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Máquinas no campo
Embora a força do agribusiness brasileiro seja inquestionável, por muito tempo a agricultura familiar permaneceu à margem das políticas públicas relacionadas à mecanização da lavoura. A situação começou a mudar em meados de 2008, com o programa Mais Alimentos, destinado a facilitar ao pequeno produtor rural a aquisição de maquinário. Apesar de ainda ser prematuro fazer uma avaliação precisa dessa iniciativa, a reportagem de capa desta edição mostra que já é possível observar o impacto que ela vem provocando, tanto no campo quanto na indústria. Nas pequenas propriedades, um trator permite ampliar em até cinco vezes a área de plantio, o que, consequentemente, tem reflexos positivos na safra. Ao mesmo tempo, as fábricas de equipamentos agrícolas, que amargavam os efeitos da crise econômica mundial, encontraram nesse segmento uma ótima oportunidade de minimizar suas perdas.
Essa boa notícia vem acompanhada de outra. A fabricação nacional de navios e de plataformas de exploração petrolífera, parada há vários anos, começa a ser reativada para atender às necessidades da Petrobras. Para produzir embarcações e equipamentos de grande porte e que incorporam elevado grau de tecnologia, estão sendo feitos investimentos em diversos estados na construção de estaleiros, entre os quais o Atlântico Sul, que será o maior do hemisfério sul. E não é só. Alguns portos estão, igualmente, recebendo significativos aportes financeiros destinados à recuperação e modernização de suas instalações, o que lhes permitirá não apenas agilizar as operações como receber navios de maior calado. Tudo isso, por certo, ajudará a expandir e dinamizar o mercado de trabalho no país.
No campo das artes, este número enfoca o centenário de nascimento de Adoniran Barbosa. Artista multimídia, ele foi imortalizado principalmente pelos inúmeros sambas que escreveu e cantou, muitos dos quais têm como cenário bairros e locais da capital paulista. Homem simples, de origem humilde, criou composições que retratavam o cotidiano em pitoresco linguajar errado, celebrizadas em sua interpretação, com o timbre rouco que se tornou sua marca registrada. Em reconhecimento ao valor do sambista, São Paulo exibe seu busto numa praça pública e uma rua ostenta seu nome.
Abram Szajman
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac