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O velho e bom samba feito pela nova geração
O grupo Lê Coelho e Os Urubus Malandros se apresentam pela primeira vez na cidade de Birigui, no dia 16/agosto; no Sesc Presidente Prudente no dia 17 e no Sesc Catanduva no dia 30. Em 11/setembro o grupo convida Vania Bastos para show no Sesc Ribeirão Preto. Em entrevista exclusiva Lê Coelho falou um pouco sobre o samba e atual posição dos músicos independentes
Poesia urbana, ironia, lirismo, bom humor e uma mesa de bar qualquer. Este é o mote da banda Lê Coelho e Os Urubus Malandros. Eles compõem o cenário musical brasileiro fazendo o que chamamos de novo samba. A banda é composta por oito músicos, Ivan Gomes (Contrabaixo), Rodrigo Monteiro (Guitarra, Violão e Cavaco), Felipe Guimarães (Violão de 7 cordas), Kiko Sebrian (Bateria), Ivan Banho (Percussão), Pedro Prado (Percussão) e Fernando Sagawa (Flauta e Sax) e visa promover o samba paulista, a expansão de seus apreciadores e o resgate de suas raízes.
“Alguns artistas e compositores de São Paulo, dentre os quais nos incluímos, têm trazido para o universo do samba um repertório inédito e autoral sem o compromisso religioso com a tradição, embora se alimentando dela; assim novos elementos e texturas vão sendo agregados ao gênero, e as letras falam sobre coisas atuais, sobre a nossa realidade hoje”, explica Lê Coelho, que acredita na resistência do samba.
O músico conta que é impossível resumir as influências do grupo, ainda mais quando se tratam de oito músicos. “Gostamos de dizer que nosso som deve estar entre: Geraldo Filme e Tom Zé, Paulo Vanzolini e Itamar Assumpção, Adoniran Barbosa e Chico Buarque”.
Sobre a posição da música independente atualmente, Lê Coelho vê a internet como forte aliada na divulgação de novos e bons artistas que muitas vezes estão fora da mídia de massa. “O cenário independente se fortaleceu muito, esse sim riquíssimo, com muita gente produzindo coisas de muita qualidade e tendo uma oportunidade de mostrar seus trabalhos por veículos paralelos como a internet, algo que acredito nunca ter sido tão forte e positivo’, afirma.
Em 2011, o grupo lançou o primeiro álbum de carreira Um samba a mais. Eduardo Chatagnier, diretor dos vídeoclipes, utilizou no vídeo da música título um conceito chamado concerto privado, estética muito usada em Barcelona (na Espanha), que se baseia na música ao vivo e em pequenos concertos como forma de partilhar a música, e aposta no diálogo entre músicos e público. A intenção é esquecer a cena e os requisitos técnicos para dar destaque à energia intimista e natural do momento.
Lê Coelho e Os Urubus Malandros se apresentam pela primeira vez em Birigui no dia 16/agosto, a partir das 20h30, na Praça Doutor Gama, no centro da cidade, numa iniciativa do Sesc Birigui. Assim como no disco, o show flutua por diversas vertentes do samba, unindo o samba tradicional a arranjos modernos. A presença de canções de Chico Buarque e Tom Zé no repertório do show, representando a identificação estética deste primeiro trabalho, serve para dar uma ideia da diversidade e riqueza sonora que os espectadores e apreciadores da boa música brasileira devem aguardar.
Biografia
Após lançar seu terceiro disco com a Banda de Argila, o compositor paulistano Lê Coelho iniciou um novo trabalho a partir de diversos sambas que compôs ao longo da carreira. Ao lado dos oito músicos formou o grupo Lê Coelho e os Urubus Malandros, nome que surgiu de uma brincadeira com o nome do compositor e uma citação ao choro de João de Barro.
A seguir você pode assitir ao clipe da música Um Samba a Mais, no canal da banda no Youtube:
o que: | Lê Coelho e os Urubus Malandros |
16/agosto |
Birigui, na Praça Dr. Gama (uma iniciativa do Sesc Birigui) |
17/agosto |
Sesc Presidente Prudente |
30/agosto |
Sesc Catanduva |
11/setembro |
Sesc Ribeirão Preto |