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Zoara... E aí, Biblioteca pra quê?
Para responder a instigante pergunta, não podemos deixar de considerar como os brasileiros percebem a importância das bibliotecas:
Segundo a 3ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro, em 2011, somente 24% dos brasileiros usaram uma biblioteca. Destes, 70% eram estudantes. Entre todos os usuários: 64% frequentaram bibliotecas universitárias ou escolares; 50% bibliotecas publicas; e, 2% bibliotecas comunitárias (cerca de 882.000 pessoas).
A grande maioria (71%) percebe a biblioteca como um local para estudar ou para estudantes, e, somente 16% como um local para todas as pessoas e para acesso a obras de literatura (17%).
Esses números nos revelam que é urgente mudar a representação que a população em geral tem das bibliotecas, para que elas passem a ser, de fato, um equipamento que viabiliza a democratização do acesso aos livros e à informação.
Mas, frente, também, ao retrato sofrível dos indicadores de leitura e de leitura espontânea, necessitamos, com urgência, repensar esses espaços de acesso ao livro e promovê-los a espaços de leitura, de fomento à leitura e de acesso à cultura. Esses equipamentos devem ser acolhedores e mobilizadores para atrair toda a comunidade do entorno. O pertencimento é estratégia importante para levar e trazer a comunidade para esses espaços de leitura, criação e acesso a cultura e livros. As bibliotecas comunitárias sintetizam esses princípios e se convertem em espaços democráticos de trocas e praticas sociais de leitura e acesso a livros e cultura.
E aí, biblioteca para quê? – com novo olhar e práticas – para conquistar leitores e promover acesso ao livro e a cultura, garantindo esse direito a todos, em locais que não oferecem qualquer equipamento cultural.