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Envelhecimento e longevidade na arte
Se você não é agora, certamente será em alguns anos.
Hoje há mais de 700 milhões de idosos no mundo e, em 2050, serão mais de 2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos.
Seremos então 2 bilhões de corpos, desejos, dores, possibilidades e inquietações únicas.
Explorar essas potencialidades, questionando os preconceitos e estereótipos da velhice são os objetivos da Mostra Sentidos – A longevidade na arte. Ao retratar o tema do envelhecimento nos palcos dos teatros e nos espetáculos de dança, a mostra encontra na arte um instrumento transformador, a partir dos múltiplos sentidos que ela evoca em cada um.
Estabelecido pela ONU em 1º de outubro, o Dia Internacional do Idoso foi a data escolhida para dar início à mostra, que trouxe atividades gratuitas e abertas ao público em todas as unidades do Sesc, até 11 de outubro de 2018.
Mais do que ações direcionadas apenas à saúde e ao bem-estar físico de idosas e idosos, como é comum nessa data, a Mostra Sentidos estimula um olhar sensível e socioeducativo para o envelhecimento. É um convite a pensarmos nas possibilidades de vida e de criação a partir das múltiplas velhices, retratadas na potência das artes cênicas.
Sobre a programação
A abertura, no dia 1º, contou com duas ações: na Praça da Sé, a intervenção Bira e Bedé, do grupo mineiro Pigmalião Escultura que Mexe; e no Centro de Pesquisa e Formação, o bate-papo Envelhecer na Arte, com Denise Namura e Michel Bugdahn, do grupo francês Compagnie à Fleur de Peau, e Henrique Sitchin, diretor e fundador da Cia Truks.
Nas unidades Avenida Paulista, Pinheiros e Vila Mariana, a Cia Fleur de Peau realizou a conclusão do workshop Uma memória do amanhã ou o mundo na minha pele. Falando de memória e longevidade, a Mostra trauxe o espetáculo Imortais, com dramaturgia de Newton Moreno e direção de Inez Viana, no Sesc Pompeia e Sesc Santos.
O Sesc Catanduva, 24 de Maio e Ribeirão Preto estimularam uma reflexão sobre a doença de Alzheimer, presente no espetáculo A maç㸠de William Seven. Em Euforia, com o coreógrafo Michel Blois, um idoso e um cadeirante falaram sobre amor e sexualidade nas unidades de Araraquara, São Carlos, Santo Amaro e Rio Preto.
Por sua vez, o teatro-documentário Los que vinieram antes, da Cia Laura Palmer, de Santiago do Chile, trouxe um encontro entre história e biografia nos palcos do Sesc Campinas, Santo André e Belenzinho.
Esta ação faz parte do Programa Trabalho Social com Idosos do Sesc São Paulo. Voltado ao cidadão com mais de 60 anos, oferece atividades artísticas, físicas e sociais, com o intuito de refletir sobre o envelhecimento, desenvolver novas habilidades e estimular a integração com as demais gerações.