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Uma visita narrada à Sorocaba Operária

Fábrica Nossa Senhora da Ponte, em 1904 - Foto de Florentino Hansted
Fábrica Nossa Senhora da Ponte, em 1904 - Foto de Florentino Hansted

Por Sérgio Nunes*

O convite de hoje é de um passeio um tanto diferente do habitual: trata-se de um passeio “sem sair de casa”. Oferecido e mediado por tecnologias digitais, que também nos permitem reaprender a olhar o mundo, o outro e a continuarmos a descoberta - ou redescoberta - do lugar onde vivemos. Um recurso precioso especialmente agora enquanto permanecemos em quarentena.

No início do século XX, Sorocaba, por meio de uma empreitada coletiva, entrou em um novo ciclo econômico, onde as fábricas de tecidos tinham papel preponderante. As trabalhadoras e trabalhadores desse tempo, nossos avós e bisavós, deixaram um legado que ainda hoje podemos revisitar, inclusive de maneira virtual, em um turismo social para todos. Um patrimônio construído e mantido pelos moradores da cidade e suas memórias.

Ele pode ser testemunhado de maneira material, visitando as edificações das fábricas Nossa Senhora da Ponte e Santa Rosália e o progresso a olhos vistos da cidade, por exemplo; e imaterial, quando usufruímos dos direitos adquiridos, da cultura, como bandas musicais, e da vida típica sorocabana, como os encontros nas ruas das vilas operárias.

Ao buscarmos essas referências, é possível encontrar textos e também fotos de operárias que nos remetem às nossas avós e bisavós, nos levando a outro questionamento: como essa história impregnada de significados, que faz parte da história da maioria dos sorocabanos, é rica e ao mesmo tempo é tão apagada?

Embarque, então, nesta visita narrada à Sorocaba Operária na companhia de Sérgio Nunes, guia e autor deste texto, junto de Flávia Aguilera, artista plástica, e José Rubens Incao, especialista-pesquisador da história de Sorocaba e região.

Sorocaba: A Terra Rasgada

Sorocaba, cidade do Interior do estado de São Paulo, que dentre seus ciclos econômicos, ficou conhecida no início do século XX como Manchester Paulista por um lado (em alusão à cidade inglesa por sua grande produção na indústria têxtil), e como Moscou Paulista, por outro (em referência ao forte movimento operário).

Diferentemente do Vale do Paraíba e Oeste Paulista, que enriqueceram com o plantio do café, aqui, a riqueza produzida resultava do algodão: pelo beneficiamento, fiação, tecelagem e as exportações do tecido para o Velho Mundo.

Este novo ciclo foi marcado pela crescente presença de fábricas e pela consolidação de uma numerosa mão de obra operária. A seguir, contamos um pouco do histórico de algumas fábricas, cujas construções tem resistido ao tempo, e da vida das operárias e operários da época.

 

Fábrica de Chapéus Souza Pereira, 1852

Foto de 1908 Indústria – Sorocaba Operária. Acervo: Divulgação

O êxodo do continente europeu, na segunda metade do séc. XIX, trouxe outros vetores de mudança a um Brasil agrícola, que ainda escravizava pessoas como mão de obra e começava a conviver com um número maiores de assalariados. O testemunho desse período de transição, que também acontecia em Sorocaba, é dado pela Fábrica de Chapéus Souza Pereira e o que restou de sua fachada na Rua Gonçalves Lêdo (ao lado do imóvel de número 73 – Casa das Ervas).

É esta população que viria a formar a massa operária em Sorocaba. Um grande contingente de pessoas que contribuiu de maneira fundamental para o crescimento das indústrias e da cidade, alterando as relações trabalhistas, sociais e culturais, ainda que sob a extenuante revolução industrial.

A memória resgatada por meio de registros fotográficos como este acima, aponta a relevância da mão de obra na geração de bens em série padronizada e manual, comprovando a efervescência da demanda operária na época. Dá-se início a era das fábricas de chapéus e de tecidos, equipadas para a grande produção.

Antônio José Rogich (húngaro) e Simão Wenceslau Raszl (austríaco) inauguram em 1852 (segundo levantamento de Aluísio de Almeida) a primeira fábrica de chapéus de Sorocaba, instalada, a princípio, próxima a ponte sobre o Rio Sorocaba. Mais tarde, em 1881 foi vendida ao Dr. John Henrique Adams (inglês), que transferiu suas instalações para a Praça Arthur Fajardo, conhecida como Praça do Canhão.

