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Um ciclo que se sustenta

Em 2017, foram gerados aproximadamente 214.868 toneladas diárias de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Cada pessoa é responsável pela destinação daquilo que gera e conta com a participação dos setores público e privado para esta destinação final. Na  pesquisa Viver em São Paulo – Meio Ambiente, 4 em cada 10 paulistanos não separam materiais recicláveis dos não recicláveis.

Sabemos que os recicláveis podem voltar para a cadeia produtiva, pois se transformam em matéria prima para a produção de diversos materiais. Mas qual seria a destinação responsável para parte desse material que não é reciclável e que ainda vai para o aterro sanitário? Uma das possibilidades para minimizar este impacto é a compostagem.

O que é compostagem?

É o processo de decomposição da matéria orgânica por microrganismos. Assim, restos de alimentos, de poda de árvores e jardinagem, , em condições controladas de temperatura, umidade e oxigenação, processados em duas etapas(degradação e maturação) geram o composto (ABNT, 1996).

Além do resíduo se transformar em composto orgânico rico em nutrientes, deixa de sobrecarregar os aterros sanitários, que deveriam receber apenas rejeitos, ou seja, tudo aquilo que não é possível reciclar ou compostar.

O processo de compostagem consiste em uma série de etapas para garantir a qualidade do produto final. Imagine realizar isto em um local onde existe uma população de aproximadamente 3.000 animais?

Um ciclo que se sustenta

Na Fundação Parque Zoológico de São Paulo (FPZSP) são produzidos, aproximadamente, 750 kg por dia de resíduos compostáveis, gerando, em um mês, aproximadamente 18 toneladas de adubo orgânico de ótima qualidade.

A maior parte do adubo é utilizado na Fazenda do Zoo, localizada no interior de São Paulo entre os municípios de Sorocaba, Araçoiaba da Serra e Salto de Pirapora e outra parte é utilizado nas áreas ajardinadas do Zoológico.

Segundo Carolina de Macedo Pinto, chefe do setor técnico do Zoológico de São Paulo, a escolha do modelo de gestão de resíduos baseia-se no cuidado com o ambiente, na conservação de fauna e flora e no desenvolvimento de ações educativas com o público.

A Fundação possui um sistema de gestão ambiental certificado pela ISO 14.001 e ISO 9.001, que atestam a qualidade do sistema de gestão dos resíduos serviços oferecidos, como visitação do público e a conservação dos animais.

Para saber mais sobre o processo de compostagem veja o vídeo abaixo.

Você se sente responsável em fazer algo com seus resíduos? Veja aqui as Histórias Transformadoras e as atividades que abordam as questões de consumo, as possibilidades para diminuir a geração de resíduos e também como fazer composto em casa.