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Radar Sonoro: As desigualdades da pandemia e o pluriverso da música negra
Por GG Albuquerque*
O coronavírus não distingue raças ou classes sociais, mas se encaixa como uma luva nas desigualdades estruturais brasileiras e as intensifica violentamente. De acordo com levantamento do IBGE, 57% dos mortos pela doença no Brasil são negros, enquanto os brancos representam 41%.
Um estudo sobre as taxas de letalidade do vírus no país produzido pelo Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde, da PUC-Rio, revelou que entre os pretos e pardos que foram contaminados, 55% morreram — enquanto, entre pessoas brancas, esse valor ficou 38%. Um exemplo nítido do racismo estrutural e da profundidade de suas bases.
A mortalidade não ocorre de modo igualitário. Não há razão, portanto, para pensar que as consequências indiretas da pandemia (em especial dificuldades econômicas) são distribuídas igualmente, seja na sociedade como um todo ou na classe artística, em específico."Só o céu dos otários é neutro", canta o maranhense-carioca Negro Leo. Do mesmo modo, não há neutralidade nos desdobramentos sociais de uma pandemia em uma sociedade racializada.
Não são poucos os brilhantes artistas que precisaram pausar os sonhos de transformação social e o horizonte de possibilidades da carreira musical para buscar empregos temporários que garantissem seu sustento. Não à toa, a maioria deles é negra e/ou moradora de regiões periféricas.
A situação financeira de Arnaldo Baptista — que recentemente precisou rifar algumas de suas obras de arte e um casaco inglês usado na capa do álbum Singin' Alone (1982) — sensibilizou muitos admiradores da música brasileira. Um ex-Mutantes passar por necessidades é, de fato, triste e digno de atenção, mas esse caso representa apenas uma parcela ínfima das complicações da pandemia no setor musical.
Outros artistas ou centro culturais tão relevantes quanto têm aberto campanhas para arrecadar mantimentos básicos para sobrevivência, como alimentos e produtos de limpeza. Nesses exemplos, vindos sobretudo de trabalhadores culturais negros e das periferias, raramente há repercussão na mídia.
De quem são as vidas dignas de luto ou comoção (consideradas "choráveis") em nosso mundo público? Raramente são as negras. É o caso do centro cultural do Macaractu Cambinda Estrela, que está com uma campanha de doação aberta — você pode contatá-los no instagram @maracatunacaocambindaestrela.
E há poucos indícios de que este cenário possa se transformar no futuro. Sem Ministério da Cultura, não há nenhuma proposta de política cultural transversal e ampla. A Lei Aldir Blanc é uma conquista, mas está destinada apenas ao curto prazo, pois visa a emergência pontual. E mesmo assim seus recursos só devem ser repassados aos trabalhadores culturais no fim do ano, depois de nove meses de paralisação. Além disso, boa parcela de profissionais ficará de fora dessa partilha, em especial aqueles produtores que estão nas favelas.
A perspectiva é de que os artistas e festivais que terão condições de dar continuidade aos seus projetos são aqueles que já possuem boas conexões com empresas privadas patrocinadoras ou uma estrutura de redes sociais fortalecida — ou então vão continuar fazendo arte contra a maré, contra todas as estatísticas, como a maior parte sempre fez.
Apesar da pandemia, artistas e coletivos negros continuam produzindo a todo vapor. E ressalto: apesar da pandemia, e nunca, de modo algum, por causa dela. A quarentena só permitiu o "ócio criativo" ou a "conectividade entre músicos" para aqueles que estão confortavelmente assentados sob uma série de privilégios de classe e raça.
Os artistas negros estão produzindo porque a necessidade de expressão arde em seu interior. A música é um modo de desafiar a morte e manter aquecido o motor da vida. Rappers costumam dizer: "Não sou eu que escolho o rap, é o rap que me escolhe". Uma visão que traduz o chamado de uma paixão tão gigantesca que faz a vida inteira orbitar em torno da música. Mas a tendência que vem se montando é a do mercado musical se fechar ainda mais em um oligopólio, podendo fazer com que a voz dessas pessoas alcance menos pessoas.