Em 1898, compraram a fábrica os associados da Coats Vilela, firma formada a partir de 1887 por Francisco de Souza Pereira (português) e Manoel Pereira Vilela. Suas atividades foram encerradas em 1932 pelo Coronel João Evangelista Fogaça, seu último proprietário.

 

Fábrica de Chapéus Souza Pereira, em 1908

Foto de Pedro Neves dos Santos, 1923

Street View da fábrica / Google

 

A Fábrica Fonseca - 1882

Fábrica Nossa Senhora da Ponte, em 1904 - Foto de Florentino Hansted - Acervo Museu Histórico Sorocabano

Em 1882, é inaugurada a Fábrica Nossa Senhora da Ponte, de Manoel José da Fonseca, ou Fábrica Fonseca, que atualmente está ocupada com as instalações do Pátio Cianê Shopping. Para viabilizar a empreitada, o proprietário, precisando de um terreno suficientemente grande e percebendo a necessidade de uma grande demanda de operários, procura convencer uma velha matriarca de Sorocaba, argumentando que a fábrica iria tirar as crianças da ociosidade e que trabalhando elas estariam bem encaminhadas.

Em 2019, a artista plástica Flávia Aguilera levou ao Sesc Sorocaba a exposição Livro de Registro, que apresentava o resultado de sua pesquisa e trabalho sobre as operárias e operários da cidade. Segundo ela, mesmo  sendo de família operária, pesquisar sobre o operariado de Sorocaba e região, com foco nas mulheres, requisitava interesse. A observação de imagens como a acima lhe intrigava. Tantas crianças. Tantas mulheres. Quem seriam eles? Como eram suas vidas? Que expressões são essas nos rostos?

 

 

A extenuante jornada de mulheres e crianças

O terreno foi comprado e a promessa cumprida. Mulheres e crianças foram alocadas para produzir na fábrica, tanto em razão de receberem salários menores, quanto da resignação em trabalhar em condições precarizadas. As jornadas duravam de doze a treze horas. Entravam geralmente às 5h e saiam às 20h, com uma hora ou até mesmo meia hora de almoço. O trabalho era monótono, sempre em pé, barulhento, sem comodidades possibilitadas pela eletricidade, sob o calor das caldeiras e o desconforto do algodão suspenso no ar. Trabalhadoras relatavam que “a gente sai empanado com o suor e o algodão grudado no corpo”.

Jacob Penteado, funcionário público, escritor e memorialista, descreve em seu livro Belenzinho, 1910, a situação extremamente dura em que viviam os operários da época. O pai e a mãe de Jacob trabalhavam na Fábrica Santa Rosália e moravam na vila operária, em em Sorocaba.

Seu pai morre de exaustão. Sua mãe perde o turno de trabalho da manhã para sepultar o marido. À tarde, é obrigada a retornar à fábrica. Ao chegar em casa à noite, encontra novamente os 4 filhos “presos” (por não haver quem pudesse cuidar) e roucos de tanto chorar. No dia seguinte, às 5h, era preciso voltar novamente ao trabalho.

 

Vila Operária de Santa Rosália, década 1950

Fotos Industria - Sorocaba Operária. Acervo: Divulgação

 

Casa remanescente da ViIa Operária de Santa Rosália (junho/2020)


Casa na Rua Morvan Dias Figueiredo. Foto: Sérgio Nunes

 

O Movimento Operário

A chegada de imigrantes fomenta a criação de uma consciência de classe: a dos operários. E eclodem lutas por melhor condições de trabalho, jornada reduzida e melhores salários. A única alternativa frente às mudanças, que pareciam nunca chegar, era a greve.

Em julho de 1917 aconteceu a famosa Greve de 17. Começou em São Paulo, se espalhou pelo Brasil e chegou à Sorocaba. Foi iniciada na fábrica do senhor Fonseca e, então, estendida para os operários de outras fábricas, que se uniam ao movimento.

Dada a enorme pressão, os patrões se reuniram e fizeram um acordo aceitando praticamente tudo o que foi reivindicado: 20% de aumento, jornada de 10 horas, sem jovens e crianças trabalhando. O aceite não foi bondade dos patrões, a situação dos operários era de miserabilidade.

