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Mangue Beat: muito além de Chico Science

Foto inspirada no trecho da música da banda Mundo Livre S/A<br>Pedro de Campos Jr.
Foto inspirada no trecho da música da banda Mundo Livre S/A
Pedro de Campos Jr.

Oficina propõe apropriação de letras de músicas do movimento Mangue Beat para a criação de fotografias e um aprofundamento sobre a história do movimento. Dias 22, 23 e 24/nov no Sesc Taubaté

“Fotografar é como pintar um quadro. E para quem não sabe pintar, fotografar até que ajuda”. Esta é uma das provocações que o jornalista Pedro de Campos Jr. traz para a oficina Fotografia e os Sons do Mangue, que acontece nos dias 22, 23 e 24 no Sesc Taubaté.

A oficina propõe trabalhar a parte textual das músicas, explorando a interpretação de texto para elaborar fotografias, sempre pensando em sua estética.

“Para fotografar basta apertar um botão, mesmo que a pessoa não saiba controlar a câmera do jeito ideal dá para produzir imagens legais. Esse exercício de pensar a fotografia é uma atividade lúdica”.

Pedro Campos, além de jornalista pesquisa música desde a infância. Junto com a fotografia e o jiu-jitsu, pesquisar o movimento mangue beat são suas grandes paixões.

Ao contrário do que muitos pensam o movimento Mangue Beat não foi criado apenas por Chico Science. Na época de sua criação também fizeram parte Fred Zero Quatro, que fundou a banda Mundo Livre S/A, o radialista Renato L e também Rogê, citado em algumas músicas da Nação Zumbi, que era dono de uma soparia em Recife e sempre apoiava o grupo.

Em meio a pobreza e a ausência do poder público que a capital pernambucana sofria, surgia o mangue beat, primeiramente não como um movimento musical, mas como um espaço para ser conversar sobre o que poderia ser feito para melhorar a realidade do local em que se vivia.

“Nisso começaram a produzir oficinas de teatro, criar ONGs, juntar músicos de todos os gêneros e vertentes da musica nordestina. A Nação Zumbi era um projeto cultural que ensinava música, teatro e dança para as crianças carentes. Os remanescentes desta iniciativa criaram a banda Nação Zumbi, em homenagem ao projeto”, conta Pedro.

Segundo as pesquisas do jornalista, pós- graduado em Política e Sociedade no Brasil, algumas partes da mídia impressa de São Paulo tentaram sepultar o movimento do Mangue Beat em decorrência da morte do Chico Science.

“A proposta dessa oficina, além de ensinar a pensar fotografia é tentar tirar a superficialidade de conhecimento sobre este movimento”, conclui.

o que: oficina: A Fotografia e os Sons do Mangue
quando:

Dias 22, 23 e 24/11

onde:

Sesc Taubaté | Avenida Engenheiro Milton de Alvarenga Peixoto, 1264, Esplanada Santa Terezinha | 12 3634-4000