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Protagonismo e Articulação do Território: mostra reúne ações sociais de combate à pandemia em websérie

Mostra documenta a atuação social de agentes, organizações e redes que se articulam para minimizar os efeitos da pandemia do coronavírus. E é a primeira ação do projeto Isto não é um mapa, uma série de cartografias poéticas, afetivas, artísticas, sociais e esportivas, que nos convida a conhecer o território, por meio das pessoas, das múltiplas narrativas, das relações estabelecidas com a cidade e suas questões, sobretudo em meio às tarefas de conviver e de construí-la coletivamente.

 

Protagonismo e Articulação do Território é o tema da primeira mostra que integra o projeto Isto não é um Mapa, realizado pelo Sesc Bom Retiro. Entre novembro e dezembro de 2020, a série de web documentários apresenta uma cartografia possível para a complexidade dos territórios em seu entorno. O projeto propõe mapear, por meio de recortes afetivos, poéticos, sociais e micropolíticos desenhados por obras em múltiplas linguagens, ações pedagógicas e discussões sobre processos históricos, gerando reflexões e nos permitindo imaginar as cidades coletivamente. Serão quatro vídeos transmitidos no YouTube e Instagram do Sesc Bom Retiro, sempre às quartas-feiras, com início em 11 de novembro e término no dia 2 de dezembro 2020.

Sesc Bom Retiro está inserido em um território com realidades sociais e econômicas complexas, atravessado por profundas vulnerabilidades no acesso a direitos básicos. Tendo em vista as adversidades do momento que vivemos, com a pandemia de Covid-19 em curso, existe uma grande mobilização de organizações culturais e sociais presentes nos arredores, principalmente no que diz respeito à seguridade social mínima e de ações culturais e educativas, para além de iniciativas de proteção, prevenção e redução do contágio da doença - fundamentais para garantir direitos sociais aos cidadãos em seus territórios.

A mostra Protagonismo e Articulação do Território pretende, portanto, ampliar a visibilidade das múltiplas necessidades da população em tempos de pandemia e das ações solidárias desenvolvidas nesses espaços socioterritoriais. O termo socioterritorial é uma forma de conhecimento, descrição, análise e compreensão da realidade, que aponta potencialidades e obstáculos, produzindo um conhecimento estratégico voltado à ação, à intervenção de alguém ou grupo de pessoas sobre uma determinada questão em um determinado território.

Em artigo publicado em 2015, intitulado “Territórios de vivência em um país continental”, a assistente social Dirce Koga destaca o papel do território para visualizamos a multiplicidade de fatores que impactam nas condições de vida dos cidadãos: “Características geográficas, demográficas, produtivas encontram-se conectadas com suas dinâmicas econômicas, políticas, culturais, sociais. Portanto, é preciso considerar a coletividade, as particularidades, a cidade, os sujeitos de direitos, as suas culturas como protagonistas da história."
 

Estreia destaca ação social de grupos teatrais

Em parceria com o Sesc Vila Mariana, dentro do projeto Teatro e Ação Social, o documentário inaugural registra a ação social realizada por coletivos teatrais da cidade de São Paulo, Cia Mungunzá, Casa do Povo, Coletivo Tem Sentimento e a Associação Agentes da Cidadania – Mulheres da Luz, que se uniram a articuladores sociais independentes em campanhas contra a fome na periferia e no centro da capital durante a pandemia.

Saiba mais sobre os participantes:

Cia Mungunzá de Teatro - grupo com 12 anos de pesquisa continuada, cuja sede, o Teatro de Contêiner, tornou-se, neste momento, um importante ponto de assistência social e de defesa dos diretos humanos, no bairro da Luz e Santa Ifigênia. Realiza, entre outras ações, entregas de refeições, kits de higiene, cobertores, águas, roupas, cestas básicas e máscaras, movimentando uma rede de ativistas do território.

Casa do Povo - centro cultural que revisita e reinventa as noções de cultura, comunidade e memória, sediado no Bom Retiro desde 1940, que concentra ações entre a vizinhança com a coleta de alimentos não-perecíveis para campanhas no território, a entrega de cestas abertas de alimentos e itens essenciais, a produção de sabão a partir de doações de óleo de cozinha e sua distribuição para centros de acolhida e para a população em situação de rua e a produção de máscaras com uma cooperativa de costureiras e moradoras do bairro.

Coletivo Tem Sentimento - atua na região da Luz desde 2016 e trabalha na redução de danos com projetos de geração de renda para mulheres cis e trans a partir da costura e com ações de auto cuidado no território chamado Cracolândia. Neste momento, orienta suas atividades para a confecção e a distribuição de máscaras para as pessoas em vulnerabilidade social e em situação de rua da região.

Associação Agentes da Cidadania – Mulheres da Luz - coletivo que desde 2013 busca promover cidadania e a garantia de direitos humanos das mulheres em situação de prostituição do Parque da Luz e seus entornos, com atividades relacionadas às áreas de educação e cultura, saúde e bem-estar social e, que neste momento, além do recebimento de doações e a entrega de cestas para as atendidas, se juntou à Casa do Povo na fabricação de sabão.


Programação:

18/11, Webdoc da rede articulada pela UNEAFRO (Núcleo Laura Vermont) com a Casa Florescer, a Pastoral do Povo da Rua e o MSTC - Movimento Sem Teto do Centro em torno da distribuição de marmitas, de cestas de alimentos, de produtos de higiene e limpeza, além das ações educativas e do apoio financeiro a professorxs, estudantes, coordenadorxs dos núcleos e parceirxs de militância e atuação social.

25/11, Webdoc das histórias e da resistência de três mulheres moradoras da comunidade do Moinho neste momento de pandemia.

02/12, Webdoc  da Cia Pessoal do Faroeste e a ação FomeZeroLuz, em torno da distribuição de cestas de alimentos, produtos de higiene, roupas, livros e outros produtos doados.

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