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Elza Soares faz shows com arranjos eletrônicos no Sesc Pompeia
Elza Soares se apresenta no Sesc Pompeia no feriado do aniversário de São Paulo (25/1) e na sexta (26/1)
Loops, drum machines e synths são alguns elementos eletrônicos que dão a nova cara ao show "A Voz e A Máquina" - além da voz processada, desconstruída e reconstruída pelas máquinas musicais. Tudo isso é embalado por uma sequência de mapping projeções em um cenário totalmente branco que ganha as mais variadas formas, levando o público a viajar durante a apresentação.
Elza rodou o Brasil com a primeira versão desse show, que contou com participações especiais de Emicida, Otto e Gaby Amarantos. O show é uma reunião de clássicos de carreira da artista, além de hits do momento, em releituras descoladas como ‘Computadores Fazem Arte’, ‘A Carne’, ‘Mulher do Fim do Mundo’, ‘Saltei de Banda’ e outros clássicos da música popular brasileira. O show ainda ganha um tom de protesto em verso e prosa contra males da sociedade em músicas como ‘Não Recomendado’.
Conversamos com os DJs Ricardo Muralha e Bruno Queiroz sobre o processo de montagem do show:
Como surgiu a ideia de adicionar elementos da música eletrônica a canções da Elza?
Em meados de 2017, a Elza entrou em contato e falou sobre o desejo de montar um show dinâmico e energético e sugeriu esse encontro de dois DJs/produtores com uma guitarra. Adoramos a ideia e numa conversa surgiu o nome do Caesar Barbosa. Pronto! Tínhamos um belo time. Trabalhamos intensamente nos arranjos por três meses e em novembro de 2017, tivemos a estreia de "A Voz e a Máquina". Foi um sucesso!
Como funcionou a escolha das músicas?
A escolha do repertório foi uma decisão conjunta, onde todos do nosso núcleo criativo deram sugestões e depois de experimentar algumas canções, vimos o que funcionava melhor. Porém, como estamos em movimento, sempre buscamos novas canções de jovens compositores como foi o caso da belíssima track 'Não recomendado', do Caio Prado. A Elza é uma pessoa super antenada nas novas tendências e ontem mesmo já nos apresentou um novo compositor que ela descobriu no facebook.
Houve algum desafio no momento de repensar a construção das musicas?
Sempre é um desafio transpor o clima da E-Music, onde os timbres prevalecem sobre a harmonia, às vezes, quase sem melodia, ou com melodias simples e repetitivas que funcionam de forma mântrica para o universo da MPB, que é caracterizado por progressões harmônicas mais complexas onde a melodia é o carro-chefe. Nós dois nos sentimos muito honrados e gratos pela responsabilidade em unir esses dois universos tão distintos, que através da Elza, já conquistou os palcos do Brasil. Agora nosso objetivo é levar essa influência da música brasileira para as pistas de dança do mundo.
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