Sesc SP

O Prata da Casa, que completará 15 anos em 2014, firmou-se como um dos principais divulgadores de novos talentos na cidade de São Paulo e um dos mais tradicionais projetos da área de música do Sesc Pompeia

Atuando desde sua inauguração como um democrático espaço para a produção cultural diversificada, o Sesc Pompeia se consolidou como um oportuno local para a música de novos artistas. Essa vocação foi abraçada pelo projeto Prata da Casa, que, desde junho de 1999, abre espaço para que cantores e instrumentistas iniciantes, com um ou nenhum trabalho lançado, mostrem seus talentos. A pluralidade dos intérpretes que a cada terça-feira, às 21h, sobem ao palco da Choperia da unidade, permite que um público igualmente multifacetado compareça às apresentações. O projeto ajudou a revelar nomes hoje conhecidos do grande público, como Vanessa da Mata, Céu, Thiago Pethit, Quinteto em Branco e Preto, Mombojó e Vanguart.

O Prata da Casa nasceu no final dos anos 90, época em que compositores independentes enfrentavam entraves para se fazer ouvir em um mercado controlado pelas grandes gravadoras e emissoras de rádio e TV. Vindo à luz no mesmo ano em que a febre do Napster – o primeiro programa de compartilhamento de música em mp3 - correu mundo afora, descentralizando o acesso à música e ampliando o poder de divulgação de seus produtores, o projeto acompanhou na vanguarda a revolução no modo de produzir música presenciada nas últimas décadas, fornecendo a infraestrutura técnica e a divulgação que, em muitos casos, é tudo o que falta para que um artista desponte. 

Selecionando participantes de todas as regiões do Brasil, o Prata da Casa tem sido tanto plataforma quanto testemunha da multiplicidade de ritmos e estilos musicais do país. Isso se refletiu no CD Prata da Casa – 10 anos (2009). A edição comemorativa, produzida pelo Selo Sesc, reuniu 30 músicas de 30 nomes que passaram pelo projeto. As canções foram selecionadas pelos artistas que participaram do álbum que concentram diversos gêneros, indo da linguagem mais pop à música instrumental, contemplando várias vertentes da música popular brasileira.

“Talvez o ponto em comum entre o trabalho dos artistas desse CD, já que se tratam de fonogramas dos primeiros álbuns de todos eles, seja esse primeiro estágio de elaboração de suas sonoridades. O que aparece nessas estreias se transformou ao longo do tempo em alguns casos; ou permaneceu o mesmo em outros. É curioso perceber os diferentes rumos que os artistas seguiram após suas passagens pelo Prata”, comenta Gilberto Paschoal, coordenador do Selo Sesc.

Além disso, a escolha dos artistas seguiu uma votação feita pelos curadores para os shows comemorativos dos 10 anos do projeto. Desde a sua concepção, o projeto conta com um curador que é crítico musical e trabalha em parceria com a equipe de programação do Sesc Pompeia. Atualmente, Beto Villares é quem ocupa essa função que teve como estreante Mauro Dias e, ao longo de seus 14 anos de vida, já foi desempenhada também por Carlos Calado, Israel do Valle, Lauro Lisboa Garcia, Carlos Bozzo Jr, Pedro Alexandre Sanches, Patrícia Palumbo, Marcus Preto, José Flávio Junior e Alexandre Matias.

Já tendo realizado mais de 500 apresentações, o Prata da Casa celebra em 2014 seus 15 anos de existência. Sem deixar de lado as novas cena ou tendências, o projeto se diferencia de outras iniciativas similares pela diversificada gama de artistas à qual proporcionou a possibilidade de “debut”: o samba paulistano de Fabiana Cozza, o pop rock do Ludov, a percussão corporal dos Barbatuques, as experimentações melódicas do Apanhador Só, e as sonoridades características de inúmeras outras promessas hoje consolidadas no cenário musical brasileiro, como Sandália de Prata, Bruna Caram, Karina Buhr, Fernanda Porto, Leo Cavalcanti, Rashid e Tulipa Ruiz, que encontraram na Choperia do Sesc Pompeia seu primeiro grande palco.

:: Confira o CD de comemoração dos 10 anos do projeto

::  Para participar do projeto envie um e-mail para: pratadacasa@pompeia.sescsp.org.br