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Artes para crianças: tudo junto e misturado

Por Dib Carneiro Neto

Uma fartura de atrações com censura livre – todas muito especiais e diferenciadas. No mês de outubro, o Mês das Crianças, este é o presente do Sesc São Paulo para as famílias que frequentam assiduamente suas unidades durante o ano todo

O clima de brincadeira vai dar o tom em múltiplas atividades artísticas, abrangendo todas as linguagens: música, teatro, circo, artes visuais, tecnologia, cinema, dança, literatura... Um pouco de tudo e um montão de alegria.

O grande conceito que ronda e perpassa a maioria das atividades da programação de O que é, o que é? - Artes para Crianças é romper as barreiras tradicionais entre palco e plateia, entre artistas e público. Tudo junto e misturado, sem espaços exageradamente delimitados. O lance é descartar as reverências, soltar as amarras da criatividade e não fazer cerimônia: de um lado, artistas interagindo diretamente com adultos e crianças; de outro, o público ajudando a fazer arte em tempo real... e assim por diante. Afinal, com arte também se brinca – e muito!

Dança sem Fronteiras, por exemplo, oficina de dança para quem quiser participar, sem restrições de nenhuma natureza, a cargo da bailarina, atriz, coreógrafa e educadora Fernanda Amaral, é um dos inúmeros exemplos da programação em que o trabalho artístico alimenta a cultura de acessibilidade e estimula uma sonhada democracia cultural.  Meu Corpo Meu Brinquedo, como o próprio nome já diz, também vai por essa linha: o grupo responsável pela oficina, que também leva o nome do espetáculo, oferece a qualquer um a possibilidade de descobrir a linguagem artística corporal.

Outro convite audiovisual interativo para aproximar crianças e adultos é o Pequeno Dicionário de Mirabolices Infantis, videoinstalação de Angélica Valente inspirada no livro colombiano Javier Naranjo que tem como matéria-prima definições de diversas crianças de 7 a 12 anos sobre coisas simples, como a lua ou a árvore, e sentimentos complexos, como o amor e o medo, apresentadas como um grande dicionário vídeointerativo. O game Cinematografinho, criado pelo Estúdio de Animação Usinanimada, também promete ensinar truques de filmagem de forma lúdica.

Na área da música, nomes consagrados estarão disponíveis para as mais inusitadas aventuras. Tom Zé, por exemplo, garante momentos de muitas invencionices sonoras, misturando seus músicos aos coloridos instrumentos de grande escala da Orquestra Mágica de Itaquera. E Naná Vasconcelos, outro caso de ‘menino maluquinho’ saudável da nossa música, quer executar canções infantis com jogo rítmicos, facilitando a interatividade com público. Sem falar nos shows de Cidadão Instigado, Zé Renato, Mawaca, Barbatuques, André Abujamra, Hélio Ziskind e BNegão – todos eles vão aprontar muito, com base nos clássicos do repertório infantil de todos os tempos.

Nas artes visuais, a interação estará muito bem representada por instalações em que a garotada será exposta à ideia convidativa de que arte não precisa ser estática nem bidimensional. Em Jardim de Ar, o artista plástico Mauro de Souza vai usar centenas de balões brancos para atiçar a imaginação dos participantes. Um mesmo desenho feito por várias pessoas ao mesmo tempo é a proposta lúdica da Máquina de Desenhar, de Michel Groisman.

Sound Walk, um verdadeiro ‘sequenciador humano’, vindo da Espanha, pelo artista Julio Lucio, vai transformar o público em compositor de peças musicais. E já pensou em desenhar grafites só com movimentos de cabeça e dos olhos, sem usar as mãos? Prepare-se para Sua Cabeça de Pop, do argentino Yamil Burguener.

A seguir, uma a uma, todas as atrações de O que é, o que é? - Artes para Crianças – para  você se programar e sua família não perder nada. Vamos brincar com a arte?

o que: O que é, o que é? Artes para crianças
quando: 11 a 20/outubro
onde:

Diversas unidades, consulte a programação