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Cibercultura e inclusão de públicos com deficiências marcaram o segundo dia do encontro

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"Sempre Algo Entre Nós"
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A cobertura educomunicativa do Encontro Internacional Públicos da Cultura é uma parceria com a ONG Viração e com alunos da Educomunicação da ECA/USP, clique aqui para entender como funciona.


Internautas: público e agente transformador

Por Beatriz Jordan, jovem comunicadora

Manuel Zavala foi responsável por difundir a participação da cultura mexicana na internet. Em 1995 a internet passava a se tornar acessível ao público, porém não havia grande diversificação de informações sobre a cultura mexicana; isso intrigou Zavala, já que no México existe uma extensa pluralidade de acervos culturais.

O desejo de transmitir e oferecer mais informações sobre instituições artísticas mexicanas à população local e ao mundo levou o arquiteto a criar um site onde é disponibilizado ao público diferentes conteúdos, tanto históricos quanto culturais. A principio o projeto foi financiado por seu idealizador, que a partir do desenvolvimento tecnológico foi aperfeiçoando seu trabalho e buscando novas formas de arrecadação para o site. O governo também auxiliou contribuindo com a plataforma, por meio da publicidade e de outros incentivos. Hoje, o site possibilita mais de 2000 uploads de artistas mexicanos para os navegantes.

Você pode conferir o trabalho do fundador e diretor do site Artes e Histórias México acessando www.arts-history.mx

A seguir, você confere uma entrevista exclusiva com Zavala:

 

Públicos da cibercultura
Com ar descontraído, Sergio Amadeu falou logo após Zavala. Ele conduziu os presentes a repensar os conceitos de arte, mostrando que com a mediação da internet torna-se cada vez mais comum a participação expressiva do público nas obras artísticas.

“A arte é recombinante”, disse. Amadeu afirmou ainda que a participação das pessoas de forma interativa nas obras acaba por despertar potenciais no público, como é o caso de crianças e adolescentes que por meio da criação de histórias sobre personagens do cinema estimulam a criatividade e aperfeiçoam a escrita.


MoMa, em Nova York: “público deficiente não é específico, é nosso público”

Por Paolla Menchetti, jovem comunicadora

“Quando comecei a trabalhar disse: ‘não, isso não tem haver com amor’. E agora eu aprendi que isso está diretamente ligado ao amor”.

Carrie McGee, educadora do museu Museu de Arte Moderna MoMA, em Nova York, trouxe em sua fala um pouco do que é esse laboratório artístico.

Em um lugar como Nova York, onde, de acordo com Carrie, há uma epidemia de solidão, muitas pesquisas falam sobre a situação de isolamento social enfrentada por muitas pessoas, mas poucos trabalhos são desenvolvidos para despertar as competências presentes em cada ser humano.

Ao invés de se pensar em qual seria o melhor projeto para um público especifico com deficiência, como crianças com autismo, por que não pensar no melhor projeto e então incluir essas pessoas? – ponderou Carrie.

Com um campo amplo de atuação, o MoMA desenvolve projetos com deficientes, em hospitais com terapeutas, em escolas, com comunidades de Nova York, com idosos, adultos, crianças, procurando sempre desenvolver a habilidade da criação, o sentir da arte, se utilizando de seus diversos sentidos.

Oferecendo guias auditivos para descrever obras aos deficientes visuais e visitas para sentir esculturas, o MoMA entende que isso não é caridade, afinal, mais de vinte por cento do público americano tem algum tipo de deficiência.

Ao perceber que os adultos se inspiravam após visitar exposições, foram criados espaços físicos no museu para que fosse possível criar lá mesmo; foram desenvolvidos também aplicativos para levar o físico ao âmbito online. Assim ocorreu também com idosos, que relataram em um vídeo exibido por Carriee: “não somos apenas nós, são as possibilidades de poder compartilhar com nossos amigos e familiares. Isso é muito importante para aprender e crescer ainda na nossa idade. Enquanto viver, quero seguir crescendo”.

Fazendo da arte um engajamento útil para a vida cotidiana, a partir da experiência direta com obras de arte, do aproveitamento, entendimento e uso da arte, o MoMA apresentou no Encontro Internacional Públicos da Cultura sua prática inclusiva.


Participantes do encontro avaliam as palestras

No segundo dia do Encontro Internacional Públicos da Cultura, os participantes já indicam as palestras e falas que mais gostaram. Confira o podcast com a impressão da galera presente no Sesc Vila Mariana! Lembrando que o evento só termina nesta quinta-feira, dia 14 de novembro!

o que: Encontro Internacional Públicos da Cultura
quando:

12 a 14/novembro

onde:

Sesc Vila Mariana