 2006, em homenagem às lutas das mulheres negras e com o intuito de difundir a arte circense na periferia da cidade de São Paulo. A Cia. é composta por palhaços negros que através da linguagem lúdica recriam a realidade cotidiana e despertam o imaginário das pessoas.
OFICINAS
Tecendo e Trançando Arte (Dia 9 de maio. Quarta, às 14h30) e Estampando Saberes – Adinkras, (Dia 11 de maio. Sexta, às 14h30) *Inscrições na Central de Atendimento
O coletivo Manifesto Crespo, formado por mulheres negras, dialoga sobre corpo negro, estética e identidade a partir de propostas de oficinas como “Tecendo e Trançando Arte”, onde o público é convidado a refletir sobre sua relação com o cabelo e praticar técnicas de tranças e turbantes.
Na oficina "Estampando Saberes – Adinkras", o coletivo se debruça sobre os adinkras, um conjunto de símbolos que formam um sistema de transmissão de valores, acumulados pelo povo akan, presente na África Ocidental. Além de estampar superfícies diversas (tecidos, painéis, objetos, entre outros), o objetivo é mostrar brincando, que a cultura africana é repleta de significados e poesia, além de mostrar como as matrizes podem ser feitas em qualquer material que possa ser riscado.
CINEMA E VÍDEO
O Grande Kilapy (Dia 9 de maio. Quarta, às 19h30)
*Retirada de ingressos com uma hora de antecedência
Dirigido por Zezé Gamboa, o filme conta a história de Joãozinho, interpretado por Lázaro Ramos, um bon vivant que quer apenas viver a vida e se divertir com os amigos. Ele desvia os fundos do Banco Nacional Angolano e distribui o dinheiro aos seus colegas, militantes pela libertação de Angola e acaba se tornando um herói local. O filme é uma co-produção entre três países lusófonos: Brasil, Portugal e Angola. Tanto a equipe técnica quanto o elenco vêm dos três países e as locações foram distribuídas entre grandes cidades brasileiras, portuguesas e angolanas. Selecionado em festivais como os festivais de Toronto, Londres, Dubai, Gotemburgo e o FESPACO. Classificação indicativa: 14 anos.
SARAU
Sarau Liberdade Negra – Nossos passos vêm de longe (12 de maio. Sábado, às 20h)
Com participação especial da cantora, compositora e intérprete Luana Bayô, o ‘Sarau das Pretas’, protagonizado por mulheres negras atuantes no cenário cultural periférico da cidade de São Paulo, é convidado para conduzir o Sarau Liberdade Negra. O espetáculo acontece por meio da palavra falada, cantada ou declamada, dos tambores e de seus corpos em constante movimento. Em cena, Débora Garcia, Elizandra Souza, Jô Freitas, Taissol Ziggy e Thata Alves, propõe reflexões sobre o feminino, feminismo, cultura e ancestralidade. * Este evento conta com interpretação em Libras.
TEATRO ADULTO
Nêgo Fugido (13 de maio. Domingo, às 16h)
O auto dramático popular "Nêgo Fugido", é um espetáculo encenado ao longo de todos os domingos de julho pelas ruas do distrito de Acupe, pertencente a Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano. Este auto encena e reinterpreta a luta de escravizados fugidos contra capitães do mato e senhores de engenho, trazendo uma nova perspectiva e olhar histórico para o período da escravidão na região. A encenação é conduzida pelos toques dos tambores através de cânticos que misturam iorubá e português que juntos à dança e aos diálogos, conduzem seus participantes à uma espécie de transe. Outra marca característica marcante do espetáculo são os figurinos feitos com folhas de bananeiras e especialmente o negrume que é passado nos rostos, complementado por uma beberagem vermelha nos lábios.