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200 anos da chegada de Leopoldina ao Brasil

Fabiana Gugli no espetáculo Leopoldina, Independência e Morte [estudo#2]<br>Foto: Matheus José Maria
Fabiana Gugli no espetáculo Leopoldina, Independência e Morte [estudo#2]
Foto: Matheus José Maria

No mês de novembro se comemora o bicentenário da chegada de Leopoldina no Brasil, então arquiduquesa da Áustria. Em parceria com o Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP), o Sesc Ipiranga estreia o espetáculo Leopoldina, Independência e Morte [estudo#2], que apresenta um recorte histórico sobre a primeira mulher a governar o país e seu importante envolvimento no episódio da independência.

O espetáculo

A obra, escrita e dirigida por Marcos Damigo, é composta por fragmentos que recriam três momentos da vida da Imperatriz Leopoldina, dos quais dois são apresentados ao público.

O primeiro se passa em 1818, quando Leopoldina desembarca no Brasil e relata suas primeiras impressões do país, num misto de fascínio e medo. O segundo fragmento - que já foi apresentado no dia 7 de setembro dentro das atividades do "Museu do Ipiranga em Festa" - é a recriação poética do seu delírio final, onde ela mistura futuro e passado com o olhar para questões que perduram até hoje em nossa sociedade. Por meio destes fragmentos, é possível compreender a profunda transformação pela qual passou esta figura tão importante e tão desconhecida da nossa história. Estes dois estudos são apresentados no saguão do Museu do Ipiranga, onde o público pode contemplar, a partir do espaço de cena, a cripta onde se encontram os restos mortais da Imperatriz.

A protagonista é interpretada pela atriz Fabiana Gugli, que integrou a Cia. Ópera Seca, dirigida por Gerald Thomas, com quem atuou em quinze espetáculos, apresentados no Brasil e no exterior. A trilha sonora, executada ao vivo, é conduzida por Ana Eliza Colomar na flauta transversal e no violoncelo.

A Imperatriz

A arquiduquesa austríaca, na época com 19 anos de idade, chegou ao Brasil em 1817 para se casar com Dom Pedro, e abraçou a nova pátria inclusive no nome, passando a se chamar “D. Maria Leopoldina”.
Bem-quista pelo povo, foi de fundamental importância no processo de independência do Brasil, tendo presidido a reunião que definiria os rumos do país prestes a nascer. Muito maior que o papel coadjuvante que foi relegado a ela posteriormente – de esposa traída e mãe zelosa – a imperatriz foi uma valorosa estrategista e diplomata do império; falava mais línguas e era mais culta que o marido. Dom Pedro a incumbia de comandar a nação na sua ausência, e justamente em uma dessas ocasiões que, aos 29 anos e fragilizada após um segundo aborto, Maria Leopoldina morre deixando entre os filhos o futuro imperador do Brasil, Dom Pedro II.


Além do espetáculo, o Sesc Ipiranga conta com uma programação integrada, como a visita monitorada à Cripta do Monumento à Independência com a historiadora Valdirene do Carmo Ambiel e um bate-papo com a docente e pesquisadora do Instituto de Estudos Avançados da USP, Ana Paula Cavalcanti Simioni, na série Encontros com Acervos. O projeto Encontros com Acervos promove atividades que dão a conhecer os resultados das pesquisas realizadas a partir de curadoria das coleções do Museu do Ipiranga. Para esta edição a docente Ana Paula Simioni analisará as pinturas que representam a princesa Leopoldina.

Todas as atividades são gratuitas e você pode acompanhar a programação completa aqui.