A partir de então, e com a chegada dos espanhóis, tem-se um crescimento acentuado da massa do movimento operário em Sorocaba constituindo-se como um dos principais centros operários do país. Devido a essas lutas constantes, Sorocaba chegou a ser considerada como a Moscou Paulista.

 

Salvadora Lopes Peres


Acervo pessoal de Flávia Aguilera

Se pesquisarmos mais, em busca de mais detalhes, como quem eram aquelas pessoas operárias, será possível encontrar a biografia de Salvadora Lopes Peres (operária militante, íntegra e ética), nascida em Avaré no dia 28 de agosto 1918. Uma das grandes representantes das lutas dos operariados, na maioria das vezes anônimizados, lutou muito pela redução da jornada de trabalho, melhorias dos salários, liderando lutas e greves por melhores condições de vida e trabalho.

 

Acervo pessoal de Flávia Aguilera

O irônico é que a cidade, pela vocação industrial e intensa atividade têxtil, teve o título de Manchester Paulista (uma alusão racional-científico (positivista) à cidade inglesa famosa por suas indústrias de tecidos no final do séc. XIX), ignora o protagonismo competente dos operariados que empenharam suas vidas na realização do sonho empreendedor de industriais e da demanda em escala global.

Por outro lado, a denominação Moscou Paulista (uma alusão racional-libertário (anarquista) à grande atuação de movimentos sociais operários), pela efervescência das greves e lutas de classe que eram muito fortes em Sorocaba, foi cortada pela raiz e “enterrada”. Para “desenterrá-la” se faz necessário apoiarmos o CMOS - Centro de Memória Operária de Sorocaba, contido nos escritos de um folheto de Carlos Carvalho Cavalheiro sobre a greve de 1917, em que cita a importância da criação do CMOS para compartilhar com as pessoas a consciência da existência dessa história de nossa memória sorocabana.

 


Acervo pessoal de Flávia Aguilera

Pesquisas iconográficas, como da artista plástica Flávia Aguilera, contribuem como ponte para acessar nossa memória afetiva em diversas lembranças desta cidade, construída por nossos antepassados, “linkados” ao conhecimento da cultura produzida pelo operariado em suas lutas de classes e se reconhecendo como classe trabalhadora, como a grande maioria da população.

 

Acervo pessoal de Flávia Aguilera

O CMOS não pretende só registrar o passado, busca construir junto com os trabalhadores e suas colaborações espontâneas o registro das memórias atuais, sem deixar de dar importância a história “não oficial” do passado, mas também apropriando-se da história presente.

 

União e Cultura

Apesar dessa rotina dura, de algum modo, eles tinham tempo e condições de saúde para ter seu grupo musical, as suas bandas aos domingos (Corporação Musical “Carlos Alberto Pereira”, pág 72), festas, futebol, assistir ao circo ou cinema. Também se organizavam para constituir cooperativas de mútuo auxílio para atuar em questão de acidentes, saúde e sepultamentos.

 

Aprofundando a pesquisa

Buscando respostas para essas questões, na pesquisa em livros sobre o assunto, o leitor poderá perceber que os registros e as fontes são poucas e raras.

O que mais se encontra são histórias “oficiais” dos industriais e não de operárias/operários. E esse movimento em busca de respostas nos levará a entrar em contato com os poucos pesquisadores que tratam desse assunto em Sorocaba. A seguir, algumas leituras possíveis:

Memória Operária, de Carlos Carvalho Cavalheiro,

Sorocaba Operária, de Adalberto Coutinho de Araújo Neto

Edição “fac-similar” do jornal O Operário, de Rogério Lopes Pinheiro de Carvalho (que circulou em Sorocaba entre 1909-1913, e é um documento muito importante (todas as edições) da situação real e da cultura produzida por operários com textos de denúncias, reflexão sobre as condições de trabalho e a exploração. 

 

Memória Operária
Carlos Carvalho Cavalheiro


Foto da Internet. Acervo: Divulgação

 

Sorocaba Operária
Adalberto Coutinho de Araújo Neto


Foto da Internet. Acervo: Divulgação

 

Edição “fac-similar” do jornal O Operário
Rogério Lopes Pinheiro de Carvalho


Foto da Internet. Acervo: Divulgação

 

Mais fábricas

A intenção deste passeio, sobretudo, é falar das pessoas, de recuperar estas memórias e impedir que elas sejam perdidas ou apagadas novamente. Para estender esse passeio e exercitar a imaginação, segue abaixo uma listagem e breve histórico de outras fábricas que fizeram parte desse período da histórica sorocabana.

