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Garotas Suecas celebra mistura de estilos no Sesc Carmo

Ingressos à venda a partir de 1º de agosto<br>Foto: Tainá Azeredo e Habacuque Lima
Ingressos à venda a partir de 1º de agosto
Foto: Tainá Azeredo e Habacuque Lima

A EOnline conversou com Fernando Machado, baixista da banda, sobre o show do dia 26/agosto, as principais influências e o novo disco

Com seu “rock-soul-psicodélico”, a banda Garotas Suecas, formada por Guilherme Saldanha (voz), Irina Bertolucci (teclado e voz), Tomaz Paoliello (guitarra e voz), Fernando Machado (baixo e voz) e Nico Paoliello (bateria e voz), coleciona participações em festivais nos EUA e na Europa.

Aclamado pela crítica, o álbum de estreia “Escaldante Banda” tem influências que vão do soul à fase roqueira de Roberto Carlos. O novo disco, “Feras Míticas”, deve ser lançado em setembro, e traz parcerias com Paulo Miklos, Lurdes da Luz e Kid Congo Powers.
Conversamos com o baixista Fernando Machado sobre os shows no exterior, a origem da banda, e, claro, a apresentação do Garotas Suecas no Sesc Carmo.

EOnline: O show no Sesc Carmo vai encerrar a turnê do álbum “Escaldante Banda”, que passou por cidades como Madri e Nova York. O que esperam dessa apresentação?
Fernando Machado:
Esperamos que seja uma “despedida” festiva! O “Escaldante Banda” foi muito importante para o nosso crescimento como banda, como artistas e indivíduos. Queremos trazer tudo isso ao palco nessa apresentação!

EOnline: Sobre o repertório do show: como é feita a escolha das músicas? O local influencia essa seleção?
Fernando Machado:
Estamos nos preparando para lançar nosso próximo trabalho, que se chamará “Feras Míticas”, então já estamos tocando algumas delas ao vivo. Com certeza tocaremos algumas neste show! A escolha das músicas varia muito. Às vezes escolhemos as músicas em alguns ensaios, às vezes momentos antes de entrarmos no palco. O local sempre influencia na escolha do set, mas ao longo do tempo percebemos que quem faz o set é a plateia. Se eles querem uma música, nós provavelmente a tocaremos!

EOnline: Vocês foram recebidos muito bem pela imprensa e pelo público nos EUA e na Europa. Qual a principal diferença entre tocar no Brasil e no exterior?
F. M.:
Quando tocamos lá fora, sempre acabamos sentindo muitas saudades daqui. Da música, da cultura, da comida, de nossas camas, enfim. Lá sempre será muito legal de tocar e sempre buscaremos isso. Mas não há sensação igual à sensação de tocar diante de um público que conhece bem a banda, que canta as letras. Acho que essa sempre será a principal diferença.

EOnline: Vocês fizeram uma versão de “Bat Macumba”, de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Como veem o cenário musical brasileiro atual? Costumam escutar os novos nomes da MPB ou preferem os clássicos?
F. M.: Escutamos de tudo um pouco. Acho que Caetano e Gil sempre serão referências para todos os artistas que virão, não tem como pular essa etapa. Eles foram pioneiros! Hoje há diversos artistas que tiraram alguma coisa ou outra deles, não só a gente. O cenário atual, na minha opinião, é um exemplo muito forte disso. Um monte de novos artistas fazendo parceria com o Caetano ou gravando uma música antiga do Gil. Difícil falar em preferência, seria como comparar Messi a Pelé.

EOnline: Ainda sobre esse assunto, quais as principais influências da banda?
F. M.: Gostamos muito de Luiz Melodia, Jards Macalé, Caetano, Gil, Mutantes, Rita Lee, Fábio (cantor de soul dos anos 60), Tim Maia, Tutti-Frutti, Secos e Molhados, Novos Baianos, Rolling Stones, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Beatles, MC5, The Sonics, James Brown, Aretha Franklin, Etta James, Otis Redding, Sly & the Family Stone, Beach Boys, Chambers Brothers, The Kinks, David Bowie e muitos outros que eu provavelmente estou esquecendo...

EOnline: Conte um pouco sobre como tudo começou. Onde se conheceram? E de onde veio a ideia de formar uma banda?
F. M.: Eu conheci o Sal (Guilherme Saldanha) no colégio, que conheceu o Tomaz no cursinho, que conheceu o Nico aos 4 anos de idade, uma vez que sua mãe os apresentou (são irmãos). O Sal e o Tomaz formaram uma dupla folk, que costumava se apresentar no Café Aprendiz. Lá eles conheceram o Sessa (Sérgio Sayeg, ex-integrante), que também tocava no café. Juntos pensaram em formar uma banda. O Sal me chamou, o Tomaz chamou o Nico e formamos um quinteto de garotos que curtiam uma “garagera”. Mas faltava um “algo a mais”. Seis meses depois, todos nós, com ajuda de uma amiga, fomos apresentados a Irina, que nos apresentou o sucesso! O Sessa saiu da banda, mas não de nossas vidas. Hoje somos um quinteto, mas temos um “ás” na manga, nosso amigo e querido percussionista Matheus Prado!

EOnline: E por que “Garotas Suecas”?
F. M.: Porque as vozes na minha cabeça mandaram.

EOnline: O videoclipe “Difícil de Domar”, dirigido por Rafael Aflalo, rendeu o prêmio de “Aposta MTV” para a banda em 2008. Vocês gostam de gravar, se divertem durante o processo? Levam ideias para o diretor ou não participam da criação?
F. M.: Nos divertimos muito em qualquer lugar. Quando estamos juntos, somos sempre muito criativos, brincalhões e divertidos. Gravar clipes é muito legal, assim como gravar discos, fazer shows, dar autógrafos, sair para beber, aniversários, bar mitzvahs, bat mitzvahs, casamentos, feiras, férias e até cerimônias de circuncisão.

EOnline: Em setembro vocês lançam o álbum “Feras Míticas”, com participações de Paulo Miklos, Lurdes da Luz e Kid Congo Powers. Como nasceu a ideia dessas parcerias?
F. M.: Acho que foi graças ao nosso produtor, o Nick Graham-Smith, ao longo do processo de gravação. Ele sentia que para algumas músicas estava faltando uma cereja no bolo. Para “Charles Chacal”, como a música é do Titãs, foi até natural chamarmos o Paulo. Ele deu um ar bem sombrio e legal para a gravação. A Lurdes é uma excelente poetisa e MC. Convidamos para participar e ela nem pestanejou. Topou na hora! O Kid é o cara mais legal que existe! Tocamos juntos em um festival no Texas e foi paixão à primeira vista. Acho que em todas as participações acertamos em cheio na escolha, e foi uma grande sacada do Nick!

EOnline: O que curtem fazer quando não estão em turnê? Passam bastante tempo juntos quando não estão trabalhando?
F. M.: Tentamos passar o máximo de tempo juntos, sim. Mas cada um tem sua vida. Acho que gostamos de fazer o que qualquer um gosta de fazer. Sair, conversar, ouvir música, ir a shows, beber algumas, tomar outras...

Você pode assistir aqui videoclipe de "Banho de Bucha", que está disponível no canal oficial da banda no Youtube:

Mais

Site oficial da banda Garotas Suecas (no site, é possível fazer o download gratuito do disco "Escaldante Banda")