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Português para pessoas em situação de refúgio

Desde 1995, o Sesc e parceiros oferecem gratuitamente o Curso de Português para Refugiados
Desde 1995, o Sesc e parceiros oferecem gratuitamente o Curso de Português para Refugiados

No Brasil, de acordo com o relatório de 2016 do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), órgão ligado ao Ministério da Justiça, as solicitações de refúgio cresceram 2.868% nos últimos cinco anos. São cerca de 9.500 refugiados reconhecidos de 82 nacionalidades e aproximadamente 33 mil solicitantes de refúgio. São homens, mulheres, jovens e crianças que chegam em solo brasileiro em busca de proteção, acolhimento e condições de sobrevivência.

Comprometido com ações sociais e educativas, e respeitando cada pessoa como sujeito de direitos e deveres, o Sesc São Paulo diversifica a presença desse público e do tema do refúgio em atividades culturais e socioeducativas em toda a rede, reforçando a ideia de que os equipamentos do Sesc são espaços de convivência nos quais as pessoas em situação de refúgio são bem-vindas.

Há mais de 20 anos o Sesc oferece, em parceria com o Senac, ACNUR, e Cáritas de São Paulo, o Curso de Português para Refugiados, que tem como objetivo ensinar noções básicas da Língua Portuguesa e hábitos e costumes da cultura brasileira para pessoas refugiadas e solicitantes de refúgio.

Nos últimos dois anos já foram atendidas mais de 18 mil pessoas, com o intuito de minimizar as dificuldades ligadas à migração forçada; colaborar para a integração de diferentes grupos de refugiados; educar as comunidades que recebem esses migrantes para a convivência e para o acolhimento e servir de referência para outras instituições.

O curso, que é oferecido gratuitamente, tem a duração de 2 meses e é realizado ao longo do ano, atualmente em 7 unidades do estado: Vila Mariana, ConsolaçãoCarmo, Bom Retiro, Pompeia, 24 de Maio e Campinas.

Você sabe qual a diferença entre migrantes internacionais, refugiados e solicitantes de refúgio?

O migrante internacional sai de seu país de origem num movimento “espontâneo” e de caráter voluntário, geralmente por motivos econômicos. Ele pode voltar ao seu país, sem pôr em risco sua vida, integridade física e liberdade.

Com o refugiado ocorre um deslocamento “forçado”, causado por fundado temor de perseguição devido à raça, nacionalidade, opinião política, religião ou grupo social, ou, ainda, devido à grave e generalizada violação de direitos humanos no seu país.

A solicitação de refúgio acontece quando alguém solicita às autoridades competentes ser reconhecido como refugiado, mas que ainda não teve seu pedido avaliado. No caso do Brasil, este pedido poderá ser feito à Policia Federal ou ao Centro de Referência para Refugiados – Cáritas.


>> As inscrições para o Curso de Português são realizadas mediante encaminhamento da Cáritas São Paulo.