E outras perguntas ficam:

Quais histórias aconteceram dentro e fora de cada uma dessas fábricas?
Quais memórias desejamos preservar?
Quem eram aquelas pessoas?
Quais as condições de trabalho?
Como elas viviam?
Como elas moravam?
Quando se dá início a classe operária em Sorocaba?
Quem eram esses operários?
Como eram as relações entre patrão e empregados?
E como eram os momentos de lazer destes trabalhadores?
Havia um plano de saúde para essa classe?

“Mas ele desconhecia Esse fato extraordinário: Que o operário faz a coisa E a coisa faz o operário.”


Livro: O Operário em Construção, de Vinicius de Moraes

 

Curiosidades

História Dia da Mulher

As mulheres "esquecidas" da história brasileira 

Como a Segunda Guerra levou mulheres ao mercado de trabalho | A HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS| HISTORY -

A Origem do Dia 8 de Março - Dia Internacional da Mulher 

Fábrica Nossa Senhora da Ponte (hoje Pátio Cianê Shopping)

Foto Indústria – Sorocaba Operária. Acervo: Divulgação

Manoel José da Fonseca, português comerciante de algodão, inaugura em 1882 a fábrica de Fiação e Tecelagem Nossa Senhora da Ponte, com com estilo arquitetônico inglês. A construção está localizada na esquina da rua Francisco Scarpa com avenida Doutor Afonso Vergueiro.

Em 1919, o então bem sucedido Nicolau Scarpa, outro comerciante de algodão, assume a fábrica. Porém, ao ser adquirida pelo Companhia Nacional de Estamparia (Cianê), em 1981, encerra-se suas atividades por questões financeiras.

No intervalo entre 1981 e 2013, a edificação permaneceu subutilizada, teve parte do terreno desapropriado pela Prefeitura para a construção do Terminal Urbano Santo Antônio. A edificação a abrigar a biblioteca municipal. Chegou inclusive a ser cogitada como local para instalar a unidade do Sesc Sorocaba. Em 2013, a edificação passa a abrigar o Pátio Cianê Shopping, juntamente com outro prédio da fábrica Santo Antônio da Rua Comendador Nicolau Scarpa.

 

Pátio Cianê Shopping (fábrica N. Sra. da Ponte), em 2020

Foto de Sérgio Nunes

 

Pátio Cianê Shopping (fábrica Santo Antônio), em 2020

Foto de Sérgio Nunes

 

Por este link você pode acessar as ruas que contornam o prédio e observar a dimensão e detalhes remanescentes da fábrica.

 

Fábrica Santa Rosália - 1890

Foto Indústria – Sorocaba Operária. Acervo: Divulgação

Localizado na Rua Maria Cinto de Biaggi, 164, em Sorocaba, este patrimônio tombado, está localizado no bairro de mesmo nome: Santa Rosália. Também construído em estilo arquitetônico inglês, abrigou a Fábrica Santa Rosália, fundada em 1890 por George Oetterer e seu genro Frank Speers, em área localizada entre o Rio Sorocaba e a Estrada de Ferro Sorocabana. E em seu entorno, cresce o bairro junto com a construção da vila operária.

Em 1910, a Cianê-Companhia Nacional de Estamparia comprou a fábrica, em 1940 foi adquirida por Severino Pereira da Silva (1895-1986). Foi fechada em 1994 e em 1999 o Grupo Pão de Açúcar inaugurou o Hipermercado Extra, mantendo apenas as paredes externas.

 

Fábrica Santa Rosália


Foto de Sérgio Nunes

 

Entorno do Hipermercado Extra Sta. Rosália - Rua de acesso

 

Fábrica São Paulo (Alvejaria, Tinturaria e Estamparia)

Foto Industria - Sorocaba Operária. Acervo: Divulgação

No ano de 1909 é inaugurada a Usina Diesel, às margens do Rio Sorocaba, e marca também a empreitada familiar de John Kenworthy (inglês) como a criação da fábrica São Paulo e a edificação da fábrica Santo Antônio no período de 1909 a 1913, originando a CNE-Cia Nacional de Estamparia.

