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Dissonâncias traz universos musicais não convencionais para o Sesc Avenida Paulista
O som dos carros, da urbe, os ritmos diferentes de turistas e trabalhadores que se cruzam pelas calçadas o dia todo, os modos de vida, as culturas, tudo isso faz da Avenida Paulista um lugar único, plural e multicultural. E todo esse ruído, todo esse caos, esse conflito de sons gera uma coleção de tensões, de dissonâncias.
Pensando em toda essa colorida confusão presente ao seu redor, o Sesc Avenida Paulista apresenta um projeto musical que reflete a alma da avenida. O Projeto Dissonâncias traz artistas que exploram um universo musical que passa por melodias, harmonias e ritmos nada convencionais. Questionamentos sobre os limites da arte, da música e sua simbiose com a vida cotidiana convidam a uma audição atenta e a reflexão acerca dessa desordem que nos abraça.
A programação traz os shows da dupla EleTá (terça 9/4), da banda Corte (quarta, 10/4), do pianista Vitor Araújo (quinta e sexta, 11 e 12/4), do percussionista e produtor musical Kastrup (sábado e domingo, 13 e 14/4), fechando com a intervenção Piano da Luz Vermelha, do pianista Manuel Pessôa de Lima (terça a domingo, 23 a 28/4).
No vídeo a seguir, os artistas comentam onde a dissonância aparece em seus trabalhos:
EleTá
Duo formado por Tamima Brasil, percussionista de Salvador (Bahia), e Elena Diz, cantora e compositora de Córdoba (ESP). EleTá combina ritmos brasileiros à música flamenca com sons eletrônicos e samplers. O repertório do show traz criações autorais como “La Ventolera”, “Mi Baiana”, “Almíbar” e “Como un Sueño” e releituras de Caetano Veloso, Vinícius de Moraes, Baden Powell e as cirandas de Lia de Itamaracá.
Corte
Em 2015, Corte surgiu do convite de Marcelo Dworecki, baixista do Bixiga 70, à Alzira E, musicista e compositora. Na busca por uma sonoridade experimental, Nandinho Thomaz (bateria), Cuca Ferreira (sax barítono e flauta) e Daniel Gralha (trompete e flugel), que também compõem o grupo, trazem muito da improvisação e fusão de timbres não convencionais às composições que, em 2017, ganham 10 faixas inéditas no disco homônimo, gravado ao vivo, em parceria com o poeta arrudA e o compositor Tiganá Santana.
Vitor Araújo
Vitor Araújo, jovem musicista e compositor em música experimental, toca seu terceiro disco “Levaguiã Terê” (2016). A obra, que homenageia uma lenda do sertão pernambucano, sincroniza a sonoridade do tambor de terreiro à música de concerto, sendo a primeira obra do artista escrita para orquestra com inspirações em Heitor Vila Lobos e Tom Jobim.
Kastrup
O projeto agrega nas gravações mais de 40 artistas representativos como Ná Ozzetti, Alessandra Leão, Kiko Dinucci, Bixiga 70, Lenna Bahule, Ricardo Herz, Marcelo Monteiro, Alexandre Ribeiro, Swami Jr, Virginia de Medeiros e Vinicius Leonel, entre outros, num projeto que inclui artes visuais, videoclipes e uma plataforma digital navegável pela obra.
Piano da Luz Vermelha
Durante uma semana inteira, Manuel Pessôa de Lima, pianista, compositor e performer, apresenta o “Piano da Luz Vermelha”. Trata-se de um trabalho em que o artista vivencia as relações entre a arte e a vida, dentro de um set com um piano e luzes vermelhas.
Na performance, pessoas interagem por meio de um aplicativo de relacionamento cujo perfil descreve: “sou um pianista e procuro uma pessoa para a qual tocar”. São dez perguntas sobre amor e relacionamento que se transformam em um concerto único para cada “crush”.