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Luís Bourscheidt fala sobre "O Mais Feliz da Vida" novo álbum da Banda Mais Bonita da Cidade

A Banda Mais Bonita da Cidade<br>Foto: Divulgação
A Banda Mais Bonita da Cidade
Foto: Divulgação

Com ingressos esgotados, dias 13 e 14/setembro a Banda Mais Bonita da Cidade apresenta seu novo álbum “O mais feliz da vida” no Sesc Osasco

A EOnline fez uma entrevista exclusiva para você poder curtir um pouco dessa programação. O baterista da banda, Luís Bourscheidt, conta sobre o processo de criação do novo álbum e a relação da banda com São Paulo e Curitiba.

EOnline: Como foi o processo de construção do novo álbum?
Luís Bourscheidt: Diferentemente do primeiro disco da banda (que você pode baixar gratuitamente aqui), que foi super corrido, para esse tivemos bastante tempo e fizemos tudo com muita calma. Ficamos no processo de pré produção por pelo menos cinco meses; queríamos que os arranjos do disco já soassem orgânicos na gravação, por isso todo esse tempo. A gravação durou mais dois meses e agora estamos com o disco finalizado. Acho que esse clima sossegado acabou aparecendo no disco, já que foi tudo feito com mais calma.

EOnline: Como veio a definição do nome: "O mais feliz da Vida"?
L. B: Esse é de uma canção do Rodrigo que tá no disco. Decidimos por dar esse nome também por vários motivos, mas certamente o mais significativo tem a ver com a própria característica estética do álbum. O disco trata de vida, mas de morte também. Trata de coisas boas e ruins. Acho que a banda sempre buscou esses contrastes e lugares, onde as coisas não são tão "explicáveis" assim, sabe como?... o próprio nome da banda é meio isso, pode ser uma piada e pode ser sério ao mesmo tempo, dependendo da forma como as coisas se parecem para quem vê ou escuta. Enfim, o que eu quero dizer a final de contas é que "o mais feliz da vida" pode ser exatamente isso ou não, tipo Caetano. (risos)

EOnline: Qual a diferença do primeiro álbum para este?
L. B: Maturidade, eu acho. Todo esse tempo de produção deixou que a coisa ficasse bem madura. Acho que a sonoridade do disco transparece isso, já que as coisas no processo foram finalizadas com bastante calma. O primeiro disco tem esse clima de correria, que é legal também, fazer tudo meio que pra ontem, (risos)... enfim, acho que calma seja a principal diferença. Sonoramente também.

EOnline: Qual a relação da banda com São Paulo?
L. B.:  Adoramos tocar em São Paulo! A cidade e o estado sempre nos acolheram muito bem. Nosso primeiro show depois do vídeo de Oração foi aí, e foi muito inesquecível.

EOnline: Quais as principais referências de uma forma geral dos integrantes?
L. B.:
Essa pergunta é bem difícil, porque são muitas,(risos).... mas acho que as principais referências da banda são as próprias músicas e quem as compõe. Claro que temos diversas escutas, que vão de Bon Iver a Novos Baianos, e cada um tem um gosto específico. Acho que, pra fazer um recorte, o novo disco tem uma referência em comum, que é a Fiona Apple. Falamos muito dela durante a produção do disco.

EOnline: Como é a cena de música independente em Curitiba? Qual a relação da banda com a cidade. Isso influência na produção das músicas, das letras, etc.?
Luís B: A relação da banda com a cidade é direta. O projeto da banda mais bonita da cidade começou com a proposta de tocar repertório de compositores de Curitiba e, o primeiro disco reflete bastante essa característica. Claro que hoje temos pessoas de outros lugares do Brasil. A cena aqui em Curitiba tá bem movimentada, eu acho. De uns anos para cá têm surgido muitas bandas legais e projetos interessantes. E o legal é que tem espaço para tudo. Acho que, por isso, a cena independente de Curitiba é bem plural.

EOnline: O que o público pode esperar destes shows dias 13 e 14?
L. B.: O show da banda está em processo de reformulação. Estamos começando a tocar o repertório novo e preparando o novo show com todas as músicas do segundo disco, mas ainda vamos tocar diversas músicas do primeiro, claro!

EOnline: Fale um pouco sobre o crowdfunding e se o segundo álbum "O mais feliz da vida" também será financiado da mesma forma. Quais as vantagens e desvantagens?
L. B.: Nesse segundo disco decidimos gravar por conta, não utilizamos o financiamento coletivo. Mas utilizamos essa estratégia para a captação de recursos para o primeiro disco. Foi muito interessante e legal para a banda na época, conseguimos todo o valor necessário pra viabilizar o disco. Logo o crowdfunding é com certeza uma ferramenta bem atual e que viabiliza a produção.