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Pela primeira vez no Brasil, William Forsythe ganha exposição no Sesc Pompeia

Objetos convidam público a dançar durante exposição
Objetos convidam público a dançar durante exposição

O corpo se transforma em diálogo a partir do movimento. Olhar para o alto e ver os prédios, desviar das pessoas caminhando na rua, mover os braços de um lado para o outro na ação de andar. Tudo que fazemos e observamos é atravessado pelo movimento do corpo. E esse ponto de vista sobre o mundo é apresentado no Sesc Pompeia na exposição William Forsythe: Objetos coreográficos, que abre na noite de 26 de março.

Reconhecido mundialmente pelo seu trabalho como coreógrafo, o multiartista norte-americano vem, desde o início dos anos 1990, criando uma série de trabalhos focados nos objetos coreográficos, em movimento. Na Fábrica, onze de suas obras foram reunidas, com curadoria da Forsythe Produções em colaboração com a escritora e crítica de arte Veronica Stigger, naquela que é a primeira mostra do artista no Brasil.

Em suas produções, Forsythe propõe a colocação do corpo do observador em movimento a partir dos estímulos de cada obra. Cada criação do artista foi pensada para ser vivenciada por meio das ações dos visitantes. “São objetos concebidos para estimular a ação e a percepção do corpo não coreografado, só adquirindo plena função a partir da interação com o público”, explica Veronica Stigger.

A Fábrica e a coreografia

Como as obras são atravessadas pelo movimento dos espectadores dentro da infraestrutura do Sesc Pompeia, foi necessário estabelecer o diálogo entre a arquitetura do edifício, projetado por Lina Bo Bardi, com a exposição do coreógrafo.

Dessa simbiose artística, surge um cenário inédito para o trabalho de Forsythe. Por exemplo, a obra “Insustentáveis, São Paulo (2019)”, desenvolvida especialmente para a exposição, é formado por um conjunto de painéis suspensos que criam um círculo sobre a Área de Convivência. Por meio dos painéis, os visitantes receberão orientações para se deslocarem e interagirem com o espaço.

Considerando os locais em que serão exibidas, as obras já conhecidas do artista foram reelaboradas para a mostra. É o caso de “Em nenhum lugar e em todos lugares ao mesmo tempo, São Paulo (2015/2019)”, composta por mais de 400 pêndulos pendurados no Galpão em um constante vai e vem, fazendo o público se deslocar pelo espaço em uma forma de coreografia para desviar dos objetos. Nessa “valsa” da exposição e a arquitetura, só a inatividade não tem lugar.

A mostra irá abrir no dia 26 de março, às 20h. A visitação se estende até 28 de julho de 2019. De terça a sábado, das 10h às 21h30, e aos domingos e feriados, das 10h às 19h30.

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