É por isso que a minha lista para o Radar Sonoro é dedicada apenas a artistas negros, com foco especial para os movimentos musicais das periferias. Não tenho nenhuma pretensão de "revelá-los" ao mundo, até porque eles não precisam disso, é uma tarefa que fica a cargo da excelência e força de sua arte. Minha intenção é tentar jogar luz sobre a luta racial e a luta de classes na música brasileira, um debate ainda mais urgente no contexto do coronavírus. E, nesse sentido, compartilhar novos sons que desafiam o status quo da historiografia cultural do Brasil.
É importante destacar também que este conjunto de 20 artistas e grupos culturais negros não estão reunidos aqui para dar uma "forma" ou um "sentido" claro e definido para a negritude. Não existe possibilidade de reunir as expressividades musicais negras do Brasil sob um estatuto único e totalizante.
Se há um fio condutor nos trabalhos aqui elencados, é a multiplicidade de propostas artísticas que irradiam as negritudes em todas as direções possíveis, sem nunca se limitar apenas às questões raciais. Temos aqui novos modos de pensar as mídias e as tecnologias, reflexões profundas sobre o panorama político e social, reconfigurações de gêneros musicais, desenvolvimentos de novos parâmetros sonoros e procedimentos técnicos, discussões sobre sexualidade, críticas ao mercado da arte, entre outros.
Como sintetizou a artista visual e pesquisadora Jota Mombaça, a negritude é uma imensidão sem totalidade, atravessada por muitas diferenças — racialidades, gêneros e sexualidades diversas. A possibilidade de um todo negro foi extirpada por meio de todos os processos de violência que formaram a negritude enquanto categoria histórica e política. A música dos artistas negros que emerge nesse tempo da pandemia é, também, um pluriverso sem limites. A lista é apenas uma fração dele.
A Dona
A banda A Dona é representante de uma nova geração de cantoras que, desde o ano passado, está despontando na cena do pagodão das periferias de Salvador — como A Dama, A Travestis e Rai Ferreira. O grupo estreou no Carnaval deste ano e é liderado pela vocalista Emily, de 20 anos, natural de Itinga, interior de Minas Gerais. Suas músicas são marcadas por uma poética afrontosa da sexualidade que focaliza o prazer feminino, subvertendo a perspectiva masculina dominante no movimento. "Online Sentando", por exemplo, é uma resposta a "Online Metendo", hit do Carnaval baiano. Em "Empoderada", a mensagem contra a violência sexual é direta e clara: "Digo não balançando a raba!"
biarritzz: "Eu Não Sou Afrofuturista"
biarritzzz é uma artista transmídia do Recife que trabalha com gifs, vídeos e web art. "Eu Não Sou Afrofuturista", seu primeiro trabalho na música, é um álbum sonoro-visual e também uma instalação virtual. Como indica o título, o trabalho produz uma linha de fuga na tendência curatorial e mercadológica que simplifica as complexidades da arte negra pela chave do "afrofuturismo". Abordando a política dos memes, música pop e visuais glitch, é uma exploração livre das tecnologias de reprodução virtual da imagem e som. Um libelo irônico (mas seríssimo) contra as demarcações raciais, estéticas e políticas realizadas no campo da arte. Com participações de Deize Tigrona, Novíssimo Edgar, Denise Nuvem e outros.
Ouça Eu Não Sou Afroturista aqui (para acessar, clique em "arquivo" e selecione as obras de biarritzzz).
Bione
Da periferia do Recife, Bione é escritora e rapper. Com apenas 16 anos, destacou-se na modalidade de poesia falada do slam, representando seu estado na final do campeonato nacional de 2018. Em novembro de 2019, ela lançou "Sai da Frente", sua primeira mixtape, marcada pelo peso do trap. Este ano seria o momento da expansão da sua carreira. Em fevereiro, foi vencedora do festival Pré-AMP e então a pandemia interrompeu os planos. Mas ela não parou com o trabalho. Em abril, Bione soltou o single "Quem é Ela?" e no instagram compartilha com frequência prévias de músicas novas.
