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Mediação, Educação e Acessibilidade Cultural

Semana Sinais na Arte, projeto Aprender para Ensinar, MAM São Paulo, 2010 | Foto: Karina Bacci
Semana Sinais na Arte, projeto Aprender para Ensinar, MAM São Paulo, 2010 | Foto: Karina Bacci

De 15/10 a 26/11, quintas, das 19h às 22h, ocorrerá o curso online Mediação, Educação e Acessibilidade Cultural, ministrado por Daina Leyton e convidados, que, por meio de estudos de caso, propõe a reflexão sobre a mediação em espaços de educação não formais e seu potencial de transformação.

A ementa abordada será mediação cultural, acessibilidade transversal, mediação e identidade surda, mediação cultural para além do aspecto visual, mediação e pessoas com transtorno do espectro autista, saúde mental e criação poética, mediação e escola, mediação e identidade de gênero e mediação à impactos sociais e ambientais.

Inscrições encerradas.
Grátis. Recomendado para pessoas acima de 18 anos.

Ao visitar uma exposição de arte, o público entra em contato com expressões e testemunhos contemporâneos e de diferentes épocas, para sobre eles desenvolver um diálogo reflexivo. No contato com as obras, os visitantes podem ter o corpo sensibilizado para questões subjetivas, simbólicas, sociais, políticas, entre outras. A visita é uma brecha no tempo em que os participantes, juntos, “leem” um recorte do mundo, tendo espaço para a reflexão e a construção de novos sentidos. Assim, os espaços culturais são locais privilegiados para o desenvolvimento de processos críticos e interpretativos: sobre si, sobre o outro, sobre a vida em sociedade, sobre como nos posicionamos e como podemos atuar no contexto em que estamos inseridos.” (Daina Leyton)

Daina Leyton é  educadora, psicóloga e escritora. Já coordenou o educativo do Museu de Arte Moderna de São Paulo e desde 1999 desenvolve projetos culturais para públicos diversos que buscam a sensibilização e a tomada de consciência para uma vida em uma sociedade pluralista. Em 2010 idealizou e instituiu a área de acessibilidade no MAM São Paulo, que cuida para que o museu seja um espaço sem barreiras, físicas, sensoriais, intelectuais ou simbólicas. Atualmente a acessibilidade do local é uma referência internacional, inspirando diversas iniciativas em outros museus e espaços culturais.
 


Exposição "Educar como Matéria Prima", MAM São Paulo, 2016 | Foto: Karina Bacci


PROGRAMAÇÃO


Dia 15/10 | A Mediação Cultural e Acessibilidade Transversal / Mediação e a Escola
Com Daina Leyton

Dia 22/10 | Mediação e Identidade Surda
Com Daina Leyton, Leo Castilho e Edinho Santos

Dia 29/10 | A Mediação Cultural Além de seu Aspecto Visual: Para Pessoas Cegas ou com Baixa Visão
Com Daina Leyton

Dia 5/11 | Mediação e Pessoas com Transtorno do Espectro Autista
Com Daina Leyton e Adriana Godoy

Dia 12/11 | Da Mediação a Impactos Sociais e Ambientais
Com Daina Leyton e Jorge Menna Barreto

Dia 19/11 | Mediação e Identidade de Gênero
Com Daina Leyton e Uma Reis Sorrequia

Dia 26/11 | Saúde Mental e Criação Poética
Com Daina Leyton e Juliano Pessanha


MINIBIOS


Adriana Godoy é musicista, mãe de um adolescente com TEA (Transtornos do Espectro Autista), com 16 anos de idade. Idealizadora da iniciativa autismo projeto integrar. Foi coordenadora do grupo de pais da Ong Autismo e Realidade e é co-fundadora da Associação Paulista de Autismo AutSP.

Edvaldo Santos é surdo, pedagogo e poeta. Atualmente é educador do Itaú Cultural e já foi também educador no MAM São Paulo e no Museu Afro Brasil. Suas poesias autorais estão reunidas na página Edinho Poesia, assim como sua participação de campeonatos de poesia e slams.

Jorge Menna Barreto é artista, pesquisador e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), autor das obras Restauro, exposta na 32ª Bienal de Artes de São Paulo, e Café Educativo (acervo MAM São Paulo). Desde o seu pós-doutorado, realizado na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), investiga as relações entre agroecologia e as práticas site-specific em arte.

Juliano Garcia Pessanha é mestre em Psicologia (PUC-SP) e doutor em Filosofia (USP). Lançou em 2018 os livros Recusa do Não-Lugar (Ubu) e Epigramas Recheados de Cicuta, coautoria com Evandro Affonso Ferreira. Autor também de Sabedoria do Nunca (1999), Ignorância do Sempre (2000), Certeza do Agora (2002) e Instabilidade Perpétua (2009), publicados pela Ateliê Editorial. Recebeu o prêmio Nascente (Abril-USP) nas categorias poesia e ficção, em 1997, e o Grande Prêmio da Crítica da APCA na categoria Literatura (2015), por Testemunho Transiente, reunião de sua tetralogia pela Cosac Naify. É professor e dirige grupos de estudo de Filosofia.

Leonardo Castilho é educador, artista, ator e performer. Ex-diretor de Cultura da Associação de Surdos de São Paulo – ASSP. produtor da Sencity Brasil e comissário do Festival de Folclore Surdos em Florianópolis. Desde 2005 atua no setor educativo do MAM São Paulo, como produtor de acessibilidade, professor de performance. Desde 2008 é integrante do Corposinalizante, projeto que recebeu o 1º lugar no Prêmio Darcy Ribeiro de educação em museus (IPHAN/MinC). É mestre de cerimônias do Slam do Corpo.

Uma Reis Sorrequia é travesti, geógrafa, cientista, educadora, artista, poetisa, ativista interseccional e defensora de direitos humanos, em especial das mulheres e população LGBTQIA. Transfeminista cuir sudaca descolonial. Integrante do Coletivo Mandala, conselheira da Associação Transgêneros de Sorocaba (ATS) e organizadora do Nós Diversos (Sesc Sorocaba). Em sua pesquisa busca adquirir experiências multi e interdisciplinares na educação.