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Trilhas em parques urbanos desenham horizonte mais verde na metrópole

Entre os passeios que o Sesc realiza na região metropolitana de São Paulo, por meio do programa de Turismo Social, estão alguns roteiros que reforçam a importância da conservação de áreas verdes.

As trilhas dos passeios inspirados pelo conceito de Natureza Urbana impressionam pela biodiversidade das áreas remanescentes de Mata Atlântica, localizadas a apenas alguns quilômetros do centro de São Paulo. O contorno natural da cidade, por vezes pouco conhecido, revela-se na beleza dos lagos, das cachoeiras, da avifauna, das matas e das vistas panorâmicas que desenham um horizonte mais verde no mar de prédios da capital.

Com essas características, visitas ao Parque Estadual do Jaraguá, ao Núcleo Engordador e ao Horto Florestal no Parque Estadual da Cantareira estão agendadas para novembro e dezembro deste ano. A ida aos parques busca estimular olhares atentos para o que nos cerca.

Promover vivências de contato direto com áreas naturais sempre foi objeto de trabalho no Sesc. Conhecer para conservar é um dos propósitos da ação educativa ambiental que é potencializada nesses roteiros do programa de Turismo Social. “Com a maioria da população mundial vivendo em cidades, são necessários grandes esforços para gerar informação e criar situações que busquem restaurar a aliança entre os seres humanos e a natureza. Visitar os parques urbanos, além de ser prazeroso, promove conhecimento sobre os sistemas naturais e sua ligação com a dinâmica da cidade. Sendo parte deste conjunto, o roteiro é um convite ao aprendizado daquilo que é essencial: a vida e sua diversidade”, observa Denise Baena, assistente da área de Educação para a Sustentabilidade da Gerência de Programas Socioeducativos do Sesc São Paulo.

Em agosto desse ano, o Sesc Carmo realizou um passeio ao Núcleo Engordador no Parque Estadual da Cantareira. O roteiro foi conduzido pela guia Maíza Carvalho, bióloga especializada em Ecoturismo. “O principal ganho para as pessoas que participam desses roteiros é a possibilidade de terem um lazer de qualidade dentro da cidade onde moram. É a chance de se apropriarem de áreas verdes que muitos não têm o costume de visitar”, afirma. “A gente só consegue se apropriar das coisas quando estamos próximas delas, e se a natureza está distante, não vai haver a sensibilidade do cuidado e da preservação”.

Maíza diz ainda que, durante as trilhas, costuma aplicar algumas vivências. “Deixo os participantes caminhando sozinhos, durante um pequeno trecho. Depois disso, eles chegam até mim muito sorridentes, dizendo que ouviram o barulhinho da folha caindo da árvore, por exemplo. Essa é uma maneira de atentar para coisas simples que as pessoas não percebem no dia a dia”.

Assista ao vídeo gravado durante o passeio ao Núcleo Engordador no Parque Estadual da Cantareira: