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Juventude, improviso e técnica

Em 2010, quando os amigos Mathew Tavares, Alexander Sowinski, Chester Hansen e Lealand Whitty se conheceram nas aulas de música do Humber College, em Toronto, não podiam imaginar o sucesso que teriam ao unir o jazz e o hip hop e fazer disso o repertório de sua banda BADBADNOTGOOD.

Aos jovens, essa mistura de sons - aparentemente inusitados - parecia inevitável. “Ao estudar jazz e começar a tocar um instrumento é natural você resgatar o hip-hop que cresceu ouvindo e brincar com a relação entre os dois”, explica Hansen, baixista do BBNG.

O diálogo entre os gêneros passou a ser a marca registrada. “Desde que nos conhecemos, ao invés de reproduzirmos o que já vinha sendo feito, nós tocamos versões instrumentais de rap”, conta o baterista Sowinski; Para o tecladista Mathew Tavares, a equação é simples: “Tocamos a música que amamos com a forma e a técnica do jazz”.

Na trilha da experimentação, o BADBADNOTGOOD encontrou uma sonoridade própria, também constituída em parte por influências dos acordes e harmonias de artistas brasileiros como Edu Lobo, Marcos Valle e Erasmo Carlos. Com cinco álbuns de estúdio, a banda já se apresentou pela Europa, Estados Unidos e América Latina e, no Brasil, passaram pelo Rio de Janeiro e São Paulo, onde reafirmaram a atração pela música local. “Por mais que o jazz, o pop e o funk também sejam feitos aqui, o Brasil tem todo um catálogo diferente de sons exóticos”, afirma Sowinski.

O SescTV exibe o show inédito do quarteto, gravado durante o Nublu Jazz Festival 2016, no Sesc Pompeia, na capital paulista.

BADBADNOTGOOD
Dia 21, às 22h.
Classificação: Livre
Assista em www.sesctv.org.br/aovivo