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BA-TA-LHA: na disputa de dança do Sesc 24 de Maio, o que menos importa é o vencedor
Quatro grupos de dança de diferentes estilos em disputas animadíssimas. Quem cativa mais o público é aclamado vencedor por meio do “gritômetro” – um aparelho que mede o volume de ruído emitido pela plateia.
É assim que funciona o BA-TA-LHA, do Sesc 24 de Maio. Ele é mais que uma simples disputa de dança , é uma festa... “Um poço de felicidade”, segundo Andrea Soares, do Núcleo Pé de Zamba, grupo vencedor do último certame de 2018. A programação foi inspirada nas disputas de hip hop, mais popularizadas no Brasil no formato das rinhas de MCs.
“A batalha de dança é algo supercomum dentro das danças urbanas. Eu achei que poderia ser interessante fazer uma mistura maior ainda do que só dentro desse rol”, diz Ana Andrade, animadora cultural do Sesc 24 de Maio e responsável pela criação da atividade, iniciada em 2017.
A cada edição, quatro grupos são convidados. Em fevereiro de 2019, o BA-TA-LHA ocorre nos dias 9 e 10 de fevereiro e tem como convidados, além do Núcleo Pé de Zamba (forró), os grupos Back Spin (breaking), Trupe Benkadi (danças da Guiné) e Mosquito (samba-rock).
Após apresentações ao público, há um sorteio e os grupos iniciam as disputas. Um tipo de dança duela com o outro por meio de rápidas exibições. Ao fim, o gritômetro entra em ação - os mais aclamados pela plateia fazem a finalíssima e repete-se a disputa para a escolha do campeão. Tudo isso mediado pela DJ Linda Green e pela mestre de cerimônias Lurdez da Luz.
Intervalo: um show à parte
(Foto: Alberto S. Cerri)
No BA-TA-LHA, a pausa serve para mais dança! É o momento em que o público invade o piso amadeirado do 10º andar do Sesc 24 de Maio e se mexe. “A gente convida sempre todo mundo a vir dançar e vir dançar da sua maneira, com a disposição que tem, com o corpo que tem, com a vontade que tiver de se mover porque isso também é uma maneira de você absorver o espetáculo”, explica Ana.
“O intervalo, para mim, é uma das partes mais emocionantes, que é quando o público participa e a gente vê muita coisa legal. Há pessoas de todas as idades, com gente querendo aprender passos e trocando energia com os grupos”, diz a DJ Linda Green.
Muitos dançarinos acabam se jogando no intervalo e curtindo com o público. Quando as disputas estão valendo, o intercâmbio com os demais grupos é algo muito valorizado. “Fazer essa troca é mais incrível ainda porque nós podemos passar nossa vivência, surpreender de alguma forma e sermos surpreendidos pela vivência de outras pessoas”, comenta o dançarino de krump Paulo Cícero Félix, participante da edição de outubro de 2018.
A convivência com o diferente, o clima alto astral e os corpos dispostos a soltarem energia fazem com que, no BA-TA-LHA, o vencedor seja o menos importante.
Venha conferir! É de graça, nos dias 9 de fevereiro (19h) e 10 de fevereiro (17h30), no 10º andar do Sesc 24 de Maio.