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Agora em nível 2! Clínica odontológica do Sesc Santo Amaro renova selo de qualidade

O Sesc São Paulo conquistou mais um motivo para orgulhar-se de seu trabalho. Mesmo diante de todos os desafios ocasionados pela pandemia de COVID-19, a clínica odontológica do Sesc Santo Amaro evoluiu seu selo de acreditação para o nível 2, por meio do reconhecimento da Organização Nacional de Acreditação (ONA) - uma importante instituição responsável pelo desenvolvimento e gestão dos padrões de qualidade e segurança em saúde.  

Apenas cinco serviços odontológicos em todo o país possuem este selo de qualidade. Para obtê-lo, é necessário que a clínica atenda a diversos critérios relacionados à gestão, estrutura, atendimento, formação e capacitação dos profissionais, entre muitos outros, que são avaliados após a manifestação voluntária de interesse do serviço de saúde.  
 

Foto: Ricardo Ferreira 


Essa conquista é fruto de um trabalho realizado por muitas pessoas e durante um longo tempo. Em 2016, sob a coordenação de Luiz Vicente Martino, que hoje atua como assistente da Gerência da Saúde e Odontologia do Sesc São Paulo, a clínica iniciava um processo de trabalho intenso que resultou em seu primeiro selo (nível 1), recebido em junho de 2018.  Segundo ele, a ONA trabalha com dimensões da qualidade - como equidade, integralidade e eficiência - que se alinham à conduta do Sesc, além dos fundamentos de gestão em saúde, ética, transparência, responsabilidade socioambiental e  segurança, que também dialogam com os valores da instituição. Tais aspectos encorajaram a busca pela certificação. 

Para alcançar a certificação de Acreditado Pleno (nível 2) em dezembro de 2020, o serviço odontológico do Sesc Santo Amaro precisou do envolvimento de profissionais de diversos setores, além do empenho de toda a equipe da clínica e do atual coordenador Ricardo Oba. “O selo da ONA representa um sentimento de orgulho coletivo para a unidade”, conta o coordenador, e completa: “é muito gratificante ver esse reconhecimento e envolvimento de todos em busca de um objetivo comum.” 


Foto: Evelson Freitas – capturada em 14/12/2018 


O processo também contou com a participação essencial de Lilian Martins, coordenadora administrativa da Unidade. Junto a sua equipe, ela assumiu o desafio de intensificar as relações com a clínica odontológica, perseguindo o conceito de gestão integrada – um importante requisito para a obtenção do selo de qualidade. Nesse sentido, a contribuição do setor administrativo foi mapear e aprimorar o apoio da área financeira, informática, gestão de pessoas, compras, almoxarifado e gestão de bens patrimoniais, garantindo a eficiência no fornecimento de insumos e nos serviços de suporte à clínica odontológica. “A certificação permite olhar para dentro, para todas as rotinas que comumente são realizadas, porém agora com maior atenção aos detalhes", diz Lilian.  

Evoluir o selo para Acreditado Pleno demonstra o amadurecimento das equipes na manutenção dos conceitos e boas práticas que se tornaram presentes na rotina de trabalho a partir de 2016, além do empenho contínuo para elevar a qualidade do atendimento, reafirmando o compromisso com a segurança dos pacientes da clínica odontológica. 

 

Foto: Ricardo Ferreira 


Por que certificar? 

Péricles Góes da Cruz, superintendente técnico da ONA, conta que no início dos anos 1990, momento em que ele atuava como coordenador no Ministério da Saúde, já se discutia a criação de uma certificação voltada para a qualidade, que pudesse ser aplicada nacionalmente, promovendo os mesmos parâmetros para a avaliação dos serviços de saúde em todo o país. Ainda que houvesse manuais de orientação voltados para hospitais naquele período, faltava neles o foco no paciente, termo que hoje se traduz em segurança do paciente, que é uma das bases fundadoras da ONA, criada em 1999. 

Nos seus 21 anos de atuação, a ONA mostrou crescimento constante e é considerada hoje a terceira maior certificadora do mundo em número de certificações. Para Péricles, os serviços de saúde que participam desse processo obtêm um resultado extremamente positivo na gestão, no desenvolvimento de suas atividades e no relacionamento com seus colaboradores, pacientes e seus familiares. Estes são alguns dos benefícios que podem explicar o sucesso da busca pela acreditação.  

Uma das principais características da metodologia de avaliação da ONA é “dar atenção ao todo”. Isso significa que, para implementar uma cultura da qualidade dentro de um serviço de saúde, é necessário compreender e valorizar a integração entre diversos setores, o que faz com que o todo seja direcionado ao paciente da melhor maneira possível. 

Como qualquer outra instituição, a ONA também precisou adaptar-se aos impactos causados pela pandemia de COVID-19 para garantir a segurança de todos os envolvidos nos processos de avaliação. Para isso, foi necessária a criação de métodos confiáveis que pudessem dar continuidade ao trabalho remotamente. Sobre esse período, Péricles se diz satisfeito em observar que as organizações que passaram pela recertificação não tiveram queda na qualidade de seus atendimentos, ou seja, que o conceito que a acreditação promove já está arraigado nas instituições. “Pode parecer um paradoxo, mas o certificado de avaliação é um papel pendurado na parede. Muito mais importante do que o papel é o conceito que está por trás dele”, aponta. 

Os resultados positivos observados nos processos de certificação vão muito além da qualidade do atendimento, e se estendem para uma rede de relacionamentos humanos: "No fundo é isso que a gente quer. Não é só a segurança do paciente, seus familiares e dos colaboradores, mas a interação entre todas essas pessoas, seres humanos, que deixam de ser interpretados como meros pontos de faturamento, e passam a ser interpretados como pessoas”, diz Péricles.