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Mulher de Palavra leva para as redes projetos literários independentes

O Sesc Bom Retiro apresenta, em seus canais digitais, até dezembro de 2020, a edição online do projeto literário Mulher de Palavra. Devido à pandemia de Covid-19, o ciclo de leituras e palestras voltadas à difusão de obras literárias contemporâneas escritas por mulheres, que seria apresentado de forma presencial entre março e julho deste ano, está disponível em novo formato desde o dia 16 de outubro nas redes da unidade. Ao longo destes meses, serão publicados diversos vídeos de poetisas abordando o processo de criação de suas obras, além de dar espaço para as editoras independentes divulgarem suas publicações.

O projeto, que propõe discutir questões ligadas ao feminino e às conjunturas sociais que o cercam, teve início em 2019, com duas edições (março e outubro) e foi idealizado com o desejo de estimular que mais obras femininas sejam lidas, discutidas e publicadas, além de dar protagonismo e ser um espaço de debate e trocas de experiências entre autoras mulheres. "O Sesc mantém o compromisso de difundir diferentes linhas de pensamento e vertentes artísticas, além de fomentar a reflexão sobre temas importantes para a sociedade", conta a curadoria do Sesc Bom Retiro.

Poeta que participa do quadro “Com a palavra”Lubi Prates, escritora e editora da Nosotros, diz que: “Atualmente, eu percebo (ou os meus olhos me fazem enxergar assim por causa do meu aprofundamento nos estudos feministas e na sua aplicação na Literatura) que as mulheres têm não só escrito mais, mas se proposto a mostrar o que escrevem pro mundo e, talvez, essa exposição venha da percepção de que a Literatura é um lugar para as mulheres, assim como todos os outros.”

Em um momento de crise das grandes redes de livrarias, as pequenas editoras e livreiras começaram a se fortalecer por meio das diversas feiras e eventos literários em profusão no país, se aproximando de nichos de público interessados em suas linhas editoriais, assim como de seus escritores. Essas editoras investem em novos nomes, na publicação própria ou mesmo na tradução de títulos estrangeiros que não eram de interesse mercadológico das grandes editoras. 

“Enxergo a autopublicação como alternativa viável para projetos autônomos, ou seja, um caminho para viabilizar uma publicação da forma que certa autora ou autor deseja fazer. Essa possibilidade pode ter a ver com uma proposta estética que não interessaria a editoras convencionais, por exemplo, livros para adultos que tenham ilustrações não profissionais, feitas pela autora do texto, por crianças próximas, desenhos que tenham valor afetivo, acima de tudo; opções que aos olhos do mercado podem tornar o livro menos vendável”, completa Cidinha da Silva, representante da Kuanza Produções e primeira editora do quadro “Botando a banca”..

Leia aqui as entrevistas completas com Lubi Prates e Cidinha da Silva. E acompanhe abaixo as ações do Mulher de Palavra.

 

AÇÕES DO PROJETO

 


“Com a Palavra”- composto por uma série de vídeos apresentados quinzenalmente, sempre às sextas-feiras, em que as poetas compartilham o seu processo de criação, apresentam seus livros publicados e recitam suas poesias. A ação conta com três poetas, uma por mês, durante os três meses do ciclo. 

“Botando a Banca” - série de vídeos que abordam a experiência de visitação a uma feira de livros, onde diversas editoras e alguns livreiros mostram ao público sua linha de trabalho nessa banca virtual, com indicações de livros escritos por mulheres que compõe o seu catálogo.

 

MULHER DE PALAVRA 2020
Botando a banca - Terças e quintas, até 29/12
Com a palavra - Sextas, até 30/12

 

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