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Fórum Cartografias Possíveis: invenção de realidades socioculturais durante e após a Pandemia

Agora, finalizada a fase de pesquisa e levantamento de informações, o projeto chega a sua nova etapa: a realização de um Fórum virtual temático. 


Cartografar é um exercício do pensamento, é o acompanhar das linhas que fazem e refazem o lugar como a tessitura do vivido.

Assim, o Fórum Cartografias Possíveis pretende motivar a criação de novos espaços para a construção de propostas colaborativas, buscando a partir de formas de ser, conviver e se expressar traçar reflexões para as demandas do agora. Trata-se de um chamamento para o exercício coletivo de invenção de possibilidades para cenários posteriores à pandemia.

Não à toa, os encontros do Fórum visam acompanhar linhas que se entrecruzam no território a partir dos saberes e práticas das iniciativas ligadas às ações artístico-culturais, esportivas e sociais; e vêm para dar destaque às interações que habitam esse lugar em forma de ato ou de potência para o futuro: uma cartografia dos possíveis, na qual todos possam escutar e ser escutados.

Conheça as iniciativas e a programação do Fórum Cartografias Possíveis:

Dia 28/9

Na abertura do Fórum, os Angoleiros do Sertão, grupo bauruense que além de desenvolver práticas da capoeira também promove ações sobre as culturas de matriz africana é quem conduz a reflexão sobre o tema “Para pensar lugar: como se relacionam identidade e comunidade?”. 
Nesse dia, o debate aborda os modos de saber e de fazer capazes de marcar as identidades que compõem uma comunidade. Identidades e diferenças atuam em reciprocidade permanente; valorizá-las no contexto peculiar que vivemos impõe desafios. Este encontro visa refletir sobre a identidade com o olhar apontado à comunidade, buscando aproximações e distanciamentos que fortaleçam o respeito às diversidades culturais.

Dia 29/9
O segundo dia discute o tema “Para pensar lugar: como se relacionam comunidade e saúde?” e fala sobre como em uma comunidade, necessidades e desejos convergentes nos permitem pensar a saúde de maneira integral e o bem viver como partilha. Este encontro almeja pensar a comunidade com um olhar para a saúde, compreendida para além do cuidado individual, como construção coletiva de um bem compartilhado.
Dessa vez, a pauta do debate é direcionada pelos integrantes do Assentamento Luiz Beltrame, da cidade de Gália. O assentamento do MST produz alimentos orgânicos e realiza sua comercialização em Bauru e Marília. Durante a pandemia, realizaram ações de distribuição de alimentos, visando fazer frente à insegurança alimentar que se agravou com a atual crise.

Dia 30/9 
No terceiro dia do Fórum, a iniciativa Bem Viver para Tod@s - eixos saúde, cultura e movimento conduz a conversa sobre o tema: “Para pensar lugar: como se relacionam saúde e criatividade?”, trazendo parte das experiências desenvolvidas desde a criação do projeto no campus da Unesp de Botucatu (hoje as ações estão presentes em todos os campi da universidade paulista) no campo da promoção da saúde.
Em foco a saúde, entendida como o resultado das relações humanas em todos os níveis, está imbricada a valores como equidade, participação social e sustentabilidade. Este encontro propõe olhar a saúde como causa e consequência da criatividade, assim como debater o bem-estar em conexão com os imaginários e seus lugares.

Dia 1/10
“Para pensar lugar: como se relacionam criatividade e território?” é o tema do quarto dia encabeçado pela iniciativa botucatuense de gestão coletiva Mirante das Artes que abriga grupos e projetos diferentes em um espaço cultural para diversas linguagens, tais como música, dança, teatro, circo e capoeira.
A criatividade possibilita construir os territórios como expressão de nossas aspirações e demandas, engendrando inclusive as manifestações artísticas. Imaginar é modificar-se ao mesmo tempo em que se reinventa a realidade. Este encontro deseja localizar as práticas criativas nos lugares, investigando suas misteriosas articulações.

Dia 2/10
O Projeto Caná de Bauru vem “Para pensar lugar: como se relacionam território e identidade?”. Atuando desde 1981, o projeto conduz atividades esportivas e artísticas como aulas de dança, teatro e música, além de ações de assistência para crianças de 3 a 15 anos. O projeto tem buscado estratégias inspiradas pelo modelo dos grêmios para se aproximar dos jovens e da comunidade em geral.
No encerramento do Fórum, discuti-se como um território é capaz de incorporar narrativas e contar a história de uma comunidade, afinal, é no território que pessoas e objetos se inventam a si próprias e dão sentido ao mundo. Este encontro propõe reflexões que aproximem os modos de viver e fabular das territorialidades por eles inventadas.

Todos os encontros serão online, na plataforma Teams. Para se inscrever acesse o link: bit.ly/inscricoes_forum_cartografias_possiveis
Dúvidas e sugestões: cartografiaspossiveis@bauru.sescsp.org.br