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Como ninguém pensou em fazer um documentário sobre Eduardo Coutinho antes?

Em 2013, Eduardo Coutinho – cineasta e um dos mais conhecidos documentaristas do Brasil – fez 80 anos. Pela primeira vez foi personagem de um documentário só sobre ele, dirigido por Carlos Nader. Os dois fatos não são necessariamente causa e consequência, mas sim pairam como dúvida inquestionável: como foi que ninguém pensou em fazer um documentário sobre o Coutinho antes?

Carlos Nader nos recebeu na produtora Já Filmes numa tarde bastante quente de dezembro. O documentário Eduardo Coutinho, 7 de outubro estava em seus ajustes finais e sendo exportado para que fossem feitos testes de projeção. A expectativa normal de pré-estreia recebeu um toque a mais, considerando a data de gravação da entrevista com Eduardo Coutinho (dia sete de outubro de 2013) e a data da estreia, dando apenas um mês de tempo líquido para o diretor Carlos Nader: “foi uma maratona. Eu, que faço filmes e demoro vinte anos para terminar – meus últimos filmes demoraram quinze, vinte anos para terminar, às vezes três anos só para serem montados – foi legal, foi libertário”.

Esta era a primeira fase de um projeto maior sobre o documentarista, interrompido com sua morte, em 2 de fevereiro de 2014.  O diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, afirmou: “Ano passado, pedimos que Carlos Nader dirigisse um documentário para homenagear um programa no qual o Sesc foi pioneiro no Brasil: o Trabalho Social com Idosos que, em 2013, completou 50 anos. Nader, com uma câmera a postos e uma excelente ideia, pensou em fazer um documentário sobre o maior documentarista do Brasil, Coutinho. Com 80 anos, ele era o melhor exemplo de uma velhice arguta, sem ser pessimista ou censor de novas tendências. Assim, o Sesc produziu um dos últimos trabalhos relacionados àquele que também expôs na tela a relação cotidiana dos brasileiros com a história do Brasil e com suas histórias pessoais".

Nader já pensava em fazer um documentário sobre Coutinho, quando foi contatado para desenvolver um projeto que abordasse a intergeracionalidade: “e como em várias outras situações, rolou um clique, um encaixe perfeito. Você fala de diálogo intergeracional: é ele, a obra dele é inter tudo” comenta o diretor.

A seguir, você pode assistir a uma entrevista com Nader:

A seguir, você confere dois teasers do filme:

o que: Eduardo Coutinho, 7 de outubro
quando:

21 a 27/fevereiro

onde:

CineSesc