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Arranjos da Orquestra Mundana Refugi são gritos de outras nações

Orquestra Mundana Refugi durante apresentação.
Orquestra Mundana Refugi durante apresentação.

Em 5 de agosto deste ano, a Orquestra Mundana apresentava um concerto que comemorava seus 15 anos de existência e que também daria lugar ao álbum digital ‘#1 Orquestra Mundana Refugi’. O trabalho, integrado ao Sessões Selo Sesc, é um convite da orquestra a músicos profissionais de etnias e culturas diversificadas, residentes ou de passagem pela cidade de São Paulo.
No entanto, a Mundana já contava com músicos de localidades como França e Cuba, além de representantes de nossos vizinhos das cinco regiões brasileiras. Agora, musicistas da Palestina, Síria, Congo, Haiti, Irã e Guiné-Conacri levam a orquestra à categoria (literalmente) mundial: surge a ramificação Orquestra Mundana Refugi – como no disco.

O repertório do álbum será apresentado no próximo dia 7, quinta-feira, às 21h30, na Comedoria do Sesc Pompeia. Nele, estão temas que representam uma localidade diferente, unindo sonoridades características em uma linguagem musical única – perceptível na faixa ‘Abertura Refugi’, um mix rítmico capaz de transmitir outras vivências e culturas. As composições foram arranjadas pelo idealizador e diretor musical Carlinhos Antunes num desenrolar de dois meses a frente do projeto REFUGI, do Sesc São Paulo. Em parceria com a assistente social Cleo Regina Miranda, REFUGI ofereceu oficinas musicais gratuitas voltadas para a integração e o acolhimento de pessoas que, hoje, têm São Paulo como lar.

Além da formação da orquestra, oficinas, bate-papos e ensaios abertos ao público foram realizados, sempre no Sesc Consolação, como uma contribuição para a quebra de preconceitos e de barreiras, rumando ao conhecimento e, consequentemente, à troca de experiências. Por isso, o repertório foi uma colaboração entre Carlinhos, os músicos e o público presente nas atividades do projeto: o canto de trabalho ‘Planté Mayi’ foi apresentado ao grupo pelo haitiano Junior Odnel durante uma das oficinas, enquanto ‘Samai Atlântico’, composta pelo tunisiano Raouf Jemni, foi integrada ao setlist.

Além dos idealizadores, quem faz a Orquestra Mundana Refugi são Abou Cissé (Guiné-Conacri – percussão), Beto Angerosa (Brasil –percussão), Claudio Kairouz (Brasil – kanun), Daniel Muller (Brasil – acordeon), Danilo Penteado (Brasil – piano), Hidras Tuala (Congo – voz), Leonardo Matumona (Congo – voz), Luis Cabrera (saxofone), Mah Mooni (Irã – voz), Maiara Moraes (Brasil – flauta), Mariama Camara (Guiné-Conacri – voz), Mathidle Fillat (França – violino), Nelson Lin (citara de materlo), Oula Al Saghir (Palestina/Síria – voz), Paula Mirhan (Brasil – voz), Pedro Ito (Brasil – bateria), Rui Barossi (Brasil – contrabaixo) e Yousef Saif (Palestina – bouzouki).

Ouça ao álbum digital '#1 Orquestra Mundana Refugi' no Spotify: