Postado em
O rosa fúcsia que nos tira da rotina
Oficina do Coletivo Construções Compartilhadas (BA), no Sesc Santo Amaro dias 6 e 7/agosto, envolve e prepara o público para participar de uma intervenção urbana, que acontece de 8 a 10/agosto na Praça Floriano Peixoto – Largo Treze de Maio
Em sua 16ª Edição o Palco Giratório contribui para o intercâmbio e a difusão de artes cênicas no país e ocorre sempre conjuntamente com o Departamento Nacional e os Departamentos Regionais do Sesc. No Sesc Santo Amaro, a Oficina Poéticas de Multidão: Pingos & Pigmentos convida jovens e adultos a apurar o seu sentido estético-perceptivo. Isso, para desenvolver uma lógica performática que resulta na ocupação do espaço urbano com ações de composição que envolvam o corpo e guarda-chuvas de cor rosa fúcsia. "A proposta de Pingos é provocar um pouco o olhar diante da cidade, diante da paisagem urbana", explica o produtor Rafael Rebouças.
A EOnline conversou com Rafael, que participa também da realização da oficina, juntamente com Alexandre Molina, Carlos Santana, Lenine Guevara, Líria Morays e Eduardo Rosa. na entrevista, o produtor aprofunda sobre a proposta da obra de concepção e coordenação de Rita Aquino. Você pode conferir abaixo os principais trechos:
EOnline: Vocês trabalham com diversas "Poéticas de Multidão", cada ação performática é formada por dezenas de “corpos-pessoas”, como vocês mesmos dizem, qual é a proposição principal no caso de Pingos & Pigmentos?
Rafael Rebouças: A proposta de Pingos é provocar um pouco o olhar diante da cidade, diante da paisagem urbana. A nossa idéia é colorir o urbano, a cidade e o cotidiano, o dia-a-dia das pessoas. É uma intervenção que acontece a partir da percepção de seus habitantes, sobre sua percepção e para a percepção.
EOnline: É a 1ª vez que Pingos & Pigmentos participa de um Circuito Nacional como o Palco Giratório. Por quais outras cidades vocês irão passar?
R. R.: Fizemos o lançamento do Palco Giratório em março deste ano na cidade de São Paulo e já passamos por Manaus, Porto Alegre e Recife. Agora vamos para Natal, novamente São Paulo, no Sesc Santo Amaro, Curitiba e Maceió.
EOnline: Como são trabalhadas as singularidades de cada cidade e de seus habitantes para transformação da paisagem e cotidiano a que a intervenção se propõe?
R. R.: Em cada cidade temos uma relação diferente com a obra, porque em cada local temos aspectos bastante diferenciados, tanto de características urbanas, de arquitetura, quanto das pessoas e até mesmo do clima. Por exemplo, estivemos em Friburgo e estava muito frio. Na semana passada passamos por Manaus e estava muito calor, então estamos sempre nos adaptando tanto às dinâmicas climáticas, que pra gente tem sido muito forte, quanto à dinâmica superficial mesmo, da própria cidade, o ritmo da cidade, etc. A gente nunca tem um horário determinado para a intervenção, em nenhum lugar. Sempre levamos em consideração a dinâmica do lugar para desempenhar o nosso trabalho. A ideia é fazer uma intervenção no que já existe e a partir do que está lá e não uma intervenção brusca e radical que pode alterar totalmente a dinâmica da cidade. Muito pelo contrário, nós vamos misturando aos poucos os elementos artísticos.
A obra Pingos & Pigmentos está pela 1ª vez como parte do Palco Giratório, mas o Grupo Coletivo Construções Compartilhadas já levou a obra para Rosário, na Argentina, no 11º Festival Internacional de Artes Escénicas Contemporâneas El Cruce no ano de 2011, além de diversos Festivais na Bahia. O Grupo surgiu em 2009, a partir de uma residência artística desenvolvida no Cine Teatro Solar Boa Vista, em Salvador.
A seguir, você pode ver fotos da intervenção Pingos & Pigmentos:
Mais
Sobre o Grupo Coletivo Construções Compartilhadas
o que: |
Palco Giratório Programação no Sesc Santo Amaro |
Grupo Coletivo Construções Compartilhadas (Salvador/BA) |
Oficina Poéticas de Multidão Pingos & Pigmentos
Intervenção Pingos & Pigmentos |
Santa Ignorância Cia de Artes (São Luis/MA) |
O Miolo da Estória O bumba meu boi do Maranhão é um dos elementos experimentados pela Cia que se utiliza da diversidade cultural brasileira, também desenvolve projetos de formação artística em comunidades e a pesquisa Teatro nos Passos do Boi. Neste espetáculo, o grupo apresenta o homem em conflito com a fé e suas relações sociais. 24/agosto às 20h e 25/agosto às 18h no Teatro Sesc Santo Amaro Ingressos à venda pela Rede de Ingressos Sesc |