MC Dricka
O som de MC Dricka estourou nos bailes de rua de São Paulo no final de 2019, lotando a sua agenda — até dezembro, fazia uma média de 15 shows por semana. A pandemia atrapalhou as apresentações, mas levou a cantora de 22 anos a concentrar no lançamento de novas músicas. Suas músicas mostram uma nova configuração sonora do funk paulista, com sons agudos e texturas mais robóticas, como "Pretinha do Peitin". Ela também fortaleceu a ponte entre o funk paulista e mineiro (colaborando com nomes de Belo Horizonte como DJ Ray Laís, DJ Gui Marques e MC Rick) e, como lésbica, levantou a bandeira LGBT no R&B "Beijo no Pescoço".
DJ Anderson do Paraíso
O DJ Anderson do Paraíso é um dos principais produtores do novo funk mineiro. Aos 24 anos ele se destaca pelas estruturas musicais esparsas, de ritmo mais lento, com instrumentos orquestrais como violinos e tímpanos, criando uma atmosfera etérea de suspense e tensão. “Eu quero que fique sombrio. Quanto mais dark, melhor”, ele explica. Ele está sempre compartilhando músicas novas em seu perfil no SoundCloud.
Pianki
Membro do coletivo e selo ZonaExp, o gaúcho Pianki explora um fluxo contínuo de ritmos no seu álbum de estreia, intitulado "Quase". Uma torrente de beats que se conectam organicamente e tramam uma complexa rede de sons. “As 3 células se transformaram em centenas de organismos.Continuam vibrando e se multiplicando em alta velocidade”, descreve ele no texto de apresentação do trabalho.
Guillerrrmo
A DJ e produtora amazonense Guillerrrmo (com dois L e três R mesmo) combina com primor uma miríade de gêneros no seu set para o Boiler Room, do kwaito sulafricano ao drum & bass, passando ainda pelo house e o tecnofunk do Pará. Mais do que uma combinação de gêneros musicais, os seus sets apontam um novo modo para olhar e ouvir para estas musicalidades eletrônicas, ressaltando conexões entre elas sem nenhuma hierarquia.
Aguidavi do Jêjê
O Aguidavi do Jêjê é uma orquestra afro-percussiva de Salvador formada por 15 ogans, com idades entre 15 e 30 anos. O grupo foi criado em 2011 por Luizinho do Jejê (percussionista que acompanha Letieres Leite e Maria Bethânia) e tem sua base no Terreiro do Bogum, um marco histórico da negritude — lá foram recolhidos os mantimentos para a Revolta dos Malês, uma das maiores insurreições dos negros no país. Em 2019, eles realizaram suas primeiras apresentações fora da Bahia, compartilhando o palco com Gilberto Gil e B Negão em shows lotados no Rio de Janeiro e Niterói. Com apoio dos selos QTV e Rocinante, o grupo iniciou o processo de produção do seu primeiro disco, atrasado devido à pandemia, mas que deve ser lançado em breve. Enquanto isso, eles continuam com as atividades musicais no terreiro, sempre divulgadas com vídeos no Instagram.
João Limoeiro
Natural de Carpina, João Limoeiro é um dos nomes mais respeitados da ciranda, sendo o autor de um repertório que atravessou gerações na zona da Mata Norte de Pernambuco. Nesta live ele ainda conta com participações de Josivaldo Caboclo, do Grupo Cultural Caboclo, e Mestre Bi, maracatuzeiro que integra o Maracatu Estrela Brilhante.
Iasmin Turbininha
Iasmin Turbininha foi um dos principais expoentes do movimento 150 BPM, que renovou o funk do Rio de Janeiro com uma nova geração de artistas e com uma batida acelerada. Uma das primeiras mulheres a trabalhar como DJ e produtora musical na cena, ela foi residente do baile da favela da Nova Holanda e produziu músicas de MCs como Tati Quebra Barraco e Reizin. Na pandemia, porém, ela não conseguia nem patrocínio para fazer uma live, até que se tornou DJ residente da rádio britânica NTS. Ela acaba de lançar seu novo set, acelerando ainda mais o ritmo do funk carioca para o 180 BPM — um swing frenético e cacofônico.
