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Quem disse que saci não existe?

O Dia do Saci já passou, mas eles continuam a solta no Sesc Taubaté. Histórias, brincadeiras, comidas, dança e músicas para quem acredita e também para quem duvida que saci existe. De 15 a 17/novembro

Nada mais brasileiro que uma boa mistura. As primeiras histórias sobre o saci surgiram entre os indígenas da região sul do país. Da cultura africana ele ganhou a cor negra e perdeu uma das pernas, jogando capoeira. Ganhou também o cachimbo, o qual já nasce fumando desde que sai do gomo do taquaraçu, uma espécie de bambu gigante onde acontece a sua “gestação”. O gorro vermelho é herança da cultura portuguesa. Mais importante que tudo isso é a audácia e a esperteza que quem conta que já viu um saci jura que a criatura tem.

Já dizia o Tio Barnabé, personagem de Monteiro Lobato, que o danado tem tantas artimanhas que cruza as pernas com uma enorme habilidade (mesmo tendo uma só).

Nos dias 15, 16 e 17 de novembro você poderá ouvir e contar estas e outras histórias do Saci Pererê no Sesc Taubaté. Na programação, algumas brincadeiras que fazem parte da festa em homenagem ao saci que acontece todos os anos na cidade de São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo.

“Com estas celebrações queremos valorizar a cultura e a mitologia regional e nacional”, conta Eduardo Oliveira Coelho, que além de secretário de turismo da cidade, orgulha-se de ser integrante da SOSACI, a Sociedade dos Observadores de Saci. Ele define a sociedade como uma ONC, “organização não capitalista”. “Somos também uma organização ecológica, já que não criamos nem capturamos o saci, apenas observamos” completa o observador credenciado, já com um tom de riso na voz.

O encontro também terá participação de Ditão Virgílio, poeta de São Luiz do Paraintinga e mestre na arte de contar casos da vida na roça e nas pequenas cidades do interior. No repertório, contos para quem não acredita que saci existe.

Leia poemas de Ditão Virgílio no site da SOSACI

Numa perna só
Na trilha enigmática são resgatadas brincadeiras do passado adaptadas às características e habilidades do saci: tarefas a serem realizadas pulando em uma perna só, corrida equilibrando o ovo em cima do cachimbo, corrida de saco. Para Eduardo, “é um momento em que o adulto volta a ser criança”. Depois de tanto exercício (afinal, para ser saci, tem que ter pique!), acontece a saciata, em que todos saem em passeata vestindo gorros vermelhos e cantando cantigas sobre o saci.

O especial integra a programação relacionada à exposição ‘Na Outra Margem: O Rio Paraíba do Sul’, em exibição na unidade até 04/14.

:: Saiba mais sobre a exposição ‘Na Outra Margem’
 

o que: Quem disse que saci não existe?
quando:

Dias 15, 16 e 17/11

onde:

Sesc Taubaté | Avenida Engenheiro Milton de Alvarenga Peixoto, 1264, Esplanada Santa Terezinha | 12 3634-4000