Mais tarde, na década de 40, é a vez da linhagem de Severino Pereira da Silva estabelecer a Cianê dando início ao complexo têxtil com as fábricas São Paulo, Santo Antônio e Santa Rosália.

Na década de 90 o complexo fabril de Sorocaba inicia o processo de encerramento de suas atividades e as fábricas aos poucos vai sendo esquecida em meio à paisagem, como da movimentada Av. São Paulo e da marginal do Rio Sorocaba. Rua Pedro Jacob, 143 - Além Ponte - Sorocaba/SP

Hoje (2020), a única representante dessa época ainda ativa é uma fábrica em Votorantim: a Alpina Têxtil, na Rua Amirtes Luvison, 11 - Centro - Votorantim/SP.

 

Fábrica São Paulo - hoje desativada (junho/2020)

Portaria de entrada. Foto: Sérgio Nunes

Rua Pedro Jacob, 143 - Além Ponte - Sorocaba/SP

 

Fábrica São Paulo - hoje desativada (junho/2020)

Imagem aérea Google

Rua Pedro Jacob, 143 - Além Ponte - Sorocaba/SP

 

Fábrica Santa Maria - 1892

Foto de 1923,  Industria - Sorocaba Operária. Acervo: Divulgação

A fábrica de arquitetura diferenciada, localizada na Vila Hortência, apresentava uma chaminé exclusiva de seção quadrada e um sistema criativo de iluminação e ventilação da cobertura. Foi fundada por Alexandre Marchisio, Loureiro e Silvério & Cia em 1892, e entrou em funcionamento em 1896, com desenvolvimento precário.

Já em 1900 sob nova direção, é administrada até 1904, quando é comprada pela Campos e Kenworthy Cia e dá-se início o desenvolvimento de melhorias na tecelagem e condições de trabalho, visando angariar novos recursos financeiros. Em 1982 chega ao fim sua jornada empreendedora, com o fechamento de seus portões.

E é em 1994 quando grande parte do complexo é demolido. Restando apenas as caldeiras (com máquinas antigas), a chaminé e o galpão onde funcionou o setor de expedição.

O terreno foi liberado para o empreendimento de um condomínio de edifícios residenciais e um comercial, e há uma proposta em transformar o remanescente (tombado como patrimônio histórico em 2007) em Museu da Tecelagem, integrado a um parque.

Rua Santa Maria, 197 - Vila Hortência - Sorocaba/SP

 

Fábrica Santa Maria (junho/2020)

Foto de Sérgio Nunes

Rua Santa Maria, 197 - Vila Hortência - Sorocaba/SP

 

Fábrica de Tecidos Votorantim - 1918

Foto de 1923 Indústria - Sorocaba Operária. Acervo: Divulgação

A Fábrica Votorantim foi também instalada em terras sorocabanas em 1918. Em sua origem, o nome Votorantim foi dado à uma cachoeira localizada na Fazenda Votorantim. Esta área deixa de fazer parte de Sorocaba com sua emancipação em 1963 e por fim a instalação do município em 27 de março de 1965.

Segue ainda hoje em atividade, com o nome Alpina Têxtil, no mesmo endereço: Rua Amirtes Luvison, 11 - Centro - Votorantim/SP.

 

Fábrica Votorantim (hoje Alpina Têxtil, junho/2020)

Foto de Sérgio Nunes

Rua Amirtes Luvison, 11 - Centro - Votorantim/SP

 

Fábrica Votorantim (hoje Alpina Têxtil, junho/2020)


Imagem aérea - Google

Rua Amirtes Luvison, 11 - Centro - Votorantim/SP

Mais informações

História da indústria têxtil: quais os avanços até os dias atuais?

Qual a importância da indústria têxtil no Brasil e o que representa?

Biblioteca Infantil Municipal de Sorocaba - “Renato Sêneca de Sá Fleury”
Rua da Penha, 673, Centro – Sorocaba/SP / (15) 3231-5723
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Centro de Memória Operária de Sorocaba
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Prefeitura de Sorocaba / livreto em comemoração ao 365 anos de Sorocaba, em 2019 - City tour cultural

 

“A leitura do mundo precede a leitura da palavra” (Paulo Freire)

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*Sérgio Nunes é guia de turismo.