Sesc SP

Projeto de Felipe Hirsch engloba espetáculo encenado em três partes e dias diferentes, além de série de encontros "improváveis" que terão a participação de nomes como Zé Celso, MV Bill, Lygia Fagundes Telles, Criolo, Emicida, Tom Zé e Laís Bodanzky. No Sesc Pinheiros, de 7/nov a 22/dez

“Tríptico fulminante”. Foi desta forma que um dos principais jornais da Alemanha definiu Puzzle logo após a estreia do projeto na Feira do Livro de Frankfurt – um dos maiores eventos do mercado editorial do planeta –, que neste ano recebeu o Brasil como país homenageado.

O “tríptico” advém da divisão de Puzzle em três partes, três espetáculos teatrais interligados que entram em temporada no Sesc Pinheiros nesta quinta-feira. Já o “fulminante” sintetiza a recepção da crítica estrangeira sobre a “partitura emocional” com que Felipe Hirsch criou Puzzle: de um lado, os ingredientes do diretor foram as obras de escritores brasileiros contemporâneos como André Sant'Anna, Bernardo Carvalho, Jorge Mautner e Juliano Garcia Pessanha; de outro, foram temáticas como as questões sociais brasileiras e o próprio ato da leitura e da escrita.

Ou seja: Puzzle não é um espetáculo apenas, mas três. E três espetáculos que ganharão densidade reflexiva por meio de oito encontros que terão a palavra como pauta e contarão com a participação de nomes como Zé Celso, Lygia Fagundes Telles, Tom Zé, Laís Bodanzky, Criolo, Emicida, Fábio Moon e Gabriel Bá. Parte destas mesas e bate-papos terá transmissão ao vivo pela internet (fique atento, em breve informaremos aqui no Portal SescSP quais serão). ara saber mais sobre o Puzzle, assista abaixo à entrevista com o diretor Felipe Hirsch e, na sequência, ao depoimento do curador da programação paralela, o crítico, dramaturgo e diretor Ruy Filho.

“Os oito encontros foram concebidos junto com os espetáculos do Puzzle, acompanhando o processo de ensaio dia a dia. A programação contempla questões que de alguma maneira foram sendo levantadas de modo indireto pelos espetáculos, mas que formavam uma cama de sustentação para uma série de possibilidades de estudos mais filosóficos, entradas de reflexões mais subjetivas sobre o que vem a ser esse papel da palavra, da leitura, e do livro e do próprio fazer teatro a partir de todos estes preceitos. Fizemos uma tentativa de estabelecer encontros improváveis, porém não impossíveis. Por isto misturamos grandes intelectuais com grandes artistas e com nomes muito próprios da cena cultural que está surgindo. Vamos, por exemplo, reunir nomes como Jorge Mautner e Criolo para ver o que é possível sair de uma reflexão conjunta de duas épocas e histórias distintas.” – Ruy Filho, curador dos encontros Puzzle

Todas as atividades são gratuitas, com retirada de ingressos na bilheteria do Sesc Pinheiros com duas horas de antecedência:

A palavra como encontros possíveis - dia 12/11 (terça), às 20h
Com Zé Celso Martinez, Nuno Ramos, MV Bill e Manuel da Costa Pinto (mediação)

A palavra como jogo - dia 13/11 (quarta), às 20h
Com Felipe Hirsch, Rubens Velloso, Roberto Alvim e Ruy Filho (mediação)

A palavra como amplificação do feminino - dia 19/11 (terça), às 20h
Com Carol Bensimon, Roberta Estrela D'alva e Laís Bodanzky

Palestras reais sobre livros fictícios - dia 20/11 (quarta), às 17h
Com Bernardo Carvalho, Marcelo Mirisola, Verônica Stigger, Juliana Frank e Ruy Filho (mediação)

A palavra como urgência - dia 26/11 (terça), às 20h
Com André Sant'anna, Paulo Lins, Jorge Mautner e Criolo

A palavra como poética de voo – dia 27/11 (quarta), às 20h
Com Tom Zé, Emicida, Juliano Garcia Pessanha e Paulo Werneck (mediação)

A palavra como origem de invento - dia 03/12 (terça), às 20h
Com Sérgio Sant'anna, Lygia Fagundes Telles e Bete Coelho

A palavra por outros caminhos: Oficina de HQ - dias 10/12 (terça) e 11/12 (quarta), às 20h
Com Fábio Moon e Gabriel Bá