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Abril Indígena no Sesc Ipiranga tem música, teatro e bate-papos para todas as idades

Durante todo o mês de abril, as unidades do Sesc São Paulo recebem atividades em diversos formatos e linguagens que buscam apresentar ao público as diferentes manifestações culturais dos povos indígenas do Brasil. Rodas de conversa, vivências, mostras, oficinas e espetáculos artísticos que buscam o protagonismo indígena e valorizam a convivência e o respeito pelas diferenças.

Para abrir a programação no Sesc Ipiranga, no dia 06 de abril, às 16h, acontece o Ritual Parrir e Parresistir.  A apresentação conta com a participação do grupo Sabuká Kariri Xocó, coordenado pelo cacique e pajé Pawana Kariri Xocó; da Companhia Ikén, coordenada pelo Hotxuá Ismael Ahpract Krahô;  dos Indígenas Krahô, Kariri-Xocó, além de Cristine Takuá, Priscila Jácomo, Guga Cacilhas (Família Burg), Bárbara Salomé, Mauro Braga, Silvia Leblon, Iuri Gebara e Joice Rodrigues, que juntos fazem uma apresentação-ritual com cantos, danças, brincadeiras e trapalhadas. Convocando a energia do riso e da luta para que todos possam seguir apoiando e defendendo os direitos dos povos originários.

Ritual Parrir e Parresistir - Divulgação

Já entre os dias 6 e 24 de abril, acontece o experimento cênico “Morte e Dependência na Terra do Pau Brasil”, com a Cia. Livre e a Cia 8 Nova Dança. Com direção de Cibele Forjaz, a experiência é baseada em "Os Horácios e Os Curiácios", de Bertolt Brecht, e foi especialmente criada para ser apresentada no Museu do Ipiranga. O projeto, que é parte integrante do processo aberto de construção do espetáculo “Os um e os Outros”, funciona como uma série de ensaios abertos e debate a violência no processo de conquista das terras brasileiras.

O grupo musical Oz Guarani se apresenta no dia 20/4 de abril, às 16h ,com Xondaro MC, Gizeli Para Mirim, Mano Glowers. O grupo mistura do idioma português com a língua nativa Guarani entre as batidas do contemporâneo HIP HOP e do tradicional coral Guarani.  O grupo de RAP indígena Oz Guarani, fundado em 2014, é formado por jovens Guarani M'byá residentes da Terra Indígena Jaraguá em São Paulo, que interpretam canções de resistência e de fortalecimento da luta indígena por seus direitos.

 Oz Guarani -  Crédito: Thiago Carvalho Wera i  

No dia 27 de abril, às 14h, acontece o encontro Xondaro - Dança de enfrentamento e esquiva tradicional dos guardiões Guarani. A dança (Xondaro Jeroky) representa uma manifestação cultural na qual os Guarani Mbya treinam suas habilidades de esquiva. A dança requer leveza corporal e astúcia, que esses povos tem colocado em prática em seu longo processo de resistência territorial e cosmológica frente ao mundo dos não indígenas.

As crianças não ficam de fora da programação:  A mostra de Cinema indígena para crianças acontece no Teatro da unidade nos dias 06 e 20 de abril, sábados, às 11h, com exibição de animações e documentários que abordam a condição, os modos de vida, os mitos e a visão cosmológica de diferentes povos do Brasil.  Além disso, no dia 13 de abril, sábado às 16h, acontece a intervenção Histórias indígenas para crianças, na qual o escritor e contador de histórias indígenas Tiago Hakiy, integrante da etnia Sateré-Mawé, conta ao público sobre a vida em Barreirinha, no estado do Amazonas e narra as histórias indígenas presentes em alguns de seus livros.
 

Mostra de Cinema indígena para crianças - Divulgação

Nos dias 24 , 25, quarta e quinta, às 10h30 e no dia 28 de abril, às 11h acontece o espetáculo Nhanderuvuçu, o menino trovão  que narra o mito de Nhanderuvuçu, o menino trovão, nascido a partir do sonho de Tupã. Por ser muito leve e não conseguir ficar na terra, ele recebe do criador a orientação para ir até as quatro direções sagradas, onde encontra os nandejaras, professores que o ensinam a viver na terra e, por fim, ajudar Tupã na criação de todas as coisas que existem.

Dias 20 e 21 de abril, sábado e domingo, às 15h, acontece a oficina Game Huni Kuin - com Beya Xinã Bena. O jogo Huni Kuin foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores, técnicos, narradores, desenhistas e cantadores indígenas com objetivo de apresentar a cultura do povo indígena Kaxinawá (ou Huni Kuin, como costumam se denominar) e possibilitar o intercâmbio de conhecimentos e memórias indígenas.

Alegria e Resistência - Quando o riso celebra nossas diferenças - Divulgação

No dia 06 de abril às 18h, acontece o bate-papo Alegria e Resistência - Quando o riso celebra nossas diferenças - com Ahpract Krahô, Cristine Takuá e Pawana Kariri Xocó. O riso, a alegria e a brincadeira como cura e transformação. A alegria, característica do povo Krahô, pode ser uma arma revolucionária. Nesse bate-papo o pajé e cacique Pawanã Kariri Xocó, o hotxuá (palhaço sagrado) Ismael Ahpract Krahô e a educadora indígena Cristine Takuá vão conversar sobre a luta e a resistência pelo território neste contexto. No dia 28 de abril, às 14h, acontece o bate-papo Arte indígena na contemporaneidade com Mayawari Menihaku e Sérgio Fingermann.

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Abril Indígena

Para conhecer a programação completa do especial que acontece em todas as Unidades do Sesc São Paulo, clique aqui.