Kolx & Keith
Aos 20 anos, o baiano Kolx é cantor, compositor e artista visual membro do coletivo de rap Underismo. Este ano ele uniu forças ao beatmaker sul-mato-grossensse Keith na mixtape "Tipos de Rochas e Mineiras", que se destaca pelo ritmo letárgico e sonoridade espacial, com um abordagem mais focada nas ambiências e texturas do que na materialidade concreta das batidas do rap.
Kyan
Kyan é uma das maiores revelações do hip hop em 2020. Acompanhado pelo produtor musical MU540, o MC santista combina elementos do funk, do grime e do trap em letras que abordam a periferia, a festa e as desigualdades sociais. Em “Menor Magrinho”, um de seus hits, ele celebra a sua vitória sobre os estigmas e o sucesso como artista: “Discriminado no preconceito/ Hoje o pós-conceito é nós”. O verso também pode ser lido como uma crítica à branquitude e à tradição colonial do que a filosofia reconhece como “pensamento”. “A negritude nasce de um sentimento de frustação dos intelectuais negros por não terem encontrado no humanismo ocidental todas as dimensões de sua personalidade”, descreveu o antropólogo Kabengele Munanga. Em protesto semelhante, Kyan cria o seu próprio modo de ação no mundo, rompendo com o entendimento rígido dos conceitos filosóficos para firmar um pensamento-ação, um “pós-conceito” que se origina e se enriquece pela perspectiva do negro e favelado brasileiro.
Bongar
Fundado em 2001, o grupo Bongar é composto por jovens integrantes do terreiro Xambá, do quilombo urbano Portão de Gelo, em Olinda. Partindo de uma pluralidade de influências culturais afro-brasileiras e nordestinas (sobretudo os ritmos do coco), o Bongar pensa a tradição como metade de uma dialética da invenção, transformando os modos de tocar essas musicalidades. Este ano, a Xambá completou 90 anos de existência, e o Bongar, 19 anos. Em uma live comemorativa, o cantor Guitinho da Xambá definiu: "Não somos remanescentes de quilombolas. Nós não somos resquícios, não somos reminiscência. Nós somos quilombolas inteiros".
Ventura Profana
Autodeclarada travesti, Ventura Profana é pastora missionária, cantora evangelista, escritora, compositora e artista visual da Bahia. Ela lançou este ano o EP "Traquejos Pentecostais Para Matar o Senhor". O senhor do título não é Jesus Cristo, mas sim uma metáfora para toda a opressão, em especial os novos modos de escravismo contemporâneo, que o filósofo camaronês Achille Mbembe chama de "devir negro" do mundo.
Monna Brutal
Monna Brutal se destacou inicialmente nas batalhas de rap em São Paulo e lançou o álbum "9/11" em 2018. Mas são os seus singles de 2020 que revelam o seu amadurecimento como MC, tanto pela habilidade lírica quanto pela musicalidade ágil e suingada, especialmente em "Fight".
N.I.N.A.
N.I.N.A é cria da Cidade Alta (conjunto de favelas na Zona Norte do Rio) e é uma das revelações da emergente cena nacional do grime — movimento próximo da música eletrônica, do rap e do dancehall originado da diáspora dos jamaicanos-britânicos. Enquanto prepara seu primeiro EP, ela lançou o single "A Bruta, A Braba, A Forte" e participou em discos de outros nomes da cena, como SD9 e o beatmaker diniBoy.
Reunindo textos, vídeos e sons organizados ou produzidos pelos músicos Negro Leo e Saskia mais o crítico e pesquisador Bernardo Oliveira, o site Ciranda do Gatilho é apresentado como uma “roda de engatilhamento contínuo através de correspondências afrográficas e registros audiologovisuais em torno do drible, do crime e da afropresença”. Produzido pelo Sesc Santo Amaro, a Ciranda é um misto de instalação audiovisual virtual, bricolagem conceitual e tratado filosófico rimozamático que dinamita as estruturas da crítica cultural, da historiografia e da escrita em si, irradiando forças para territórios ainda não explorados. Entre a crítica e arte, ele fornece um arsenal inovador para pensar e experimentar a cultura brasileira.
