Sesc SP

O grupo musical paulista foi criado no fim dos anos 1970, em meio à ditadura militar, usando seu característico humor ácido como crítica política e social. A banda, que adota uma postura de esquerda festiva, declara influências dos Mutantes, Joelho de Porco e o grupo inglês Monty Python. Eram conhecidos como representantes do pensamento da juventude universitária da década de 1980.

No dia 27 de julho, às 19h, Língua de Trapo traz seus clássicos ao palco do Sesc Carmo, comemorando 35 anos de carreira.

Formada por Laert Sarrumor (voz), Sérgio Gama (voz, violão, guitarra e bandolim), Marcelo Castilha (acordeom e teclado), Zé Miletto (teclados e baixo), Valmir Valentim (bateria) e Marcos Arthur (percussão), nesse show, recebe as participações especiais de Deni Domenico (cavaquinho) e Guca Domenico (voz e violão).

O grupo que já foi chamado de Laert Sarrumor & Os Cúmplices, ganhou o título de Língua de Trapo em 1980, homenagem à canção “Dá nela”, de Ary Barroso. Sua primeira fita demo foi chamada de “Sutil como um Cassetete”, que era vendida nos corredores da faculdade de Comunicação Cásper Líbero, nos shows, e ainda no circuito universitário e em festivais de MPB. No ano seguinte lançaram seu primeiro, antológico e homônimo LP, pelo Selo Lira Paulistana.

Língua de Trapo foi ativo no movimento Vanguarda Paulista, formado por músicos que se apresentavam no Teatro Lira Paulistana. Em 1985, participou do Festival dos Festivais com a canção “Os Metaleiros Também Amam”, que alcançou o final da competição, ficando com o segundo lugar.

No repertório, composições como “Concheta”, de Carlos Melo e Cassiano Roda, em alusão às cantinas italianas; “Tragédia Afrodisíaca”, de Carlos Melo e Guca Domenico, cuja letra conta a história de uma conquista amorosa pelos bairros do Bixiga e Santo Amaro; e “Ouriço na Vila”, de Carlos Melo e Guca Domenico, uma sátira sobre a Vila Madalena, famoso bairro boêmio de São Paulo, entre outras.

Aqui você assiste ao vídeo da música “Força do Pensamento”: