Postado em 20/11/2013
Oficina propõe apropriação de letras de músicas do movimento Mangue Beat para a criação de fotografias e um aprofundamento sobre a história do movimento. Dias 22, 23 e 24/nov no Sesc Taubaté
“Fotografar é como pintar um quadro. E para quem não sabe pintar, fotografar até que ajuda”. Esta é uma das provocações que o jornalista Pedro de Campos Jr. traz para a oficina Fotografia e os Sons do Mangue, que acontece nos dias 22, 23 e 24 no Sesc Taubaté.
A oficina propõe trabalhar a parte textual das músicas, explorando a interpretação de texto para elaborar fotografias, sempre pensando em sua estética.
“Para fotografar basta apertar um botão, mesmo que a pessoa não saiba controlar a câmera do jeito ideal dá para produzir imagens legais. Esse exercício de pensar a fotografia é uma atividade lúdica”.
Pedro Campos, além de jornalista pesquisa música desde a infância. Junto com a fotografia e o jiu-jitsu, pesquisar o movimento mangue beat são suas grandes paixões.
Ao contrário do que muitos pensam o movimento Mangue Beat não foi criado apenas por Chico Science. Na época de sua criação também fizeram parte Fred Zero Quatro, que fundou a banda Mundo Livre S/A, o radialista Renato L e também Rogê, citado em algumas músicas da Nação Zumbi, que era dono de uma soparia em Recife e sempre apoiava o grupo.
Em meio a pobreza e a ausência do poder público que a capital pernambucana sofria, surgia o mangue beat, primeiramente não como um movimento musical, mas como um espaço para ser conversar sobre o que poderia ser feito para melhorar a realidade do local em que se vivia.
“Nisso começaram a produzir oficinas de teatro, criar ONGs, juntar músicos de todos os gêneros e vertentes da musica nordestina. A Nação Zumbi era um projeto cultural que ensinava música, teatro e dança para as crianças carentes. Os remanescentes desta iniciativa criaram a banda Nação Zumbi, em homenagem ao projeto”, conta Pedro.
Segundo as pesquisas do jornalista, pós- graduado em Política e Sociedade no Brasil, algumas partes da mídia impressa de São Paulo tentaram sepultar o movimento do Mangue Beat em decorrência da morte do Chico Science.
“A proposta dessa oficina, além de ensinar a pensar fotografia é tentar tirar a superficialidade de conhecimento sobre este movimento”, conclui.
o que: | oficina: A Fotografia e os Sons do Mangue |
quando: |
Dias 22, 23 e 24/11 |
onde: |
Sesc Taubaté | Avenida Engenheiro Milton de Alvarenga Peixoto, 1264, Esplanada Santa Terezinha | 12 3634-4000 |