Postado em
A primeira vez de Eikoh Hosoe
Chega pela primeira vez no Brasil a exposição Eikoh Hosoe – Corpos de Imagens, que traz as principais séries– ou narrativas, como o fotógrafo japonês prefere chamá-las.
Eikoh Hosoe iniciou sua carreira nos anos 1950 no Japão, durante o movimento de arte experimental do pós Segunda Guerra, e se tornou conhecido por suas imagens de forte carga psicológica, que exploram temas como a morte, a irracionalidade e o erotismo obsessivo. Dono de um estilo singular, a criação de suas obras une diferentes formas de arte, combinando a fotografia com o teatro, a dança, a performance, bem como a arte japonesa tradicional. As diversas séries de trabalhos que produziu ao longo de sua carreira o consolidam como um dos pioneiros da fotografia japonesa.
Com um trabalho intensamente expressionista, que mescla desejos e memórias íntimas com a realidade objetiva, suas fotografias preto e branca em alto-contraste, gráficas, retratam um misterioso mundo interior, composto por metáforas, símbolos, mitologias para criar um universo ao mesmo tempo sensual e perturbador. Sua obra já foi exposta ao redor do mundo, e muitos de seus trabalhos fazem parte do acervo de museus de vários países, entre eles, o Museum of Modern Art de Nova York, Art Institute of Chicago, Metropolitan Museum of Photography de Tokyo, Padiglione d’Arte Contemporanea de Milão, Musée d’art moderne de Paris.
Corpos de Imagens traz seis séries desenvolvidas pelo fotógrafo de 1959 a 2010. Entre elas, estão as criadas em colaboração com algumas das figuras mais célebres do Japão do pós-guerra - o conturbado escritor Yukio Mishima e os dançarinos fundadores do Butô, Tatsumi Hijikata e Kazuo Ohno – e seu mais recente trabalho, Un Homme Rodin (2010), composta por uma coletânea de “retratos” das esculturas do famoso escultor francês, August Rodin, registradas no Museu Rodin de Paris.
o que: | Eikoh Hosoe – Corpos de Imagens |
quando: |
26/fevereiro a 3/maio |
onde: |
produto relacionado |
TOKYOGAQUI Um Japão imaginado Tokyogaqui é uma iniciativa de pensar o Japão como local de partilha daquilo que permanece na memória de cada não japonês, brasileiro e especificamente paulistano. Contrastando o real e o imaginário, o conhecido e o inédito, Tokyogaqui mostra o processo de reconstrução cultural gerado no encontro dessas duas culturas em um século de imigração, num esforço para imaginar o Japão do Brasil. Partindo de uma iniciativa multidisciplinar para assimilar os entendimentos que unem o Brasil ao Japão, são apresentados conteúdos culturais sobre o corpo, a fala, o espaço urbano, o cinema, a dança, o teatro e as artes plásticas, compondo um cenário das influências recíprocas na cultura dos dois países. Os textos reunidos em Tokyogaqui são, ainda, caminhos para a compreensão de um Japão real e contemporâneo, recriado no reino do descartável e também na resistência da tradição. |