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É punk! Um Ramone no Sesc
Ele carrega a aura de ter passado pela bateria de uma das bandas mais importantes e transgressoras da história da música, The Ramones. E dia 19/nov se apresenta em Piracicaba
Nascido Marc Bell, Marky Ramone ganhou o sobrenome galáctico após substituir, em 1978, o baterista da formação original, Tommy Ramone.
Nem a cigana mais otimista poderia prever que o menino nascido no Brooklyn deteria por anos a fio, em poder de suas baquetas, marcações icônicas do punk-rock, clássicos imortalizados que seguem ao além, entoados pelas frequências ácidas de Joey Ramone.
Em seu novo projeto, Marky Ramone & Blitzkrieg se apresentam no Sesc Piracicaba no próximo dia 19/nov. Antes do mosh, a EOnline ganhou fôlego para algumas perguntas a Marky:
EOnline:Você acredita que punk rock sofreu mudanças no decorrer das décadas?
Marky Ramone: O punk rock pode ter mudado o som ao longo dos anos, mas o principal, o espírito da rebeldia, ainda está lá. Qualquer geração tem sua raiva e se expressa, entre outras coisas, através da música. Portanto, eu não acho que mudou muito.
EOnline: Qual período do Ramones foi o mais emblemático para você? Que música representa a essência musical da banda?
MR: I Wanna Be Sedated, em 1970, RocknRoll Radio/Chinese rocks nos anos 1980, Anxiety, Strength to endure na década de 1990. Cada década tinha uma vibração diferente, é a vida ... Em geral eu acho que os 70 anos combinam mais com os Ramones. NYC estava toda suja e imunda, cheia de bares de merda, cafetões e clubes de strip. É com isso que o Ramones poderia se identificar.
EOnline: Com o que era mais difícil de lidar: viagens, egos, dinheiro?
MR: Turnês podem ser estressantes, éramos como uma família com nossos altos e baixos, mas sempre vindo juntos no final. Exceto Johnny e Joey infelizmente, mas isso está bem documentado. Poucas pessoas entendem o quão complicado é estar com uma banda em turnê. Você passa o dia todo e noite toda junto com as mesmas pessoas, por anos e anos. Claro que haverá atrito.
EOnline: E qual a parte boa de se tocar com um ícone da história da música?
MR: É bom ser reconhecido e é bom ver jovens e mais jovens nos shows. O aumento de novos fãs faz com que a banda e a música permaneçam vivos, o que é ótimo.
EOnline: No seu trabalho atual com a Blitzkrieg, o que você está podendo fazer musicalmente que não podia com o Ramones?
MR: Estar na minha própria banda facilita a tomada de decisões, como, onde e quando eu quero tocar. Eu adoro viajar para lugares remotos, louco para tocar para fãs que nunca tiveram a chance de ver o Ramones ou qualquer outra banda favorita deles. Quero dizer, é ótimo tocar no Rock in Rio, eu toquei com o Kiss no Chile, todos ótimos e gigantes espetáculos. Eu adorei quando tocamos em Fireland, perto do Polo Sul, as pessoas estavam simplesmente loucas e muito felizes de nos ver naquela região, perto delas.
Eu sou agora o meu próprio patrão e eu posso tomar todas as decisões sem gestão de gravadora e pessoas me dizendo o que fazer, então sim, eu gosto desse tipo de liberdade.
Eu sinto falta dos outros, porém, tenho boas lembranças de meus tempos com o Ramones. Agora sou feliz e grato por estar onde estou, por ter boa saúde e ser capaz de viajar o mundo mantendo o legado vivo.
Thanks for your support and see you soon!
MR
o que: | Marky Ramone E Blitzkrieg |
quando: |
19/11/14, quarta, 20h30 |
onde: | |
ingressos: |