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Recordar é viver!
Para se aproximar de todos os lugares onde a memória consegue vasculhar e encontra seu elemento vital, as viagens, presenciais ou mesmo intelectuais e sensoriais, são um dos modos mais completos e prazerosos. O Festival Lugares da Memória convidou a todos para viajar em suas recordações, conectar com seus lugares, seus significados e, por fim, contribuir para o fortalecimento de sua própria identidade e a de muitas outras.
Na noite da quarta-feira, 2 de outubro, Sidney Roveri, a quem se pode chamar de “Viajante com V maiúsculo”, chegou com seu terno impecavelmente alinhado, trazendo cadernetas, caixas de sapatos cheias de fotos, entre outras lembranças de suas andanças pelo mundo. Começou sua fala ressaltando que aquele era um bate-papo informal e seguiu lendo o manuscrito que havia preparado, até que pediu “por obséquio” para que avançassem os slides.
Carregando a experiência de mais de 100 viagens, ele talvez fosse parado por excesso de bagagem se estivesse num aeroporto, mas no Sesc Consolação, o Sr. Sydnei compartilhou com os ouvintes as histórias e lições, respondeu às curiosidades, estusiasmado como se tivesse acabado de retornar de sua última expedição.
Enumerou as viagens, o tempo de rota em cada meio de transporte, dividido pelas viagens nacionais e internacionais. A quantidade de cidades conhecidas em cada país. Mostrou as fotos, etiquetadas com data, local e contexto em que foram tiradas. Também “lembrancinhas”, como se referiu, trazidas desses lugares, como pedras, água, areia, larva de vulcão. À antropóloga Renata Delduque que mediava o bate-papo contou que esses objetos lhe lembravam sua esposa, companheira de viagem, de vida, e já falecida.
O Festival Lugares da Memória provocou recordações por meio de boas conversas, imagens, histórias e passeios. Diversas atividades ocorreram nas unidades do Sesc em São Paulo, celebrando o Turismo e o Dia Internacional do Idoso, comemorado no dia 1 de outubro.
Lembrar de um lugar marcante e sentir saudade é se identificar. Como diria o ditado, recordar é viver.