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Aéreos no Circo com Coletivo Na Esquina
Em mais uma cobertura do projeto Com quantas artes se faz um circo?, a EOnline entrevistou o Coletivo Na Esquina, que falou sobre seu trabalho e como foi a experiência de criar no Brasil e na França.
“Desde sua origem o Coletivo tem como objetivo somar as diferentes experiências de seus integrantes que atuam principalmente entre o Brasil e a Europa”. O espetáculo Na Esquina teve sua criação na França, mas sua estreia foi em Belo Horizonte. Quase dois anos depois é que realmente se apresentaram na Europa pela primeira vez.
Neste sentido, o grupo ressalta que a experiência foi enriquecedora, “ficou claro que a nossa característica transatlântica é uma força nos dois continentes, enquanto no Brasil o espetáculo foi recebido como fortemente influenciado pelo circo atual europeu e principalmente francês, na França o acolhimento do espetáculo se deu principalmente pela energia do grupo, claramente brasileira, sem cair em clichês”.
“A França é, sem dúvida, o país no mundo no qual a arte circense é mais valorizada, o circuito profissional para a representação de espetáculos circenses para todos os tipos é muito grande, são inúmeros festivais e estruturas que programa circo durante todo o ano, além de muitas escolas de circo que ensinam disciplinas circenses em todos os níveis, de cursos livres a cursos superiores, fortalecendo a produção cultural na área e criando um grande público” O público, então, é exigente, já que percebe o espetáculo com mais reflexão, levando o grupo a receber críticas construtivas sobre sua atuação. “Alguns programadores e iniciados franceses ressaltaram a simplicidade de escritura do espetáculo quando comparado com outras peças que se apresentam atualmente no circuito do país”. O elenco, em sinergia com o circuito, a música e a movimentação brasileira, teve um retorno positivo ao serem elogiados por harmonizar as diferentes disciplinas e potencialidades de cada artista.
Já no Brasil, o grupo sente sua influência europeia e a plateia se surpreende pela ausência de números e pelos múltiplos focos durante todo o espetáculo. “Um dos nossos desafios foi comunicar através da linguagem circense, através da repetição e da correspondência de elementos técnicos”, os brasileiros valorizam a técnica e o grupo ressalta que isso foi uma questão essencial durante o processo de criação. “O circuito brasileiro não é tão desenvolvido quanto o francês, temos a sorte de poder nos apresentar bastante por aqui e nos deparar com um público muito caloroso com muita vontade de ser surpreendido”.
Com oficina e espetáculo, o Coletivo Na Esquina deixou um pouco de seus conhecimentos para o público, apresentando um verdadeiro show de acrobacias aéreas.
o que: | |
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18/abr a 03/jun |
onde: | Sesc São José dos Campos |
ingressos: |
conforme programação |