Maracatu Cambinda Estrela
O Maracatu Cambinda Estrela mantém um centro cultural na favela Chão de Estrelas, na Zona Norte do Recife, que reúne crianças, jovens e adultos em atividades formativas e recreativas em torno do maracatu. À margem das leis de incentivo à cultura, o grupo vem produzindo vídeos em seu canal no YouTube que reafirmam a sua força e sua história. Destaque para a live do Coco dos Pretos e o documentário "Orgulho de Ser Cambindense", que compila depoimentos de diversas gerações do grupo sobre a importância do maracatu na sua vida. Apesar da produtividade, vale lembrar que a pandemia só intensificou as dificuldades econômicas do Cambinda Estrela, levando-o a abrir uma campanha de arrecadação de donativos (alimentos, produtos de limpeza, dinheiro). Qualquer doação é bem-vinda. Você pode contatá-los pelo instagram @maracatunacaocambindaestrela.
Romulo Chavoso
Romulo Chavoso é um dos produtores mais inventivos da música eletrônica brasileira atualmente, com cortes violentos, ritmo alucinado e batidas complexas. Ele é o responsável por reconfigurar a sonoridade do bregafunk do Recife, como podemos ouvir em "Baile na Favela" (onde, além dos beats, ele se aventura nos vocais) e "Macete 2" (com vozes dos MCs Balakinha e Morena).
Negro Leo
Negro Leo é um dos maiores pensadores contemporâneos do Brasil. Ao longo de sua prolífica discografia (no ritmo de um disco por ano, às vezes até mais,em diferentes projetos), ele abordou a ascensão das classes pobres, o golpe e a crise da democracia, o fortalecimento dos evangélicos neopentecostais e mais uma vastidão de temas — sem nunca entregar respostas de bandeja, investindo sempre no exercício imaginativo e no delírio, como ele deixa claro no documentário "É Rocha e Rio, Negro Léo", filmado em seu apartamento. "Desejo de Lacrar", seu novo álbum, é uma investida poética livre e aberta sobre a reação conservadora dos movimentos da direita após uma década de conquistas políticas libertadoras — e como esses conflitos se armam nas arenas de batalhas na selva de pixels das redes sociais.
*GG Albuquerque é jornalista e pesquisador doutorando em Estéticas e Culturas da Imagem e do Som pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Edita o site Volume Morto e é co-fundador do Portal Embrazado, dedicado às culturas musicais das periferias brasileiras. Trabalhou como repórter de cultura do Jornal do Commercio e da Folha de Pernambuco e colabora no Portal Kondzilla, UOL Tab, Outros Críticos e Vice Brasil.
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Radar Sonoro: GG Albuquerque e Thiago França
Para apresentar novas produções musicais, tanto inéditas, quanto em gestação, em tempos atuais, surgiu o projeto “Radar Sonoro”, uma série de vídeos e textos que traçam um panorama da produção musical brasileira no contexto de pandemia e distanciamento social.
O quarto encontro da série digital, disponível a partir de sexta, 23 de outubro, às 11h, no Youtube do Sesc Pinheiros, tem como convidados Thiago França, integrante do trio Metá Metá e líder da banda e bloco Espetacular Charanga do França e o pesquisador e jornalista pernambucano GG Albuquerque para conversar sobre o processo de produção durante a pandemia.
França fala do álbum “KD VCS“ e do que o motivou a chegar a esse trabalho, lançado em abril deste ano, no contexto da pandemia. Na conversa, trata das experiências musicais em vertentes tão distintas que vivenciou, da gafieira ao free jazz, da marchinha de carnaval ao rap, do choro à música de terreiro.
O jornalista GG Albuquerque conduz o bate papo com Thiago e traça, a partir do álbum “KD VCS”, a trajetória do músico, que é destaque no cenário musical pela singularidade de seu saxofone.
O Radar Sonoro traz, em cada edição, um nome do jornalismo musical e um artista da cena da música brasileira. Já participaram do projeto o vocalista da banda Mombojó, Felipe S, o trombonista Joabe Reis, a compositora e ativista Dani Nega e os jornalistas e críticos musicais Alexandre Matias e Carlos Calado e a jornalista e pesquisadora de música brasileira contemporânea Debora Pill.
Antes da próxima estreia, aproveite para assistir à primeira, segunda e terceira edição do Radar Sonoro!