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“Sessão Janela” estreia no CineSesc
O novo projeto vai apresentar o olhar independente do cinema brasileiro a cada mês, aproximando o público dos realizadores e suas filmografias. Saiba mais sobre a iniciativa
Quem conhece e frequenta o CineSesc já sabe: a sala de cinema do Sesc em São Paulo é o lugar ideal para conhecer filmografias diversas: de diretores consagrados a produções independentes, todos os formatos e propostas encontram seu público na tela do cinema.
A partir deste mês, o projeto Sessão Janela passa a integrar a grade de programação. A cada mês, um longa independente brasileiro será lançado. “A ideia é ter um espaço para o cinema independente brasileiro, trazer novidades e dar a oportunidade para diversos pontos de vista”, explica Simone Yunes, gerente-adjunta e coordenadora de programação do CineSesc.
É a primeira vez que a sala investe em um projeto neste formato. A curadoria das sessões será feita em parceria com a distribuidora Vitrine Filmes e os filmes exibidos serão apostas vindas de festivais renomados, como os de Recife, Brasília, do Rio de Janeiro e a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. “O projeto nasce também com a proposta de sempre: trazer o diretor para a sessão, para que as pessoas fiquem próximas dos realizadores dos filmes”, conta Simone.
Sessão de estreia
O filme que abre a Sessão Janela é “Esse Amor que Nos Consome”, longa do diretor Allan Ribeiro que mistura as linguagens de ficção e documentário. O elenco é formado por integrantes da Companhia Rubens Barbot, o mais antigo grupo afro-brasileiro de dança contemporânea. Os protagonistas são o diretor argentino Gatto Larsen e o coreógrafo brasileiro Rubens Barbot, que interpretam suas próprias vidas em locações reais - entre elas, um casarão abandonado no centro do Rio de Janeiro, que passam a ocupar e a ensaiar com a companhia de dança.
O filme já foi exibido em 12 festivais, entre eles o 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o 19º Festival Vitória Cine Vídeo (prêmio de Melhor Longa Metragem), e o World Cinema Amsterdam.
“O longa de estreia de Allan Ribeiro é atravessado por questões concretas que se impõem na política cotidiana em uma cidade como o Rio de Janeiro. A alegria, aqui, é menos uma ideia abstrata e mais um entusiasmo, uma forma de interferir ativa e frontalmente na cidade e na vida cotidiana. (...) Pois se o Rio é uma cidade em transformação, esse ‘novo Rio’ só faz sentido se não excluir os espíritos impressos nessas paredes, os orixás que habitam esses espaços, os bêbados e as aposentadas que matam tempo nas praças, as imposições cotidianas e a possibilidade de subvertê-las”, comenta o crítico Fábio Andrade na resenha da Revista Cinética.
Veja o trailer do filme a seguir: