Postado em
Carta ao leitor
O líquido essencial à sobrevivência do homem, assim como à dos animais e das plantas, é motivo de preocupação no mundo todo. Presentemente, milhões de pessoas não dispõem de acesso à água potável, e tudo indica que a situação se agravará sensivelmente nos próximos anos, em especial nos países pobres. No Brasil, as notícias sobre as longas estiagens na região nordeste e a conseqüente penúria provocada pela seca não costumam causar grande impacto, e jamais se imaginou que o imenso território pátrio, tão bem servido de água pela natureza, viesse um dia a correr risco de escassez. Essa possibilidade, no entanto, é real e não poderá simplesmente ser descartada, a menos que governo e sociedade se mobilizem e atuem em sintonia para evitar uma crise de abastecimento que pode se perpetuar, em prejuízo de todos. Não se trata apenas de evitar o desperdício no dia-a-dia, mas de tomar consciência de que é vital proteger as reservas hídricas tanto da poluição quanto da investida do capital internacional. A matéria de capa coloca esse tema em discussão.
Outro assunto abordado neste número infelizmente não desperta muito a atenção das pessoas que nunca tiveram um parente encarcerado para cumprir pena. Os familiares de detentos, não raro, sofrem sérios constrangimentos no convívio social e, por medo do preconceito, procuram ocultar a condição do preso.
Mas esta edição mostra também fatos positivos. A produção nacional de software conquista espaço no mercado interno e começa a despontar no cenário internacional. E, em Pernambuco, uma antiga tradição folclórica, o maracatu, é preservada e ganha praça temática na cidade de Nazaré da Mata.